CRISTIANO RONALDO (CR7), UM HERÓI DA PÁTRIA LUSÓFONA – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro é um futebolista de renome internacional, nascido a 5 de fevereiro de 1985 no Funchal, cujo nome homenageia o Presidente Norte-Americano Ronald Regan como ator de Hollywood. Afirmou-se no futebol internacional, no Sporting Clube de Portugal, num jogo contra a equipa do Manchester United para a inauguração do Estádio Alvalade XXI, que deixou o treinador Alex Ferguson muito impressionado, tendo-o levado então para Inglaterra.
Logo no Manchester United foi-se afirmando com os seus “dribles” magistrais e só depois, já no Real Madrid, a sua evolução desportiva o levou a transformar-se num avançado muito eficaz, um goleador nato temido pelos adversários e muito estimado pelos seus adeptos e companheiros. Uma das suas habilidades tem sido ao longo da sua carreira a marcação de livres, com a grande concentração e a encenação Olímipica de um atleta. Ronaldo fez do futebol um jogo espetáculo com habilidades artísticas inequívocas.
Tal como os atletas da Hélade eram considerados heróis, Cristiano Ronaldo deve ser evocado pela pátria lusófona como um herói, pois os vencedores nos jogos olímpicos na Antiga Grécia poderiam receber homenagens das suas pólis, alimentação gratuita, terem estátuas erguidas e serem exaltados pelos poetas. O movimento do pontapé de bicicleta de Ronaldo frente à Juventus merecia uma estátua parecida com a que representa o atleta grego a lançar o disco, conhecido como discóbolo, ou um poema como aquele que Manuel Alegre dedicou a Luís Figo.
No fim da temporada 2017/18 ameaçou sair do Real Madrid por falta de empatia com o presidente do clube e falta de apoio na questão das suas dívidas fiscais ao Estado Espanhol. Ao longo da sua carreira profissional de 2003 a 2018 tem batido muitos recordes desportivos, apesar da sua carreira desportiva ainda ter possivelmente alguns anos na montra do futebol mundial. Os números milionários que o rodeiam, primeiro na contratação nunca vista do Real Madrid ao Manchester United pelo preço de 94 milhões de euros deixou o mundo estupefacto.
Fez parte, como promessa do futebol, da Seleção Portuguesa, com Luís Figo e outras estrelas da “geração de ouro”, que chegou a finalista do Euro 2004. Desde este período cresceu muito como jogador e como homem, retivemos as lágrimas que soltou na Final do Euro 2004 e a atitude de fair-play com Edinson Cavani no jogo dos oitavos de final de Portugal contra o Uruguai no Campeonato do Mundo de 2018.
Desde 2008 a 2017 tem sido várias vezes premiado como o melhor jogador do mundo pela FIFA e ganhou várias bolas e botas de ouro, atríbuídas por periódicos da imprensa desportiva.
Em 8 de janeiro de 2009, Ronaldo teve um mediático acidente de carro com o seu Ferrari, 599 GTB Fiorano, num túnel perto de Manchester, tendo saído do incendente com ferimentos de pouca gravidade.
Neste início de julho de 2018, Ronaldo parece ter feito as malas para representar a Juventus, numa nova transferência astronómica de 100 milhões de euros, sendo este já o quarto clube de prestígio que irá defender, os outros foram o Sporting Clube de Portugal, o Manchester United, o Real Madrid e agora a Juventus, onde certamente acabará a sua carreira de futebolista. A transferência de Ronaldo para a Juventus está fazer subir em flecha o valor das ações do clube de futebol de Turim.
Por que razão é já um herói da Pátria lusófona ? As suas habilidades inatas e a condição física ímpar, fruto de treinos muito esmerados e grande profissionalismo, fizeram dele um jogador de exceção. Estes fatores fizeram-no um artista, criativo com a bola, que fez vibrar milhões de adeptos do futebol de todo o mundo. Quando CR7 marcou este ano de um atlético pontapé de bicicleta à Juventus a uma altura de 2,38 metros deixou os espetactadores da Juventus embasbacados e a ouvacionarem o atleta adversário de pé pelo seu feito invulgar. O jornalista desportivo Rui Santos considera que esta transferência não foi a mais benéfica para a projeção mundial de CR7.
Ronaldo levou, muitas vezes, às costas o Sporting, o Manchester United, o Real Madrid e a Seleção Portuguesa, catapultando os clubes da Inglaterra e da Espanha para estrelato máximo com a conquista de várias Ligas dos Campeões e permitindo a Portugal vencer o Euro 2016, num feito inédito do futebol luso.
De 2007 a 2018 tem estado na ribalta do futebol mundial, tendo feito o seu primeiro hat-trick a 12 de janeiro de 2008 pelo Manchester United contra o New Castle e o seu último hat-trick frente à Seleção Espanhola no Campeonato do Mundo de Futebol de 2018. Ronaldo passou a exercer uma força anímica indispensável no Real Madrid e na Seleção Portuguesa, nos últimos anos.
Ronaldo já tem um busto no aeroporto do Funchal e uma merecida condecoração honorífica de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique atribuída pela Presidência da República Portuguesa em 2014. Portugal continua a ser, como o reconhece Rui Proença Garcia[1], um país de Fátima, do Fado e do Futebol, como uma das marcas indeléveis da sua identidade coletiva. Por isso, não admira que CR7 terá um lugar reservado no Panteão Nacional, dado que espalhou o seu nome e o do país pelos 7 cantos do mundo. Nos últimos anos tem disputado com o argentino Lionel Messi o título de melhor jogador do mundo. Em 15 de dezembro de 2015, Ronaldo inaugurou o Museu CR7 no Funchal. Superou em prestígio internacional Eubésio da Silva Ferreira e Luís Figo, só podendo comparar-se na sua projeção mundial com Pelé.
Em suma, Ronaldo não se limita a ser um futebolista com habilidade, mas um atleta com um génio artístico, que soube fazer render os seus talentos e deixar a Humanidade estupefacta perante as suas proezas desportivas, fazendo lembrar os atletas herocizados da Grécia Antiga.
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[1] Rui Proença Garcia, “Fátima, Futebol e Fado: uma leitura contemporânea”, in Brotéria –Cristianismo e Cultura, vol. 186, maio/junho de 2018, pp. 631-653.
Nuno Sotto Mayor Ferrão