Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.
Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.
Vale a pena observar este interessante vídeo que nos mostra um pouco da História do progresso económico, dos níveis de saúde no mundo ao longo dos últimos dois séculos, de 1810 a 2010. Verificamos, claramente, a existência de um progresso da Humanidade em termos de indicadores de riqueza e de saúde, o que agradaria certamente a Adam Smith na sua teoria do enriquecimento das Nações, mas a continuação da subsistência de grandes desigualdades, de assimetrias económicas e de diferenças no acesso aos cuidados básicos de saúde, internas e externas, nesta Era da Globalização, certamente o fariam reflectir sobre a sustentabilidade da sua teoria económica.
Este vídeo, que vos apresento, trata-se de um meritório trabalho de divulgação de um médico britânico que importa conhecer para se perceber a importância da qualidade de vida e do debate em torno dos modelos de desenvolvimento. Estamos a caminhar rapidamente para 2015 e tarda fazer cumprir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio assinados por quase 200 países perante o alto patrocínio da ONU.
Após o promissor debate público que se vai realizar, na Sociedade da Língua Portuguesa[1], às 16 horas do dia 19 de Março de 2011, sábado, subordinado ao tema “A CPLP nos media” irá ser lançado o número 7, da revista “NOVA ÁGUIA”, intitulado “Fernando Pessoa ‘minha pátria é a língua portuguesa’ – nos 15 anos da CPLP” às 18 horas.
[1] Rua Mouzinho da Silveira, nº 23 ( junto ao Marquês de Pombal )
O peso das Manifestações da "Geração à Rasca", que extravasou todas as expectativas em Lisboa, Porto e em outras cidades do país, promovida por 4 jovens nas redes sociais simboliza a violenta crise que a sociedade portuguesa está a viver, sob o efeito das crises sucessivas que temos passado nestes últimos anos por causa do contexto internacional da Globalização desregrada.
E significa, também, a falta de estratégia e de um novo modelo de desenvolvimento, verdadeiramente sustentável e humanista, para o presente e o futuro do país e do velho continente que se adapte a esta Era da Globalização tecnocrática em que as oligarquias da especulação financeira reinam a coberto da incapacidade das organizações internacionais (ONU, UE, BCE, etc) e das políticas neoliberais que se vergam às "engenharias contabilísticas" despojadas de causas mobilizadoras dos cidadãos.
A sociedade portuguesa e europeia está partida entre os que pertencem às elites oligárquicas, financeiras, e os cidadãos que estão cada vez mais metidos num beco sem saída da "escravidão" com a precariedade laboral a eternizar-se como sistema, para citar os “Deolinda”, que serviram de elo dinamizador desta corrente de descontentamento e de indignação colectiva.
Sem conceber um novo modelo de desenvolvimento para a Europa e para o mundo não será possível, jamais, existirem cidadãos com plena qualidade de vida e, por isso, esta Manifestação democrática de alegria e espontaneidade, como a Ana Paula Fitas nos refere em A Nossa Candeia, é tributária do espírito de Abril, porque com este desfasamento entre os decisores e os cidadãos não teremos como rumo um mundo melhor que tenha em conta os anseios e as vontades livres dos cidadãos.
É certo que mundo será mais fácil de gerir se formos encarados como números, mas isso significará a desumanização das sociedades europeias e a perda dos valores democráticos herdados das manifestações populares vindas da Revolução Francesa do "Terceiro Estado". Apetece-me afirmar como o fez o Presidente Jorge Sampaio em tempos idos: "Há mais vida para além do défice!" e entoar hoje e sempre esse nosso lema vivo "O povo unido jamais será vencido".
A 19 de Março, deste ano, vai realizar-se na Sociedade de Língua Portuguesa às 16 horas um debate público, com a presença de jornalistas e de bloggers, sobre o impacto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa nos meios de comunicação social e nos blogues, com o patrocínio do Movimento Internacional Lusófono. No ano em que se comemoram os quinze anos da CPLP (1996-2011) importa fazer um balanço, retrospectivo e prospectivo, desta organização Lusófona.
Nesta sessão será, também, feito o lançamento do número 7 da revista de Cultura intitulada “Nova Águia” subordinada ao tema “Minha pátria é a língua portuguesa – nos 15 anos da CPLP” e apresentados quer o livro de Rodrigo Sobral Cunha de título “Filosofia do Ritmo Portuguesa”, quer os mais recentes títulos da Colecção Nova Águia da Editora Zéfiro. A revista aborda a grande figura da Cultura Lusófona, Fernando Pessoa, transcorridos que estão 75 anos após a sua morte (1935-2010), que foi autor dessa célebre frase que serve de “leimotiv” a este número da revista, pois esta expressão abre-nos ao espírito com que foi criada, nos anos 90, a CPLP sob o forte impulso do Embaixador Brasileiro José Aparecido de Oliveira.
Na verdade, Fernando Pessoa mundialmente conhecido pelo seu génio literário universal urge ser compreendido na sua múltipla riqueza criativa e, seguramente, que esta revista com as suas diferentes colaborações poderá ser uma porta para um entendimento mais aprofundado da sua vida e obra. Por outro lado, este número irá fornecer, certamente, bastantes filões para se perceber melhor e reflectir sobre o passado, o presente e o futuro desta organização internacional que consubstancia o sentimento lusófono que une os povos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor -Leste.
O Carnaval, como período lúdico em que se festeja com corsos de rua, em que pessoas e crianças trajam com disfarces e máscaras, ou com festas privadas entre amigos, está intimamente ligado à História cristã ocidental, pois antecede a quarta-feira de Cinzas e o período Quaresmal em termos litúrgicos. A folia como um género de dança, de ritmo animado, dos dias festivos, desta quadra anual, vem sendo celebrada pela Música ao longo da História e deixo-vos aqui duas peças magníficas, respectivamente, do período da Renascença e do Barroco.
A cidade de Veneza tem sido desde Giacomo Casanova (1725-1798) e, principalmente, desde o fim do século XIX, no contexto da unificação da nação italiana, uma localidade que se procurou prestigiar pelo seu rico Património Arquitectónico, Paisagístico, Pictórico e pelas suas celebrações Carnavalescas. Contudo, Casanova, escritor e aventureiro do século XVIII, terá sido um dos grandes inspiradores do Carnaval desta mítica cidade.
O Carnaval, se dissociado das brincadeiras de mau gosto que costumam surgir nesta altura, pode ser encarado como um momento privilegiado para o descanso, para as folias de descontracção dos ingentes desafios que a Humanidade, o mundo Lusófono e a Europa enfrentam neste início do século XXI. É, pois, um momento que pode ser aproveitado para se fruir dos candentes sabores da Arte da Folia e da História desta ancestral tradição da Civilização Ocidental.