Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.
Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.
Em Braga, a 28 de Maio de 1936, António de Oliveira Salazar, Presidente do Conselho de Ministros, fez um discurso de explícito enaltecimento ao Golpe de Estado de 28 de Maio de 1926, liderado pelo General Manuel Gomes da Costa, que pôs fim ao regime democrático da Primeira República. Este discurso de propaganda política é uma síntese perfeita dos principais vectores ideológicos do regime do Estado Novo que Salazar arquitectou e liderou. Na sua voz castiça, de tom monocórdico, pressente-se a sua formação de seminarista que do “púlpito”, ‘Magister dixit’, criticava o caos político-social que, a seu ver, prevaleceu no anterior regime (1910-1926).
Salazar rodeado de militares e de políticos, ao lado do Arcebispado de Braga, profere esta súmula política perante uma parada de marinheiros e do povo que cenicamente o aclama. Os eixos ideológicos do seu pensamento aparecem enunciados de forma simples: o valor de Deus e das virtudes que lhe são inerentes; o sentimento nacionalista orgulhoso dos seus heróis; o papel da Autoridade no harmonioso e hierarquizado relacionamento da sociedade civil; a importância da família tradicional e da moral incutida aos seus membros; a relevância do trabalho e do dever como contributos para uma sociedade mais desenvolvida.
Na sua perspectiva Tomista[1], a concretização destes valores ideológicos foram possíveis devido aos interesses nacionais defendidos pelo Golpe de Estado[2], acima assinalado, de que se comemorava o décimo aniversário. Assim, este facto genésico, na sua mesclada linguagem de ex-seminarista e ex-lente coimbrão, permitiu quase, como diria o Dr. Pangloss do “Cândido” de Voltaire, estabelecer na pátria portuguesa “o melhor dos mundos possíveis” que conduziu à retórica nacionalista de que o “país era um jardim à beira-mar plantado”[3].
É nesta medida que se permitiu falar da ordem e da paz social conquistadas pela pátria, não obstante as revoltas juguladas que, entretanto, se manifestaram nos anos 30.
Foi nesse sentido que pôde frisar que se vivia sob um Estado Forte, com um chefe determinado, que permitiu com leis e instituições repressivas salvaguardar o funcionamento de uma administração honesta, a recuperação da economia dos abalos da Grande Guerra (1914-1918) e do colapso capitalista universal de 24 de Outubro de 1929, a constituição de uma organização corporativa que pôs fim às infindáveis lutas sindicais e a restituição da dignidade de um império colonial que se tornou fonte de auto-estima nacional[4] através de uma organização centralista da Administração das colónias e de uma propaganda interna e externa que muito ficou a dever a Henrique da Malta Galvão.
Este discurso de Salazar é, pois, a síntese perfeita do seu discurso dos anos 30 durante a edificação jurídica, ideológica e institucional do Estado Novo e, para mais, no momento em que a conjuntura internacional ainda não colocava grandes resistências[5] às suas opções políticas internas e externas.
[1] Doutrina filosófica de São Tomás de Aquino que influenciou fortemente o pensamento de A. Oliveira Salazar, como nos ensinou o Professor João Medina ( João Medina, "Deus, pátria e família: ideologia e mentalidade do Salazarismo", in História de Portugal, dir. João Medina, vol. XII, Lisboa, Edições Ediclube, 1993, pp. 29-33).
[2] António de Oliveira Salazar denomina Revolução Nacional esse acontecimento histórico pelo simbolismo que lhe queria atribuir.
[3] “Jardim da Europa à beira-mar plantado” é um verso de um poema de Tomás Ribeiro (1831-1901), intitulado “A Portugal” publicado em 1862 no seu livro D. Jaime.
[4] Foi célebre o lema inserido em cartaz propagandístico imperial que afirmava: “Portugal não é um país pequeno”.
[5] A política do “orgulhosamente sós”, de A. Oliveira Salazar, aparecerá apenas a seguir à 2ª Guerra Mundial em função do desmoronamento das estruturas coloniais das fragilizadas potências Europeias.
A escritora Gilda Nunes Barata tem uma ampla e eclética formação cultural que se está a firmar nas Letras Portuguesas, com uma já vasta obra, que passou por vários trilhos académicos ( jurídico, literário e filosófico ). A sua obra bibliográfica abarca incursões na literatura infantil, na poesia e em estudos filosófico-literários e colhe desta polivalência uma riqueza de linguagem e de substância pouco comum.
O seu mais recente livro intitulado “Rockinho – Por um Mundo Melhor” foi publicado pela promissora Editora Objectiva, que arrancou em Portugal no fim de 2009, embora já com provas dadas em Espanha e na América Latina, tendo recebido o selo de colecção da Alfaguara Infantil. Teve um bem interessante lançamento na Feira do Livro de Lisboa, a 9 de Maio.
Este seu livro tem um forte carácter pedagógico nas lições ambientais que transmite às crianças e aos jovens. Com efeito, a escritora vai apresentando os problemas ambientais com que o mundo se confronta, presentemente, e deixando pistas de cidadania para que as novas gerações não agravem esta crise. Deixa aos seus jovens leitores uma reconfortante mensagem imbuída de um realismo optimista para fazer frente a esta imenso desafio. Ao longo da obra vai dando, concomitantemente, a conhecer aos pequenos leitores alguns segredos da Mãe-Natureza.
Este livro insere-se no espírito do Festival “Rock in Rio” que está no ar de novo em Lisboa. Este evento festivo tem por mascote, para os mais pequenos, o “Rockinho” deste livro de Gilda Nunes Barata. Este espectáculo, chamativo de muitas estrelas deste género musical, na esteira de outros festivais de Rock da segunda metade do século XX, destina alguns dos seus recursos financeiros para acções de apoio Social ou Ambiental em Portugal e no Brasil. Por essa razão, a escritora doou os seus Direitos para o projecto Social deste mega evento.
O tom poético da história do “Rockinho” é uma das marcas da linguagem de Gilda Nunes Barata. Por vezes, aparece também o tom irónico a espaços, por exemplo, quando alude ao cabelo espetado, do protagonista, à moda.
O Rockinho, como herói do livro, é assim o símbolo do jovem rebelde com um coração de ouro, numa quase personificada figuração dos jovens dos nossos dias.
Deste modo, esta história com um simbolismo de grande actualidade vai revelando aos pequenos leitores as valências da música (como fonte de inspiração, fonte de afectos, fonte para o indispensável alerta de educação ambiental, fonte de serenidade de espírito, etc). A moral da história interpela os pequenos leitores com a deixa de que a música pode despertar um estado de êxtase que pode levar ao vigor cívico para enfrentar com ânimo e jovialidade todos os graves problemas ambientais incutindo confiança aos mais novos em relação às possibilidades de se superarem estes ingentes dilemas da Humanidade.
Por fim, a obra patenteia uma notável originalidade gráfica, com ilustrações bem expressivas de Ney Megali, que sobressaí no logótipo da capa que se aparenta com o seu congénere do festival. É também, bem meritório, a diversidade policromática do grafismo dos títulos e dos textos que se evidencia como elemento adocicado que motivará, certamente, muitos jovens à sua leitura.
Chales Chaplin (1889-1977) foi um dos maiores actores cómicos do cinema mundial, de nacionalidade inglesa, que nos deixou grandes obras-primas que fizeram rir e pensar várias gerações nas nossas sociedades.
António de Curtis (1898-1967), mais conhecido pelo nome ‘Totò’, foi também um actor emblemático da filmografia italiana que marcou com o seu genial sentido humor e o seu talento expressivo a língua italiana e muitas gerações de europeus.
Vasco Santana (1898-1958), quase dispensa apresentações, uma vez que foi um actor bem-amado do povo português ao protagonizar filmes que perduram no imaginário simbólico nacional e que todos os anos, por altura das festas dos Santos Populares, passam na nossa televisão pública.
Sua Santidade Bento XVI proferiu ontem, 12 de Maio no CCB, em Lisboa, um estimulante discurso perante grandes representantes da Cultura portuguesa, em que interpelou os criadores de pensamento, de ciência e de arte com palavras certeiras convidando-os a seguir os caminhos do diálogo intercultural como forma de se alcançar “o Bem, a Verdade e a Beleza”, evocando o papel pioneiro que os portugueses tiveram na Expansão marítima dos séculos XV e XVI no encontro de novos povos e novas culturas. Numa época ainda marcada pela tese de Samuel Huntington, do choque Civilizacional de culturas e religiões do mundo unipolar, o Sumo Pontífice veio sugerir que só através da dialéctica do Amor e do diálogo, tolerante e compreensivo, se poderá chegar a uma cidadania global capaz de erguer uma Humanidade respeitadora do integral desenvolvimento humano. Sendo o dia de hoje simbólico, para os portugueses de tradição católica e uma vez que a arte e a cultura nos permitem dialogar e sentir os mais profundos valores humanistas, deixo-vos a todos, caríssimos leitores, crentes ( de diversas confissões ), agnósticos, ateus com as maravilhosas obras que nos foram deixadas por Charles Gounod, J. S. Bach e Wolfgang Amadeus Mozart nas magistrais interpretações do tenor Enrico Caruso e da soprano Cecília Bartoli.
No emblemático filme de Charlie Chaplin de 1940 "O Grande Ditador" faz-se uma corrosiva sátira à demente megalomania imperialista de Adolf Hitler. De seguida, apresento aqui um pequeno filme de 8 de Maio de 1945 em que se vê Londres celebrando a vitória sobre os contingentes Nazis e a consequente libertação da Europa, bem como uma comunicação radiofónica de Winston Churchill. Por fim, apresento o hino da União Europeia resultante de um excerto musical da 9ª Sinfonia de Ludwig van Beethoven, o hino da alegria, porque este dia da Europa ( 9 de Maio ) e os 65 anos passados sobre o fim do jugo Nazi ( 8 de Maio ) bem merecem esta minha curta evocação histórica com a introdução destas curtas gravações de vídeo. Vejamos, então, estes três magníficos excertos de vídeo bem representativos destas datas simbólicas:
Pintura das quatro virtudes cardeais de “Rafael Sanzio” no Vaticano
No início da década de 1920 Paul Valéry, consagrado intelectual francês, já nos dava conta da descrença nos valores morais tradicionais, que coincidiu com o fim da hegemonia política e económica da Europa no mundo, ao dizer: “(…) a nossa geração (…) assistiu também à negação brutal das nossas ideias mais evidentes. (…) Já não podemos então confiar no Saber e no Dever ? (…)”[1]. Desde a conjuntura histórica entre as duas grandes guerras (1914-1945) que os valores tradicionais das elites sociais ( do trabalho, do esforço, da família, da pátria, da autoridade, etc ) começaram a ser questionados sob o trauma da 1ª Guerra Mundial. Em Portugal, a crise de valores começou a manifestar-se com a 1ª República e só reemergiu, após a interrupção autoritária do Estado Novo, com o regime do pós-25 de Abril de 1974[2].
As duas Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945) provocaram uma carnificina sem precedentes que desmoralizaram os países Europeus. O Existencialismo apareceu como resposta de libertação individual face a todas as ideologias fechadas e totalitárias, tendo desencadeado o fatal colapso da noção de “essência” e dos valores nucleares da tradição. De acordo com o Existencialista cada indivíduo deveria pela sua individualidade realizar-se pelo seu próprio projecto pessoal.
O paradigma americano do sucesso baseado na filosofia do pragmatismo de William James e no utilitarismo de John Stuart Mill enfatizou a ética da força em particular na 2ª Guerra Mundial e no pós-guerra, uma vez que no tempo do Presidente Woodrow Wilson ainda prevalecia na administração norte-americana algum idealismo ético. Deste modo, o modelo da ética grega baseada nas outras virtudes cardeais (a prudência, a justiça e a temperança) acabou por ser, parcialmente, abandonado, não obstante os esforços Europeus para concretizarem um modelo alternativo, através da Comunidade Económica Europeia/União Europeia, sonhado por Jean MonneteRobert Schuman.
Nas sociedades contemporâneas emergiu a tendência nefasta dos cidadãos reclamarem os seus Direitos, com anuência dos poderes instalados, e os Deveres serem simplesmente esquecidos. Daí que noções fundamentais, como a seriedade, a honra, a honestidade, no quadro destes novos valores acabaram por cair em desuso.
Outro problema central no contexto da Globalização é o peso tentacular dos meandros do narcotráfico que proliferam nos países mais pobres e se infiltram nos países mais desenvolvidos, como apetecíveis mercados de consumo[3].
Por sua vez, a violência tornou-se, nos nossos dias, a linguagem que se banaliza nas ruas, nas escolas, nas televisões, porque se assume a força como valor ético ao serviço do pragmatismo. Maquiavel, nas suas recomendações principescas[4], deu conselhos muito similares… Com efeito, a criminalidade tem aumentado, o “bullying” prospera, a guerra esfacela meio mundo e a ética, cristã ou iluminista, do “amor ao próximo” (ou da fraternidade) “anda pelas ruas da amargura”.
O terrorismo é uma face da maldade que se espraia como forma de protesto atentando contra o bem supremo da vida humana. Aliás, as relações internacionais nesta conjuntura histórica, após a queda do muro de Berlim até ao presente (1989-2010), caracterizam-se ainda pela anomia ética e pela extrema debilidade da eficaz intervenção da ONU[5] que potenciaram o fenómeno terrorista e a resposta neoconservadora da administração de G. W. Bush baseada no pensamento estratégico, militarista, do ideólogo Paul Wolfowitz.
Por outro lado, o Estado - Providência entrou em crise por razões financeiras fazendo lembrar a tese Malthusiana da escassez dos recursos face ao exagerado crescimento demográfico mundial. Desta forma, os Estados tornam-se, cada vez mais, na conjuntura da Globalização e da desenfreada Liberalização Económica, incapazes de se garantirem como protectores dos desfavorecidos da “fortuna”.
É, igualmente, em parte, esta insuficiência de recursos financeiros associada à destruição dos valores tradicionais ligados às responsabilidades, aos deveres e ao trabalho que acaba por descredibilizar as instituições Estatais da Justiça e da Educação, a nível internacional e nacional[6]. Não obstante, serem estes os bastiões que podem garantir a implementação de uma ética de bondade, de generosidade, de prudência, de moderação, etc. Sem recursos financeiros para estas duas áreas fundamentais do Estado Social e sem uma acrescida consciência dos deveres por parte dos cidadãos não haverá possibilidade de ultrapassar este impasse que se vive.
A presente fase histórica, no início do século XXI, de um mundo desregulado do ponto de vista da ética financeira fez crescerem a fraude fiscal e os mecanismos de especulação sobre os próprios Estados pseudo-desenvolvidos. Houve um desenvolvimento demasiado rápido rumo a ‘mundo novo’, tal como nos predizia Aldous Huxley em 1932[7], que conduziria a cidadãos despojados de qualquer consciência moral. Estamos, assim, num impasse Civilizacional, porque o mundo não consegue fazer cumprir os Direitos Humanos por incapacidade prática da ONU e dos Estadistas não terem criado ainda organismos verdadeiramente eficazes no plano internacional para uma acção de supervisão, enquanto os grandes financeiros, astuciosamente, souberam manietar os detentores do poder político. No declínio do império romano a decadência moral não era muito diferente…
Um dos valores, actuais, que mais prejudicam a coesão social é o individualismo e a excessiva competitividade que têm tornado as pessoas mais egoístas e gananciosas. Enquanto este funesto paradigma mental passar por uma sociedade Global de modelo capitalista, sem restrições, no encalço dos ensinamentos de Milton Friedman[8], as injustiças sociais serão recrudescentes.
Ao mesmo tempo, o alucinante ritmo das mudanças tecnológicas têm conduzido a uma vida frenética com efectiva perda de qualidade de vida dos cidadãos, ao ponto da actual “Expo 2010” realizada em Xangai ter como tema esta incontornável questão. Este é um dos preços a pagar pela aposta excessiva na aceleração tecnológica que dando maiores margens de lucro às empresas multinacionais estimula o consumismo, o que tem levado à crescente importância do valor “ter” (materialismo) sobre o valor “ser” (espiritualismo/humanismo), daí que como compensação deste desequilíbrio humano, em particular, nas sociedades do Ocidente se importem do Oriente saberes espirituais milenares (o ioga, as medicinas alternativas, as massagens, as acupuncturas, o budismo, etc.) que têm ganho muitos adeptos nos desestruturados trabalhadores do capitalismo desregrado (na figura do “Workaholic”).
A crise de valores procede do relativismo ético que acredita na impossibilidade de se encontrarem verdades absolutas, tendo o grande sociólogo Max Weber sido um dos responsáveis por esta concepção intelectual na obra “Ensaios sobre a teoria das ciências” tal como nos afirma Raymon Aron: “(…) em Max Weber, subsiste uma diferença fundamental entre a ordem da ciência e a ordem dos valores. A essência da primeira é a submissão da consciência aos factos e às provas, a essência da segunda é a livre escolha e a livre afirmação. Ninguém pode por meio de uma demonstração ser levado a reconhecer um valor ao qual não adira. (…)”.[9]
Em suma, a pintura do mestre, Renascentista, Rafael Sanzio na “Stanza della Segnatura”, no Vaticano, evoca-nos nessa abóbada, que nos obriga a olhar para cima, as quatro virtudes cardeais (a justiça, a temperança, a fortaleza e a prudência) que devem moldar o espírito dos honrados cidadãos e das sociedades justas. Contudo, a virtude da força deve ser encarada como manifestação endógena. Por conseguinte, sem a recuperação empírica por parte das sociedades contemporâneas desta orientação espiritual, que os Gregos nos legaram, o mundo decairá no abismo profundo da inércia ética.
Nuno Sotto Mayor Ferrão
[1] Paul Valéry, Variété, Paris, Ed. Gallimard, 1927. Esta descrença na superioridade moral da Civilização Europeia, que este autor nos evoca, teve correspondência no declínio do modelo etnocentrista Europeu.
[2] Não pretendo, de forma alguma, insinuar que o quadro de valores do regime Salazarista era edificante, mas apenas que se vivia numa estrutura de valores estáveis embora muito questionáveis à luz dos valores democráticos. Esta problemática é, aliás, das mais complexas que perpassa as nossas sociedades contemporâneas.
[3] É muito interessante e sugestivo o romance realista de Arturo Pérez-Reverte (A rainha do Sul, Lisboa, Edições Asa, 2003) que aborda a textura de impunidade do narcotráfico que circula com facilidade vinda da Amércia do Sul entrando pelo sul de Espanha, via Marrocos, fornecendo os “mercados negros” europeus.
[4] Nicolau Maquiavel, O Príncipe, Porto, Porto Editora, 2009.
[5] Como já o antevia o Professor Adriano Moreira na viragem do milénio, atente-se nas suas palavras avisadas: “(…) De modo que nos encontramos numa situação de total falta de ordem, porque se disfuncionou o sistema dos Pactos Militares, sem capacidades sabidas para retomar o modelo observante da Carta da ONU, procurando implantá-lo como modelo observado, mas obrigados a recorrer aos planos de contingência como meio de enfrentar os picos mais desafiantes desta ‘anarquia madura’ da comunidade internacional, como lhe chamou Buzan. (…)” ( Adriano Moreira, “A ética nas relações internacionais”, in Estudos da Conjuntura Internacional, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2000, p. 287.
[6] Como, aliás, o fiscalista Henrique Medina Carreira e o Professor Nuno Crato nos sublinham até à exaustão no excelente programa de Mário Crespo intitulado “Plano Inclinado”.
[7] Aldous Huxley, Admirável mundo novo, Lisboa, Livros do Brasil. 1981.
[8] Milton Friedman, Liberdade para escolher, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1982.
[9] Raymond Aron, As etapas do pensamento sociológico, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1991, p. 499.
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