CLAUDE DEBUSSY (1862-1918), UM GÉNIO CRIATIVO DO ESTILO MUSICAL IMPRESSIONISTA
A música impressionista desenvolveu-se em França nas últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século XX. Claude Debussy foi o “compositor revolucionário” que com a sua obra-prima “Prélude à l’après-midi d’un Faune” inventou este estilo de música inspirado na pintura impressionista, na poesia simbolista e na música asiática. Este compositor criou nas suas obras, a partir de uma linha melódica, várias sonoridades que aludem a metáforas simbólicas que despertam a imaginação e a fantasia dos ouvintes.
As artes (pictórica, musical e literária) abandonam as regras clássicas, das representações romântica e realista, procurando inventar novas formas de expressão. Com efeito, tal como na pintura impressionista (em que se destacaram: Claude Monet, Edouard Manet, Edgar Degas e Pierre Auguste Renoir) os efeitos de luz, cor e movimento ganham relevo, através de pinceladas de contrastantes tonalidades, para sugestionar, ao observador, um dado ambiente, em detrimento de pormenores e dos contornos das figuras e dos objectos, também na música a linha melódica dilui-se através do jogo de sons dispersos visando criar, no ouvinte, uma sensação geral.
Claude Debussy foi o mentor e o principal criador da música impressionista, mas destacaram-se ainda neste estilo inovador os compositores Maurice Ravel e Erik Satie, que encantaram a cidade luz, da Civilização Ocidental à época, no plano das vanguardas artísticas (Paris). As obras mais paradigmáticas desta corrente foram (além da obra já referida): “La Mer” de C. Debussy e de Maurice Ravel “Bolero” e o bailado “Daphnis et Chloé”.
Nuno Sotto Mayor Ferrão
Pintura de Pierre Auguste-Renoir