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Crónicas do Professor Nuno Sotto Mayor Ferrão

Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.

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ECONOMETRIA E CULTURA - BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A OBSESSÃO MUNDIAL COM A ECONOMETRIA

         Está, deveras, na moda o uso das estatísticas nas sociedades deste mundo global. Afigura-se-nos, claro, que a actual economia de “capitalismo de casino”, como é catalogada por alguns autores, tem abusado da utilização dos métodos da econometria para comparar actividades produtivas de países, designadamente através de agências de rating, sistemas de ensino, mediante os conhecidos relatórios PISA da OCDE, audiências televisivas de programas e de canais, como aliás o Dr. Mário Soares lucidamente denunciou ainda recentemente ao escrever sobre os fracassos das previsões económicas como muito bem realçou o Professor José Medeiros Ferreira ( texto “A credibilidade dos organismos técnicos II” in www.cortex-frontal.blogspot.com ). Pelo contrário, alguns autores fazem-nos crer que a ciência económica, mesmo escorada na mais exigente econometria, não é uma ciência exacta e uma visão global pede sempre pressupostos ideológicos. Aliás, alguns autores interessantes do blogue ladrões de bicicletas ( in www.ladroesdebicicletas.blogspot.com ) têm demonstrado à saciedade a veracidade deste princípio básico da ciência económica.

 

            A famigerada sentença, e bem apreciada na opinião pública nacional, do Dr. Jorge Sampaio, então Presidente da República, proferida, embora noutra conjuntura internacional e nacional, com tom de sabedoria e de bom senso é bem pertinente nos dias que correm: “Há vida para além do défice!”. Esta frase significou que os tecnocratas, da Europa e do país, se preocupavam excessivamente com o limite de 3% do défice imposto pelas instituições europeias e Portugal estava a transgredir, claramente, esse tecto percentual. Com efeito, pretendeu chamar à atenção para a necessidade da política não se restringir a viver duma estratégia que superlativava a importância da economia, visto que na sua perspectiva humanista a economia deve estar ao serviço do Homem, e não ao invés.

 

            O surrealismo da econometria vai ao ponto de, por exemplo, quantificar monetariamente o valor de um quadro dum génio da pintura. Esta tradução do valor espiritual, de um bem cultural num preço, só pode ser obra de gestores com mentalidades econometristas, pois uma obra de arte, em particular uma obra-prima, tem um valor inestimável em termos de critério monetarista, porque uma obra de arte moldada por uma alma criadora inspirada jamais poderá ser mensurável de uma forma pretensamente objectiva. Posso compreender unicamente a vontade de atribuir um valor monetário, pretensamente objectivo, a uma obra de arte pela razão de haver necessidade de salvaguardar esse património cultural junto de uma entidade Seguradora. Vejo esta menosprezável tendência como um vício dos homens materialistas que não conseguindo vislumbrar o âmago da alma dos bens espirituais procuram a sua descodificação numa linguagem acessível aos homens mais terrenos ou pragmáticos.

 

            Por outro lado, não nos devemos esquecer da influência decisiva que os factores psicológicos têm no curso da vida económica. Deste modo, a economia de uma região, de um país ou do mundo não pode ser reduzida à análise estatística, tal como a vida educativa, sob pena de despojarmos o Homem da sua própria humanidade. Basta pensarmos que emoções como a confiança, a motivação, o desânimo ou o pânico podem ser absolutamente decisivos nas oscilações das actividades produtivas ou financeiras. Lembremo-nos do emblemático “Grande Crash da Bolsa de Nova Yorque”, de 24 de Outubro de 1929, que precipitou o mundo num pessimismo tão fundo que conduziu algumas Nações europeias a agarrarem-se à ilusão salvífica de Estados Autoritários.

 

            Esta linguagem econométrica visa a criação de um pensamento único que facilite a gestão desta sociedade global, no entanto este processo acarreta a modelação de novos preconceitos. É o caso dos países do Sul da Europa que já receberam a alcunha de “PIGS” por parte da imprensa nórdica. Assim, os povos nórdicos encaram como tendencialmente laxistas os povos latinos (Itália, Grécia, Portugal e Espanha), com excepção da Irlanda recentemente agregada ao grupo, o que denota algum menosprezo pela mentalidade e cultura dos países europeus Mediterrânicos. Contudo, estes povos têm-se revelado, salutarmente, zelosos de uma vivência mais livre, criativa e espontânea que não se compagina com uma vida monitorizável, como o desejam os tecnocratas, pelos cegos critérios da estatística. Senão, um dia, pensaremos em pesar a alma, tal como os antigos egípcios acreditavam que, na esfera do divino, sob a presidência de Osíris num tribunal o coração dos mortos era pesado, caso se provasse a sua leveza por rectidão em vida a alma alojada no corpo ganharia direito à eternidade.

 

            A confirmar esta minha percepção estão as distintas, e aparentemente antinómicas, lições axiológicas do Papa Bento XVI e do Dr. Mário Soares que concordando no diagnóstico discordam nas soluções. Na verdade, depreende-se da leitura da Encíclica do Sumo Pontífice “Caridade na Verdade” ( Prior Velho, Edições Paulinas, 2009 ) bem como da obra do Dr. Mário Soares “Um mundo em mudança”       ( Lisboa, Editora Temas e Debates, 2009 ) uma critica semelhante às visões econométricas  absolutistas, dissociadas de senso humanista. Na realidade, partindo de percepções axiológicas diferentes, ambos entendem o Homem como um Ser Multidimensional e as sociedades como realidades complexas não compagináveis com as “fatiotas” econométricas que os tecnocratas nos querem fazer vestir.

 

            Era bastante sábia a lição do aforismo de Fernando Pessoa que dizia: “tudo vale a pena quando a alma não é pequena!”. Se no tempo do poeta pairava a ideia de Max Weber de reduzir o Homem à burocracia, que tanto assustava o nosso criador, na actualidade o Homem corre o risco de se ver reduzido pela tecnocracia econométrica da sua fonte criadora e libertadora…Na verdade, Pessoa percebeu que a sua vida profissional era demasiado insignificante como manga-de-alpaca e, por isso, deixou-se levar e metamorfosear em vários heterónimos. É bastante interessante saber que, devido ao inestimável valor da sua alma criativa, Roland Barthes julgou, segundo nos conta com bastante humor o Embaixador Francisco Seixas da Costa [ texto “Pessoa(s)” no seu Blogue Duas ou três coisas – Notas pouco diárias do Embaixador Português em França in www.duas-ou-tres.blogspot.com ], que Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis eram quatro poetas portugueses! Que a máxima Pessoana nos possa servir sempre de alavanca inspiradora…

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão    

 

REPÚBLICA(S)

Francisco Seixas da Costa in Blog – Duas ou três coisas – Notas pouco diárias do Embaixador Português em França [ texto “República(s)” de 13 de Janeiro de 2010 ]

 

Há dois dias, troquei impressões com um bom amigo português, de visita rápida a Paris, sobre a diferença de perspetiva em torno do conceito de República, existente em França e em Portugal. Concordamos em que, enquanto entre nós a República é muitas vezes vista apenas como um regime que se opõe à Monarquia, em França o ideário republicano é aceite como uma ética de cidadania, em que assenta a própria democracia.

 

A diabolização da I República, que o Estado Novo hiperbolizou pela sua rejeição dos partidos políticos e da Democracia, acabou por colar, para muitos, o conceito republicano à face trágica do regicídio, às perseguições religiosas e a algumas das "trapalhadas" do período 1910-1926. Deliberadamente, essa estratégia de propaganda, feita sem oposição doutrinária, tentou fazer esquecer que muita dessa instabilidade, originada no quadro de uma democracia jovem e em curso de implantação, foi ela própria fruto da ação destabilizadora dos seus inimigos - com alguns monárquicos sempre na primeira linha. Para além dos erros que os republicanos cometeram - e não foram poucos -, é importante deixar claro que foram os seus inimigos quem abriu as portas à ditadura, em 1926, e que construíram ou apoiaram o regime autoritário subsequente, que só o 25 de Abril derrotou, quase quatro décadas depois.

Lembrar alto e bom som esta realidade, revisitar e sublinhar todas virtualidades da República, constitui uma tarefa exigente que, durante este ano do seu primeiro centenário, todos os republicanos portugueses serão chamados a fazer, com vigor e sem concessões, denunciando, com frontalidade, os revisionismos da História.

A Embaixada de Portugal em Paris, para além de se associar a diversas comemorações e eventos alusivos aos 100 anos da República, irá organizar, durante 2010, iniciativas nesse quadro celebratório. 

 

Francisco Seixas da Costa in Blog – Duas ou três coisas – Notas pouco diárias do Embaixador Português em França [ texto “República(s)” de 13 de Janeiro de 2010 ] www.duas-ou-tres.blogspot.com

 

ONU ( ODM ) - BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE OS OBJECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÉNIO NO CONTEXTO DA LUSOFONIA

 

 

            A Globalização tem permitido notáveis progressos da Humanidade em termos técnicos e científicos que ainda não estão ao alcance de todos os povos do mundo. Na realidade, este fenómeno de interdependência internacional tem gerado e aprofundado, na actualidade, inúmeros desequilíbrios económico-sociais nas relações internacionais entre os países desenvolvidos e os países em vias de desenvolvimento. Foi com base no reconhecimento desta verdade que a 8 de Setembro de 2000 nas Nações Unidas se reuniram Chefes de Estado de 189 países que assinaram a Declaração do Milénio para que fossem implementados oito grandes objectivos mundiais até 2015:

 

“(…)

  • Erradicar a pobreza e a fome
  • Alcançar a educação primária universal
  • Promover a igualdade entre os géneros e a autonomia da mulher
  • Reduzir a mortalidade infantil
  • Melhorar a saúde materna
  • Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças
  • Assegurar a sustentabilidade ambiental
  • Desenvolver uma parceria global para o Desenvolvimento

(…)”

 

            Estiveram subjacentes a este acordo internacional valores humanistas incontornáveis que as nefastas malhas da tecnocracia dos países desenvolvidos não parecem querer ajudar a fomentar.

 

            Na verdade, a concretização destes nobres objectivos humanitários passa pelo activo envolvimento dos cidadãos em ONG’s, pela vontade política dos Governos dos países desenvolvidos e pela mobilização subsidiária em movimentos de intervenção cívica internacional, de que o Movimento Internacional Lusófono é um excelente exemplo pelas acções em curso. Na medida em que os Governos Ocidentais têm andado imersos na crise económico-financeira aberta pelo “capitalismo de casino”…

 

            Este mega Plano de Acção (ODM) da comunidade internacional efectiva-se mediante projectos variados de ajuda humanitária às populações mais desfavorecidas do planeta, em regiões como o Sudoeste Asiático, a América Latina e a África que podem através das ONG’s salvar a consecução destes Objectivos do Milénio em tão curto prazo. A OIKOS, Organização de Cooperação e Desenvolvimento, tem assumido uma relevante intervenção na África Lusófona, em especial em Moçambique onde a influência anglófona se tem feito sentir intensamente desde os tempos coloniais.

 

            É, pois, imperioso o exercício da nossa cidadania lusófona no sentido de pressionarmos os Governos do Brasil, de Angola e de Portugal, pois sendo países mais favorecidos ou, no mínimo, com mais recursos naturais, no quadro do mundo lusófono têm a ingente obrigação moral de solidariedade neste espaço para com os “países-irmãos” mais despojados da prosperidade e de exercerem pressão na comunidade internacional, designadamente na Organização Mundial de Comércio, no sentido de que as regras do comércio mundial se compadeçam mais com os padrões da justiça social internacional.

 

            No fundo, Portugal tem responsabilidades éticas acrescidas, uma vez que no entendimento profundo de Jaime Cortesão a pátria Lusitana foi um importante agente histórico do humanismo universalista à escala planetária, de pressionar os países da União Europeia para que se cumpram efectivamente os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio no espaço lusófono. 

 

 

 

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão     

 

 

 

 

III - CATÁLOGO DAS CRÓNICAS DO PROFESSOR NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (CRÓNICAS E BREVES CONSIDERAÇÕES)

a) HISTÓRIA

 

1. Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979) – curta evocação histórica, dez anos depois das Comemorações do Centenário do seu Nascimento - I

 

2. Notas da Crónica do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979), curta evocação histórica, dez anos depois das Comemorações do Centenário do seu Nascimento – II

 

3. Fernando Maria de Almeida Pedroso (1818-1901) – Breve retrato de um aristocrata das ideias

 

4. Breves considerações sobre a dinâmica histórico-cultural do conceito de Lusofonia

 

 

b) LITERATURA

 

1. A Literatura e a Blogosfera - I

 

2. A Literatura e a Blogosfera (Anexo) – II

 

3. Baptista Bastos – uma sugestão de leitura de Verão

 

 

c) ACTUALIDADE

 

1. O estado do Ensino Público, Básico e Secundário, em Portugal: contradições, hesitações e ambiguidades (1970-2009)

 

2. Breves considerações sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) no contexto da Lusofonia

 

 

d) BLOGOSFERA

 

1. Breves considerações sobre predilecções pessoais no mundo da Blogosfera

 

 

e) RELIGIÃO

 

1. A modernidade cultural e cívica de São Paulo – o apóstolo dos gentios

 

2. As implicações da ausência de Deus nas sociedades contemporâneas – breve ensaio de Filosofia da História

 

3. Comemoração do Bicentenário da inauguração/sagração da Igreja de Nossa Senhora do Amparo (1809-2009), em Benfica – património histórico-artístico, festividades e estética Barroca

 

 

f) LAZER/ENTRETENIMENTO

 

1. Alentejo – a Antecâmara do Paraíso

 

2. Ericeira, uma vila pitoresca de sublime beleza

 

3. O valor simbólico das Férias

 

 

g) POLÍTICA

 

1. Agonia - o estado da Nação ou o estado do Mundo?

 

2. Crónicas políticas de um cidadão participativo (disponíveis em outros blogues e num portal)

 

 

Outros blogues que receberam contributos do autor:

 

www.ericeira.weebly.com

www.mil-hafre.blogspot.com

 

Deu ainda contributos de cidadania em 3 crónicas políticas publicadas em:

 

·        Dois blogues

·        Um portal

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE PREDILECÇÕES PESSOAIS NO MUNDO DA BLOGOSFERA

 

            Em tempo de balanço do ano de 2009 em termos de leituras estimulantes da Blogosfera começo por evocar cinco blogues que mais me entusiasmaram e mais chamaram a minha atenção. De seguida, faço uma segunda selecção dos blogues que, por razões diversas, despertaram a minha curiosidade em 2010. Já em finais de Agosto do ano passado escrevi uma crónica intitulada “A Literatura e a Blogosfera” em que dei a conhecer algumas das minhas preferências por determinados blogues.

 

         Aqui fica a minha selecção de blogues de 2009:

 

·        Duas ou três coisas ( www.duas-ou-tres.blogspot.com )  - este blogue apresenta qualidade na forma e na substância, visto que a linguagem é literariamente apelativa e simultaneamente nos apresenta temas de relevante actualidade política e cultural e, por vezes, o Embaixador Francisco Seixas da Costa deixa-nos testemunhos pitorescos ou significativos da sua vida diplomática. Recomendo vivamente uma visita.

·        Bicho Carpinteiro ( www.bichos-carpinteiros.blogspot.com ) – este blogue revelou-se uma referência pela qualidade dos colaboradores, em particular o Professor José Medeiros Ferreira e a Professora Joana Amaral Dias mais interventivos, associada à capacidade de síntese manifestada no tratamento dos temas de natureza essencialmente política e social. Destacou-se, ainda, pela originalidade dos pontos de vista apresentados e pelas sentenças ou juízos de valor enunciados, restaurando uma crítica de sentido moral que fazia falta à vida portuguesa, quase a fazer lembrar o espírito acutilante de José Ramalho Ortigão nas “Farpas”.

·        Crónicas de Francisco José Viegas ( www.fjv-cronicas.blogspot.com ) – este blogue deste consagrado jornalista  e escritor afirma-se pela, qualidade da sua prosa, pelas interpretações originais com que nos presenteia em temas literários, sociais ou futebolísticos. Por outro lado, dá-nos indicações de livros com juízos de valor que nos podem sugerir cativantes leituras e no fim brinda-nos, quase sempre, com citações caricatas de outros blogues.

·        Sorumbático ( www.sorumbatico.blogspot.com ) – este blogue reúne uma panóplia de eminentes intelectuais e cientistas, de que em particular gosto de ler os textos de António Barreto e de Maria Filomena Mónica, que tratam de temas culturais e de actualidade bem pertinentes. Também se destaca pelas imagens de sensibilização cívica, pelas fotos artísticas de António Barreto e pela divulgação de cartoons antigos.

·        Almocreve das Petas ( www.almocrevedaspetas.blogspot.com ) – este blogue afirma-se pelo corrosivo sentido de Humor de grande inspiração, a fazer lembrar a veia sarcástica de Rafael Bordalo Pinheiro, que retrata com muita sagacidade a classe política. É, igualmente, muito interessante pelas indicações de apaixonado bibliófilo que nos deixa ao nível de temas de História e de exemplares para coleccionadores. Recomendo vivamente uma visita.

 

Aqui fica a selecção das agradáveis surpresas que tive oportunidade de conhecer em 2010:

 

·        Córtex Frontal ( www.cortex-frontal.blogspot.com ) – saúdo com muita satisfação o aparecimento deste blogue que conta com a presença de dois eminentes cronistas e comentadores, da nossa sociedade, de espírito independente ( Professor José Medeiros Ferreira e Professora Joana Amaral Dias ), a fazer lembrar os livres-pensadores, capazes de visões críticas da política nacional e internacional associadas a invulgares capacidades de síntese e de comunicação firmadas em apuradas sensibilidades. Recomendo vivamente uma visita.

·        Nova Águia ( www.novaaguia.blogspot.com ) – este blogue é o prolongamento cívico e mental da pertinente revista “Nova Águia”, que procura homenagear a reconhecida revista “A Águia” e a brilhante geração intelectual que nela colaborou, num tempo presente de crescente apagamento cultural das nossas sociedades. Este espaço da blogosfera desenvolve temas de relevante interesse para a cultura lusófona e atribui espaço à estética, à filosofia, à poesia, à história e a outros temas afins.

·        Milhafre ( www.mil-hafre.blogspot.com ) – este blogue emergiu pelo dinamismo dos seus promotores que percepcionaram a importância de uma intervenção cívica e cultural que realçasse as actividades e as reflexões ligadas à identidade lusófona, no sentido de ajudar a aprofundar a estratégia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Recomendo vivamente uma visita.

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A DINÂMICA HISTÓRICO-CULTURAL DO CONCEITO DE LUSOFONIA

Caríssimos amigos leitores,

 

Informo que passei também a ser colaborador do blogue colectivo do MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO (MIL) intitulado Milhafre. Por esta razão, reproduzo um pequeno texto meu de reflexão sobre o fenómeno histórico da lusofonia que escrevi, de propósito, para esse blogue. No entanto, continuarei aqui a publicar as minhas crónicas, mas farei no blogue do MIL textos tendencialmente mais curtos. Deixo aqui a morada electrónica para os leitores interessados:

 

www.mil-hafre.blogspot.com

 

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A DINÂMICA HISTÓRICA DO CONCEITO DE LUSOFONIA

 

            As raízes remotas da lusofonia encontram-se no intercâmbio comercial, cultural e no fenómeno social da miscigenação no contexto da constituição do Império Colonial Português. Nesta altura, predominava a aculturação unilateral com a imposição do padrão cultural português aos povos autóctones.

 

            O Padre António Vieira foi um dos precursores da defesa dos Direitos Humanos, no contexto colonial, no Brasil do século XVII ao denunciar e condenar a escravização a que eram submetidos os nativos deste território português (Vide Padre António Vieira, Sermão do 1º Domingo da Quaresma, Maranhão, 1653).

 

            A lusofobia foi um sentimento depressivo que emergiu, no subconsciente dos portugueses, do complexo de inferioridade nacional que andou associado à ideia da decadência da pátria lusitana ao perpassar grande parte do século XIX que levou, inclusivamente, ao suicídio de Mouzinho de Albuquerque.

 

            O Luso-tropicalismo surgiu no século XX como uma teoria sociológica do brasileiro Gilberto Freyre, ao chamar a atenção para a aculturação mútua entre o autóctone e o colonizador português, que depois passou a integrar a ideologia colonial do Estado Novo após a 2ª Guerra Mundial, no contexto internacional anticolonialista (Luso-tropicalismo – uma teoria social em questão, org. Adriano Moreira e José Carlos Venâncio, 2000).

 

            Como derradeira etapa desta dinâmica histórica, a lusofonia emergiu como conceito explícito, a par da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na qualidade de resposta identitária, dos países de expressão cultural e linguística portuguesa afectivamente unidos, na era da Globalização. Este conceito expressa o sentimento de união e de familiaridade entre estes povos e comunidades. Nesta medida, a CPLP, o Prémio Camões, a revista Nova Águia, o Movimento Internacional Lusófono e ONG’s como a Associação Médica Internacional são instituições que acreditam neste Património de identidade existencial.

 

            No futuro, no quadro da lógica da Globalização do século XXI, antevista pelos portugueses desde as Descobertas marítimas quinhentistas, poder-se-à caminhar para a ansiada União Lusófona em que Agostinho da Silva tanto acreditava.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 

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