Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.
Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.
*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.
*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI , nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.
*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.
O simpático Pato Donald, uma das figuras mágicas da “Walt Disney Company”, veio festejar connosco o 2º aniversário deste blogue. Quero agradecer a todos, leitores e amigos, o estímulo que me têm dado neste projecto, que sem vocês não teria sido possível erguer. Deixo, pois, o meu sentimento de profunda gratidão por todos, amigos, conhecidos e visitantes, de diferentes paragens geográficas, que me têm apoiado, de uma forma ou de outra, no desenvolvimento deste aliciante projecto. Sem o vosso interesse, caríssimos leitores, este blogue, de feição cívica e cultural, não teria sido possível medrar.
Não me quero repetir em relação à mensagem do ano transacto, mas não posso deixar de agradecer de forma especial aos amigos Professores Universitários José Medeiros Ferreira e Ana Paula Fitas e às Professoras Elsa Castro e Paula Magalhães que acreditaram neste projecto e me deram pistas práticas e técnicas que fizeram nascer e amadurecer este blogue. Quero agradecer, também, ao Professor Universitário Renato Epifânio que me integrou entre os colaboradores da revista cultural “Nova Águia” e do blogue do Movimento Internacional Lusófono (Milhafre), a que muito me honro de pertencer.
O meu sentimento de gratidão estende-se a todos, os leitores e visitantes, que têm acompanhado este desafio, com interesse, e aos internautas que por cá têm passado. Devo reconhecer, com sinceridade, que tenho aprendido muito, também, com os blogues que tenho visitado, do ponto de vista dos seus conteúdos e padrões estéticos, pois incitam-me a tentar tornar este espaço cada vez mais acolhedor e enriquecedor dos leitores que o visitam.
A filosofia deste projecto consta, da linha editorial, da apresentação do blogue: “Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos, mais curtos, farei considerações sobre temas de grande actualidade”. Julgo ter cumprido estas metas definidas, mas estou aberto às críticas e aos comentários, que são muito úteis, para se proceder a uma avaliação construtiva, que se deve pautar por padrões Humanistas, e se aprofundar as questões lançadas através de debates abertos.
Juntei, em Fevereiro de 2010, um contador que me proporciona, a par dos comentários directos ou indirectos, algum “feedback” da aceitação que o blogue vai tendo no maravilhoso Mundo Novo da blogosfera. Já durante este ano, após ter frequentado uma formação em recursos digitais, introduzi uma estação de rádio (RFM), que oiço há vários anos, como som de fundo do blogue. Estou aberto a críticas e a todas sugestões construtivas que os leitores me queiram deixar, que são sempre bem-vindas.
Sei que, ainda, posso melhor mais a qualidade e a programação do blogue e, nomeadamente, desejo introduzir alguns “selos” identificativos, de forma que se alguém souber ajudar-me, com conselhos práticos, fico muito agradecido. Estou, também, com a dúvida de saber se devo, ou não, mudar o “cenário” deste blogue e fico a aguardar, as vossas opiniões, para poder decidir com base na vossa percepção. Na verdade, tem sido um enorme prazer escrever, seleccionando documentação relevante, sobre os diversos temas que vou abordando.
“Last, but not least”, reconheço o inestimável apoio que a minha “cara-metade”, os meus pais, os muitos amigos e alguns primos me têm dado no desenvolvimento deste entusiasmante projecto.
Caríssimos concidadãos, e visitantes de diversas partes do mundo, espero, assim, poder corresponder às vossas mais legítimas expectativas, mas em plena consciência o afirmo: este blogue é um espaço vosso, no sentido de que possamos construir, através da partilha de ideias, de experiências e de saberes, um mundo melhor e mais justo que se compagine com os ideais de uma cidadania que se quer global, interactiva, em prol da Defesa Universal dos Direitos Humanos. Lembro, a este propósito, que sustentei, no primeiro “post”, aqui publicado, que São Paulo de Tarso, em 2009 celebrado pela passagem do segundo milénio do seu nascimento, se afirmou como um dos primeiros indivíduos a defenderem “avant la lettre” a igualdade de todos os seres humanos.
A avaliação qualitativa que faço deste projecto tem sido, pessoalmente, muito gratificante, mas do ponto de vista quantitativo nota-se, também, uma evolução bastante positiva ao longo dos últimos meses com um crescente número de visitantes, não obstante haja algumas periódicas oscilações e seja, mesmo, de esperar uma quebra, nesta altura que, em Portugal, corresponde às férias do Verão. Felizmente, e com muito agrado, constato que o blogue tem registado muitas entradas de outros países, que gostaria de saudar de forma muito efusiva, porque este é um dos papéis mais importantes da Globalização: a união de povos e de pessoas de diferentes latitudes e longitudes através de uma sociedade da informação que contribua para a compreensão das complexas tendências do mundo contemporâneo.
Convido-vos, como forma de festejar o 2º aniversário deste blogue, a assistir a um pequeno excerto de um desenho animado do aniversário do Pato Donald, que num gesto de incompreensão, não captou a generosidade dos seus sobrinhos, que simplesmente pretendiam oferecer-lhe um presente. Com este aspecto, talvez eu queira demonstrar a necessidade de valorizar mais a vertente sarcástica que alguns “posts” devem passar a conter. Vejamos se serei capaz de o fazer.
Deixo-vos, pois, dois vídeos para que possa celebrar convosco esta data simbólica deste espaço de liberdade e de reflexão, que espero possa continuar a merecer a vossa visita.
Após o promissor debate público que se vai realizar, na Sociedade da Língua Portuguesa[1], às 16 horas do dia 19 de Março de 2011, sábado, subordinado ao tema “A CPLP nos media” irá ser lançado o número 7, da revista “NOVA ÁGUIA”, intitulado “Fernando Pessoa ‘minha pátria é a língua portuguesa’ – nos 15 anos da CPLP” às 18 horas.
[1] Rua Mouzinho da Silveira, nº 23 ( junto ao Marquês de Pombal )
A 19 de Março, deste ano, vai realizar-se na Sociedade de Língua Portuguesa às 16 horas um debate público, com a presença de jornalistas e de bloggers, sobre o impacto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa nos meios de comunicação social e nos blogues, com o patrocínio do Movimento Internacional Lusófono. No ano em que se comemoram os quinze anos da CPLP (1996-2011) importa fazer um balanço, retrospectivo e prospectivo, desta organização Lusófona.
Nesta sessão será, também, feito o lançamento do número 7 da revista de Cultura intitulada “Nova Águia” subordinada ao tema “Minha pátria é a língua portuguesa – nos 15 anos da CPLP” e apresentados quer o livro de Rodrigo Sobral Cunha de título “Filosofia do Ritmo Portuguesa”, quer os mais recentes títulos da Colecção Nova Águia da Editora Zéfiro. A revista aborda a grande figura da Cultura Lusófona, Fernando Pessoa, transcorridos que estão 75 anos após a sua morte (1935-2010), que foi autor dessa célebre frase que serve de “leimotiv” a este número da revista, pois esta expressão abre-nos ao espírito com que foi criada, nos anos 90, a CPLP sob o forte impulso do Embaixador Brasileiro José Aparecido de Oliveira.
Na verdade, Fernando Pessoa mundialmente conhecido pelo seu génio literário universal urge ser compreendido na sua múltipla riqueza criativa e, seguramente, que esta revista com as suas diferentes colaborações poderá ser uma porta para um entendimento mais aprofundado da sua vida e obra. Por outro lado, este número irá fornecer, certamente, bastantes filões para se perceber melhor e reflectir sobre o passado, o presente e o futuro desta organização internacional que consubstancia o sentimento lusófono que une os povos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor -Leste.
Miguel Reale marcou a Cultura Luso-Brasileira pela sua fibra intelectual como Jurista, Filósofo, Ensaísta, Historiador das Ideias e Escritor. Realiza-se, em Lisboa, de 8 a 11 de Novembro de 2010, no âmbito do Centenário do seu nascimento, o Colóquio intitulado “Miguel Real e o Pensamento Luso-Brasileiro”, com comunicações de numerosos e prestigiados especialistas, numa parceria entre o Instituto Luso-Brasileiro de Cultura e o Centro de História da Cultura da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Durante este Colóquio será lançada a revista “Nova Águia”, nº 6, às dezassete horas do dia 10 por Renato Epifânio, pois nela se destaca um artigo do Professor Doutor António Braz Teixeira[1], um dos esteios do Instituto Luso-Brasileiro de Cultura, em que nos revela a faceta, menos conhecida, de Miguel Reale como Historiador das Ideias Filosóficas Brasileiras.
Este pensador afirmou-se internacionalmente com a sua Teoria Tridimensional do Direito, que o catapultou para um reconhecimento Académico, além fronteiras, como Filósofo Jurídico. Na realidade, a pluralidade dos seus saberes e das suas curiosidades intelectuais imprimiram-lhe o perfil de Humanista que escreveu obras em diversas áreas: Filosofia do Direito, Filosofia Brasileira, História da Cultura, Ciência Política, Literatura, deste modo teve vários livros traduzidos em diversas línguas. No Brasil, o seu prestígio público emanou da sua grande autoridade intelectual que o levou a ingressar na Academia Brasileira de Letras, a partir dos anos 70, e a colaborar na Comissão que reviu, em 1967, a Constituição Brasileira. Já nos últimos de vida concedeu o seu contributo de especialista no trabalho de supervisão do actual Código Civil Brasileiro.
É, pois, absolutamente justa esta Homenagem, inerente a este Colóquio e ao artigo que o novo número da “Nova Águia” nos apresenta, para que, as sociedades lusófonas, conheçam melhor o pensamento deste insigne Homem de Letras Brasileiro.
Nuno Sotto Mayor Ferrão
[1] António Braz Teixeira, “Miguel Reale, Historiador das Ideias”, in Nova Águia, nº 6, 2º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 140-142.
No dia 7 de Outubro de 2010 às 19 horas na Universidade Católica do Porto e em Lisboa no Palácio da Independência a 12 de Outubro às 17 horas irá ser lançado o número 6 da revista de Cultura intitulada “Nova Águia”, respectivamente com as apresentações do jornalista Carlos Magno e do professor Pinharanda Gomes nas referidas cidades.
Neste sexto número da revista “Nova Águia” procede-se ao balanço dos 100 anos da República Portuguesa, com o contributo de dezenas de textos, mas a exemplo do que foi a “Renascença Portuguesa” na 1ª República apontam-se, também, para a pátria caminhos cívicos e culturais, de uma modernidade que se compagina com um Humanismo universalista, neste tempo de uma Globalização caracterizada por uma atonia Ética e por uma substantiva perda dos referenciais identitários históricos e culturais.
Além da temática, central, evocam-se quatro efemérides culturais de relevante interesse neste ano de 2010: o Bicentenário do nascimento de Alexandre Herculano (1810-2010); o centenário do nascimento de Miguel Reale, falecido em 2006 (1910-2010); o cinquentenário do falecimento de Jaime Cortesão (1960-2010); e o ano da morte de António Telmo (1927-2010), professor e ilustre filósofo estremocense, colaborador desta revista, recentemente falecido.
Neste número da revista escrevo sobre a importância cultural de Alexandre Herculano, a sua vida e o relevante magistério intelectual que exerceu sobre os Republicanos. Na próxima revista, número 7 relativo ao 1º semestre de 2011, será dedicada a Fernando Pessoa e à sua concepção de pátria (em conformidade com a sua afirmação: “a minha pátria é a língua portuguesa) a propósito dos 15 anos da formação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Aliás, a alargada difusão desta revista no espaço lusófono tem sido possível graças, em grande parte, ao dinamismo do Movimento Internacional Lusófono.
Convidamos todos os cidadãos interessados, na presente temática do Centenário da República Portuguesa e nas questões ligadas à Cultura Contemporânea, a assistirem à prelecção do Professor Pinharanda Gomes relativa aos cem anos da República e à apresentação deste novo número da “Nova Águia”.
O regime do Estado Novo, tal como os regimes autoritários seus contemporâneos, limitou os direitos e as liberdades individuais amesquinhando as virtualidades criativas dos fenómenos culturais. Houve, assim, um empobrecimento das actividades culturais que eram alvo da censura prévia: na imprensa, no teatro, no cinema, na rádio e na televisão. Neste contexto repressivo, o Secretariado de Propaganda Nacional/ Secretariado Nacional de Informação, inicialmente dirigido por António Ferro até 1949, procurou criar padrões culturais adaptados à ideologia Salazarista na designada “Política do Espírito”.
Como exemplo da tentativa de refrear os ímpetos de insinuações simbólicas na Literatura podemos evocar o livro do escritor Aquilino Ribeiro “Príncipes de Portugal suas grandezas e misérias”[1] publicado em 1952 e impedido pela Direcção dos Serviços de Censura de ser reeditado no ano seguinte.
Com a Revolução do 25 de Abril de 1974, que comemoramos este ano o trigésimo sexto aniversário, instaurou-se um regime de liberdade política e cultural que permitiu que as criações culturais se espraiassem pelo país. Apareceram as obras de marcada índole interventiva ( nas canções, na poesia e na “arte mural” ) que ajudaram à desestruturação das mentalidades da sociedade portuguesa. A cultura portuguesa foi, pois, bafejada por uma lufada de ar fresco que lhe permitiu renovar-se.
A revista “Nova Águia”[2], surgida em 2008, sendo inspirada na revista “A Águia” pretende recriar o vigor cultural e espiritual dos criativos agentes intelectuais do início do século XX. No “Manifesto” da “Nova Águia” evidencia-se a crise cultural em que o país vive, pretendendo-se com o concurso de várias sinergias sociais e institucionais incutir um novo vigor cultural a Portugal.
A “Nova Águia” colhe, pois, a inspiração da ínclita geração dos intelectuais portugueses do início do século XX que verteram a sua criatividade, inteligência e sensibilidade na revista “A Águia”, mas deseja responder aos prementes desafios de padronização cultural implicados pelo processo da Globalização. Deste modo, esta revista, semi-revivalista, acredita nas potencialidades do legado do património cultural português que nos define como uma identidade nacional, cujo valor é relevante para enfrentar estes imensos desafios. Daí o paradigma cultural da “Nova Águia” assentar na concepção de um universalismo lusófono, defendido por Jaime Cortesão, que permita a Portugal ajudar a edificar uma alterglobalização[3].
Assim, tal como a “Águia”, se constituiu como órgão de informação da “Renascença Portuguesa”, a “Nova Águia” é o veículo informativo/formativo de comunicação do Movimento Internacional Lusófono que pretende pela acção cívica e cultural dentro do espaço geográfico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa consolidar um sentimento de pertença e de entreajuda entre os povos irmãos em afinidades afectivas e experiências históricas.
O tema do número cinco da revista “Nova Águia” resulta do entrelaçamento entre a comemoração do nascimento da revista “A Águia” de 1 de Dezembro de 1910, dado que esta foi um projecto que teve frutos espirituais muito importantes[4], e da ponderação dos diversos colaboradores relativamente ao diagnóstico da situação cultural portuguesa dos nossos dias. Se nos diversos textos de qualidade e rigor, que nos são apresentados, aparecem diversas perspectivas, todas nos traduzem um labor de pesquisa, de reflexão e de inspiração em torno da articulação destas duas problemáticas. Em particular, destaco, pelo vigor conceptual, os textos dos Professores Adriano Moreira, Paulo Borges e Pinharanda Gomes.
Como vos disse a cultura portuguesa no quadro da Globalização em curso está cada vez mais estereotipada e manietada pelos constrangimentos desta conjuntura internacional. Na verdade, a cultura surge como um bem crescentemente subalternizado, em detrimento de uma Civilização intelectual e eticamente responsável, pois a educação crescentemente tem sido submersa pela exacerbada valorização dos paradigmas tecnicistas tão ao gosto dos políticos tecnocráticos de serviço. A constatação desta realidade socioeducativa do nosso mundo, que vive numa sociedade da informação, desperta-nos para o paradoxo subsistente no facto de uma grande parte da população, apesar de alfabetizada, permanecer num estado de iliteracia que dificulta a intervenção cívica.
Não espanta que os tecnocratas “esfreguem as mãos” de contentamento ao manietarem as capacidades de intervenção cívica das populações com este tipo de paradigma educativo e com a crescente complexidade da teia legislativa. Edmund Burke[5], teorizador do conservadorismo no século XVIII, ficaria radiante com esta estratégia dos modernos tecnocratas que tem conduzido à prevalência das “democracias musculadas” de que os politólogos nos têm falado.
A cultura segundo a acepção dos sociólogos[6] tem uma dimensão mais lata por abranger valores, princípios, normas e costumes e, por isso, quanto mais claustrofóbica for uma cultura menos possibilidades criativas lhe são oferecidas. Reside, portanto, aqui o verdadeiro dilema das sociedades contemporâneas que se querem excessivamente competitivas e organizadas, que ao reduzirem os tempos de lazer, levam ao fechamento cultural, ao empobrecimento qualitativo da vida dos cidadãos e à pouca estimulação das capacidades criativas em benefício da domesticação tecnocrática das democracias e dos cidadãos.
Nuno Sotto Mayor Ferrão
[1] Aquilino Ribeiro, Príncipes de Portugal suas grandezas e misérias, Lisboa, Portugália Editora, 2008.
[3] Vide para uma percepção actualista o livro no prelo de Renato Epifânio, A via lusófona – um novo horizonte para Portugal, Sintra, Edições Zéfiro, 2010 é fundamental ou, para uma sistémica percepção cultural, o livro de Paulo Borges, Uma visão armilar do mundo, Lisboa, Edição Verbo, 2010.
[4] Nuno Sotto Mayor Ferrão, “Leonardo Coimbra, a revista “A Águia” e o panorama cultural contemporâneo”, in Nova Águia, nº 5, Sintra, Editora Zéfiro, 2010, pp. 34-36.
[5] António de Sousa Lara, “Edmund Burke (1729-1797), in Da História das ideias políticas à teoria das ideologias, Rio de Mouro, Editor Pedro Ferreira, 1995, pp. 192-196.
[6] Antonhy Giddens, Sociologia, Lisboa, Edição Fundação Calouste Gulbenkian, 2009, pp. 46-47.
Em tempo de balanço do ano de 2009 em termos de leituras estimulantes da Blogosfera começo por evocar cinco blogues que mais me entusiasmaram e mais chamaram a minha atenção. De seguida, faço uma segunda selecção dos blogues que, por razões diversas, despertaram a minha curiosidade em 2010. Já em finais de Agosto do ano passado escrevi uma crónica intitulada “A Literatura e a Blogosfera” em que dei a conhecer algumas das minhas preferências por determinados blogues.
Aqui fica a minha selecção de blogues de 2009:
·Duas ou três coisas ( www.duas-ou-tres.blogspot.com )- este blogue apresenta qualidade na forma e na substância, visto que a linguagem é literariamente apelativa e simultaneamente nos apresenta temas de relevante actualidade política e cultural e, por vezes, o Embaixador Francisco Seixas da Costa deixa-nos testemunhos pitorescos ou significativos da sua vida diplomática. Recomendo vivamente uma visita.
·Bicho Carpinteiro ( www.bichos-carpinteiros.blogspot.com ) – este blogue revelou-se uma referência pela qualidade dos colaboradores, em particular o Professor José Medeiros Ferreira e a Professora Joana Amaral Dias mais interventivos, associada à capacidade de síntese manifestada no tratamento dos temas de natureza essencialmente política e social. Destacou-se, ainda, pela originalidade dos pontos de vista apresentados e pelas sentenças ou juízos de valor enunciados, restaurando uma crítica de sentido moral que fazia falta à vida portuguesa, quase a fazer lembrar o espírito acutilante de José Ramalho Ortigão nas “Farpas”.
·Crónicas de Francisco José Viegas ( www.fjv-cronicas.blogspot.com ) – este blogue deste consagrado jornalista e escritor afirma-se pela, qualidade da sua prosa, pelas interpretações originais com que nos presenteia em temas literários, sociais ou futebolísticos. Por outro lado, dá-nos indicações de livros com juízos de valor que nos podem sugerir cativantes leituras e no fim brinda-nos, quase sempre, com citações caricatas de outros blogues.
·Sorumbático ( www.sorumbatico.blogspot.com ) – este blogue reúne uma panóplia de eminentes intelectuais e cientistas, de que em particular gosto de ler os textos de António Barreto e de Maria Filomena Mónica, que tratam de temas culturais e de actualidade bem pertinentes. Também se destaca pelas imagens de sensibilização cívica, pelas fotos artísticas de António Barreto e pela divulgação de cartoons antigos.
·Almocreve das Petas ( www.almocrevedaspetas.blogspot.com ) – este blogue afirma-se pelo corrosivo sentido de Humor de grande inspiração, a fazer lembrar a veia sarcástica de Rafael Bordalo Pinheiro, que retrata com muita sagacidade a classe política. É, igualmente, muito interessante pelas indicações de apaixonado bibliófilo que nos deixa ao nível de temas de História e de exemplares para coleccionadores. Recomendo vivamente uma visita.
Aqui fica a selecção das agradáveis surpresas que tive oportunidade de conhecer em 2010:
·Córtex Frontal ( www.cortex-frontal.blogspot.com ) – saúdo com muita satisfação o aparecimento deste blogue que conta com a presença de dois eminentes cronistas e comentadores, da nossa sociedade, de espírito independente ( Professor José Medeiros Ferreira e Professora Joana Amaral Dias ), a fazer lembrar os livres-pensadores, capazes de visões críticas da política nacional e internacional associadas a invulgares capacidades de síntese e de comunicação firmadas em apuradas sensibilidades. Recomendo vivamente uma visita.
·Nova Águia ( www.novaaguia.blogspot.com ) – este blogue é o prolongamento cívico e mental da pertinente revista “Nova Águia”, que procura homenagear a reconhecida revista “A Águia” e a brilhante geração intelectual que nela colaborou, num tempo presente de crescente apagamento cultural das nossas sociedades. Este espaço da blogosfera desenvolve temas de relevante interesse para a cultura lusófona e atribui espaço à estética, à filosofia, à poesia, à história e a outros temas afins.
·Milhafre ( www.mil-hafre.blogspot.com ) – este blogue emergiu pelo dinamismo dos seus promotores que percepcionaram a importância de uma intervenção cívica e cultural que realçasse as actividades e as reflexões ligadas à identidade lusófona, no sentido de ajudar a aprofundar a estratégia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Recomendo vivamente uma visita.