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Crónicas do Professor Nuno Sotto Mayor Ferrão

Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.

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OS PENSADORES NONAGENÁRIOS PORTUGUESES – ADRIANO MOREIRA, EDUARDO LOURENÇO E JOAQUIM VERÍSSIMO SERRÃO

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Os 3 pensadores - Adriano Moreira, Eduardo Lourenço e Joaquim Veríssimo Serrão - contribuíram de formas diferentes e complementares para pensar a identidade portuguesa. Adriano Moreira pensou a identidade portuguesa através de uma reflexão cultural e histórica dos mutantes cenários internacionais. Eduardo Lourenço pensou a identidade portuguesa mediante a análise das grandes referências clássicas da literatura portuguesa. Joaquim Veríssimo Serrão pensou a identidade portuguesa mediante os fios entrelaçados da história e da cultura de Portugal na sua ligação a diferentes regiões da Europa e do mundo.

 

1) Adriano Moreiro

Adriano José Alves Moreira, conhecido por Adriano Moreira, nasceu numa aldeia transmontana do concelho de Macedo de Cavaleiro a 6 de setembro de 1922. Em 1944 licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, tendo ingressado, nesse ano, como jurista no Arquivo Geral do Registo Criminal e Policial. Em 1947 realizará um estágio de advocacia, com Teófilo Carvalho dos Santos, advogado ligado aos setores oposicionistas ao salazarismo.

 

Nos anos 40, foi simpatizante da Oposição Democrática, tendo subscrito uma lista do Movimento de Unidade Democrática (MUD), em 1945. Como advogado apresentou uma queixa contra o ministro Fernando Santos Costa, por homicídio voluntário do general Marques Godinho, que padecia de problemas de saúde. Por este motivo, acaba por ser preso na cadeia do Aljube, onde se encontrava também Mário Soares.

 

Com o evoluir do tempo, acabará por se aproximar do regime salazarista ao estudar as teses luso-tropicalistas de Gilberto Freyre, embora mantendo relações de amizade com figuras oposicionistas como Fernando de Abranches Ferrão, Acácio de Gouveia e Carvalho dos Santos.

 

No início dos anos 50, como professor da Escola Superior Colonial da Universidade Técnica de Lisboa, escreveu a tese de doutoramento “O Problema Prisional do Ultramar”, que o fez receber o Prémio Abílio Lopes do Rego da Academia das Ciências de Lisboa e o levou a colaborar com o ministro do ultramar Sarmento Rodrigues. Teve uma carreira académica invejável, chegando ao cargo de Professor Catedrático da UTL e a ser Diretor desta instituição universitária e Professor da Escola Naval de Guerra, sempre em articulação com o almirante Sarmento Rodrigues. Adriano Moreira teve um papel de relevo na reforma do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas ao promover a introdução de ciências como a Sociologia, a Ciência Política e as Relações Internacionais nos currículos desta instituição universitária.

 

No início dos anos 60, quando começaram os movimentos nacionalistas na África portuguesa e estalou a guerra colonial portuguesa, foi chamado sucessivamente para os cargos de subsecretário da administração ultramarina (1960-1961) e de ministro do ultramar (1961-1963). Neste âmbito, destacou-se com a revogação do Estatuto do Indigenato, já considerado transitório sob o consulado ministerial de Sarmento Rodrigues. Só após a sua fulgurante carreira política e académica veio a casar, na Igreja das Mercês em Lisboa, com Isabel Mónica Maia de Lima Mayer a 2 de agosto de 1968, com quem teve 6 filhos.

 

As suas obras publicadas ligam-se às questões políticas, coloniais, jurídicas e às relações internacionais[1]. É um atualmente um colaborador sempre regular e tutelar da revista cultural Nova Águia

 

Dos seus cargos e reconhecimentos públicos destacamos ter sido presidente do CDS, vice-presidente da Assembleia da República, presidente honorário da Sociedade de Geografia de Lisboa, presidente da Comissão Nacional de Avaliação do Ensino Superior, membro de inúmeras academias nacionais e estrangeiras e foi distinguido com inúmeros prémios e condecorações honoríficas. Tem sido um colunista semanal do jornal Diário de Notícias, desde tempos imemoriais, dando-nos reflexões estratégicas sobre o conceito de Defesa Nacional e as diferentes conjunturas internacionais, que se vão sucedendo desde o fim do século XX.

 

2) Eduardo Lourenço

Eduardo Lourenço de Faria nasceu a 23 de maio de 1923 numa aldeia do distrito da Guarda e irá ter um percurso académico invulgar, pensando a identidade portuguesa a partir do estrangeiro. Filho de um oficial do exército, começou os estudos secundários no Liceu da Guarda, mas acabará por terminá-los no Colégio Militar em Lisboa. Frequentou o curso superior de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra a 23 de julho de 1946, o que lhe veio a marcar os estudos e os ensaios, interligando o pensamento com os rumos da história de Portugal e com as marcas literárias nacionais.

 

De 1946 a 1953 assumirá as funções de professor assistente na Universidade de Coimbra. De 1953 a 1958 irá exercer as funções de Leitor de Língua e Cultura Portuguesa em Universidades da Alemanha e da França. No fim dos anos 50, terá uma curta passagem pela Universidade Federal da Baía, no Brasil, como professor convidado de Filosofia. De seguida, ocupará o lugar de Leitor de Língua e de Cultura Portuguesa nas Universidades de Grenoble e de Nice. Nesta Universidade manter-se-à até à sua jubliação como mestre-assistente no ano letivo de 1988-1989.

 

Eduardo Lourenço publica em edição de autor a primeira obra intitulada Heterodoxia I em 1949[2]. Pouco tempo depois, em 1954, casa-se com Annie Salomon e na década de 60 nascerá o seu filho adoptivo. Nos anos 80, Portugal reconhecendo o seu trabalho ensaístico, atribui-lhe a condecoração honorífica da Ordem de Sant’ Iago da Espada, o Prémio de Ensaio Jacinto Prado Coelho e o Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon.

 

A partir do final dos anos 80, passa a dirigir a revista Finisterra - Revista de Reflexão e Crítica, de tendência ideológica socialista.

 

Desde este período, com um reconhecimento nacional e internacional, vem recebendo inúmeros prémios e condecorações como sejam o Grande Oficialato da Ordem do Infante D. Henrique, o Prémio António Sérgio, o Prémio Camões em 1996, o título de Oficial da Ordem de Mérito pelo Governo francês, o Prémio Vergílio Ferreira, o título francês de Cavaleiro da Legião de Honra, a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, o Prémio Pessoa em 2011, entre muitas outros reconhecimentos do seu prestígio intelectual. Foi, ainda, designado Doutor Honoris Causa por universidades de Portugal, Brasil e Itália. Desde 2002 tem sido administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Foi este ano galardoado com o Prémio Árvore da Vida Padre Manuel Antunes 2020[3].

 

3) Joaquim Veríssimo Serrão

Joaquim Veríssimo Serrão destacou-se como professor universitário e historiador, nascido em Santarém a 8 de julho de 1925. Foi um dos últimos historiadores a escrever, individualmente, uma História de Portugal, tendo esta sua obra alcançado uma envergadura colossal, quando nos anos mais recentes as obras mais abrangentes costumam reunir vários colaboradores.

 

Em 1948, no contexto do início da guerra fria, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra. De 1950 a 1960 foi leitor de Cultura Portuguesa na Universidade de Toulouse, tendo apresentado dissertação de Doutoramento em Ciências Históricas à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1956, com o tema O reinado de D. António Prior do Crato[4]. Em 1961, foi contratado como primeiro-assistente da Faculdade de Letras de Lisboa e, em 1965, ascende a professor extraordinário de História.

 

De 1967 a 1972, no tempo da guerra colonial, foi Diretor do Centro Cultural Português de Paris, reingressando neste último ano na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa para prestar provas para professor catedrático, tendo sido aprovado por unanimidade. No fim do período do Marcelismo, em 1973-1974 exerceu o cargo de reitor da Universidade de Lisboa. Já, em plena democracia, no período de 1980 a 1984, foi presidente da Comissão Instaladora do Instituto Politécnico de Santarém, o que revela bem o carinho que nutria pela sua terra natal.

 

Da sua autoria, contam-se centenas de trabalhos de investigação sobre temas históricos gerais da Idade Moderna, das relações culturais de Portugal com as Universidades de Espanha e de França, fruto da sua experiência de investigador em Toulouse, das figuras e correntes da historiografia nacional e do Brasil nos séculos XVI e XVII. O seu meritório trabalho de historiador foi reconhecido com diversos prémios e reconhecimentos nacionais e internacionais: em 1954, com o Prémio Alexandre Herculano; em 1965, com o Prémio D. João II; e, em 1992, com o Prémio Identidade Nacional; em 1995, com o Prémio Príncipe de Astúrias em Ciências Sociais, sendo-lhe atribuído o título de Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Montpellier em 1974, Complutense de Madrid em 1995 e de Professor Honoris Causa do Instituto Politécnico de Santarém em 2011.

 

É membro de diversas instituições científicas nacionais e estrangeiras como a Academia das Ciências de Lisboa, como sócio efectivo, da Academia Portuguesa da História, a que presidiu durante 30 anos de 1975 a 2005, da Academia de Marinha, da Associação Portuguesa dos Arqueólogos, da Académie du Monde Latin de Paris, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Brasileira de Letras, das Academias Nacionais de História da Venezuela, da Argentina, do Uruguai, da Bolívia, da Colômbia, do Chile, de Porto Rico, da República Dominicana, da Academia Europêa de Yuste e da Real Academia de la Historia de España.

 

Foi agraciado, em Portugal e no estrangeiro, com inúmeras condecorações. Tornou-se, em 1966, no Brasil, Comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul. Em 1990 e em 2006, recebeu as condecorações honoríficas da Grã-Cruz das Ordens do Mérito Civil e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago de Espada. Em 1993 recebeu a Medalha de Prata da Galiza. Em 1994, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Andrés Bello na Venezuela. Em 1995 recebeu, em Espanha, a Grã-Cruz de Afonso X o Sábio. Pelo valor extraordinário do seu percurso pessoal e académico recebeu a Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra em 19 de Abril de 2007.

_________________________________________

[1] Adriano Moreira, Comentários, Lisboa, Instituto de Alta Cultura, 1989, 276 pp..

[2] Eduardo Lourenço, Heterodoxia, Lisboa, Assírio e Alvim, 1987, 222 p..

[3] Guilherme d' Oliveira Martins, Eduardo Lourenço – Prémio Árvore da Vida Padre Manuel Antunes 2020, in Brotéria, vol. 190- 5/6, maio/junho de 2020, pp. 515-520.

[4] Joaquim Veríssimo Serrão, O reinado de D. António Prior do Crato, Coimbra, Ed. Instituto de Alta Cultura, 1956, 2 vols.

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

A "BROTÉRIA – CRISTIANISMO E CULTURA" COMO REVISTA CULTURAL

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A revista Brotéria – Cristianismo e Cultura foi modernizada na estética da capa e do grafismo, em que passou a ser apresentada ao público leitor, no início deste ano de 2020. Esta revista mensal recebeu em janeiro uma capa de cor vermelha, em fevereiro de cor azul, em março de cor laranja e em abril de cor verde, em sinal de Esperança, como nos afirma o Diretor, Padre António Júlio Trigueiros SJ, num dos vídeos que juntamos como documento.

 

Em termos de conteúdo, a revista apresenta temáticas tradicionais ligadas às humanidades, como a sociedade, a religião, a ética, a filosofia, a história, as artes e as letras, compaginando-as com temas de grande atualidade de Portugal e do mundo.

 

A revista alia a qualidade dos conteúdos a uma grande diversidade das temáticas através de um critério rigoroso estabelecido por um corpo diretorial de jesuítas, com um prestigiado conselho de redação e um amplo conjunto de colaboradores de múltiplas formações.

 

Atualmente, é seu Director o Padre António Júlio Trigueiros SJ, historiador e jesuíta que conjuga este cargo com a missão de Reitor da Igreja de S. Roque em Lisboa, substituindo o insigne Padre António Vaz Pinto SJ nestes dois cargos.

 

Nos últimos tempos, a tiragem mensal cifra-se entre os 1000 a 1200 exemplares, o que para uma revista de cultura com artigos de investigação é bastante considerável.

 

Nesta revista de março, destaco alguns artigos particularmente interessantes: do Padre António Júlio Trigueiros SJ sobre a abertura dos arquivos pontifícios do Papa Pio XII com uma perspetiva inovadora, mostrando como este pontificado procurou auxiliar a comunidade judaica no decurso da 2ª guerra mundial; de André Neves Afonso sobre o relicário do Conde de Ourém, patente no Museu Nacional de Arte Antiga, com uma análise da estrutura do culto das relíquias ao exame concreto deste artefacto da joalharia quatrocentista; de Maria Jésus Fernandez sobre as distopias na literatura portuguesa das últimas décadas; de João Cardoso Rosas sobre o posicionamento ideológico dos partidos portugueses do espectro político nacional; de Eduardo Lopes Madureira Jorge sobre o fenómeno das “Fake news” das redes sociais.

 

No mês de abril, a revista debruça-se sobre a temática incontornável da pandemia de COVID-19 num artigo conjunto dos Padres António Júlio Trigueiros SJ e Francisco Sasseti Mota SJ intitulado “Isolamento social e resiliência criativa”; numa abordagem de Jorge Buesco intitulada “Os dias impensáveis do COVID”; numa prosa inspirada com o título de "Da Calamidade à Graça: uma pequena gramática para o quotidiano" da autoria de D. José Tolentino de Mendonça; num artigo com o nome de “Os limites da sustentabilidade do transporte aéreo” de Francisco Ferreira, da Associação Zero e, no âmbito da análise religiosa, destaco ainda os textos de Miguel Rodrigues e do Padre Vasco Pinto de Magalhães SJ.

 

Assim, a presente revista cultural Brotéria trata temas de grande atualidade, de fundo cultural e de fundo religioso, com artigos de reflexão ou de investigação de múltiplos colaboradores. Além de uma equipa de Direção composta por 5 distintos padres jesuítas e um conselho de redação composto por 10 ilustres personalidades da cultura, de onde saliento as figuras muito prestigiadas de Guilherme d’ Oliveira Martins e de Manuel Braga da Cruz.

 

Em suma, no espírito ensaístico do Padre Manuel Antunes SJ e no ambiente da conjuntura pós-Concílio Vaticano II, a revista Brotéria abriu-se às questões de atualidade do mundo e, paulatinamente, aos contributos da sociedade civil, no respeito pela fé católica e no âmbito cultural, compaginando, por um lado, o diálogo das humanidades e das ciências exatas e, por outro lado, numa ponte entre a Igreja Católica, por intermédio de investigadores e de escritores jesuítas, e membros da sociedade civil comprometidos com a fé católica e a cultura cristã.

 

Recomendo, vivamente, a sua leitura, sempre bastante proveitosa, aos concidadãos interessados pela cultura, num espírito cristão e em temas que nos convocam a uma cidadania comprometida com o mundo que nos rodeia.

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

O CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DO PADRE MANUEL ANTUNES (1918-2018) E O ANIVERSÁRIO DO BLOGUE “CRÓNICAS DO PROFESSOR FERRÃO”

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O Padre Manuel Antunes foi um sacerdote jesuíta, ensaísta e professor universitário, nascido em 1918 na Sertã, comemorando-se, portanto, em 2018, o Centenário do seu nascimento.

 

Licenciou-se em Filosofia e em Teologia e cedo assumiu a missão de docente, leccionando aos estudantes da Companhia de Jesus e aos alunos da Faculdade de Letras de Lisboa. Colaborou em inúmeros artigos na revista Brotéria e na Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura da Editora Verbo, tendo sido Diretor desta revista dos jesuítas durante muitos anos.

 

Ingressou aos 18 anos na Companhia de Jesus, pelo que ficou marcado pela espiritualidade inaciana, identificando Deus em todas as coisas. Como professor e estudioso tinha uma propensão pelas grandes sínteses e pelo saber utilitário na sua atualidade, atraindo às aulas, pelo fascínio das suas preleções, uma multiplicidade de alunos de diferentes quadrantes ideológicos.

 

A sua brilhante carreira académica e cultural foi coroada com a atribuição do Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Lisboa e pela atribuição da comenda da ordem militar de Santiago da Espada, a 10 de junho de 1983, pelo Presidente da República, Ramalho Eanes.  

 

Segundo o estudo de António Júlio Trigueiros, SJ[1], atual Diretor da revista Brotéria, do retrato feito dele por vários intelectuais na imprensa portuguesa, aquando do seu falecimento, sobressai o humanista, o pedagogo, o homem de cultura e o filósofo.

 

Escreveu inúmeros ensaios sobre temas contemporâneos, figuras da cultura, personalidades contemporâneas, temas de atualidade, e outros incidindo mesmo nas linhas mestras do seu pensamento doutrinário. Muitos destes ensaios verteu-os nas páginas da revista Brotéria, que dirigiu, durante vários anos, a partir de 1965.

 

O seu pensamento esteve marcado por um humanismo cristão, que lhe ficou a pautar a vida na integridade de conduta e na incomensurável humildade do seu relacionamento interpessoal. As suas reflexões versaram a cultura de vários povos e, em particular, a cultura portuguesa. Como jesuíta, o seu labor consagrou-o ao aperfeiçoamento da sua ordem religiosa.

 

A seguir ao seu falecimento, múltiplos foram os intelectuais (José Medeiros Ferreira, Jorge Borges de Macedo, Orlando Ribeiro, Guilherme de Oliveira Martins, Luís Filipe Barreto e outros) que, na imprensa portuguesa, em janeiro de 1985, elogiaram o papel do Padre Manuel Antunes de servir a Igreja Católica no plano cultural. Em 2018, celebra-se o Centenário do seu nascimento e convém evocá-lo como um professor que ensinou muitos alunos a reflectir e lhes mostrou uma ímpar vivência ética.

 

A 23 de julho de 2018, o blogue “Crónicas do Professor Ferrão” celebra o seu nono aniversário (2009-2018) num espírito semelhante ao do Padre Manuel Antunes na abordagem variada de temas culturais e de atualidade, procurando uma visão global das problemáticas, como é típico dos historiadores. Aliás, foi o saudoso e estimado Professor José Medeiros Ferreira que me impulsionou a concretizar este projeto cultural, que depois foi também bastante bem acolhido e incentivado por amigos, conhecidos e desconhecidos do público em geral.

 

Tal como o Padre Manuel Antunes, este blogue procura ter uma abrangência cultural ampla (versando temas científicos, filosóficos, literários, artísticos e históricos), numa visão holística do conhecimento.

 

Quero agradecer os inúmeros contributos que favoreceram o enriquecimento qualitativo deste blogue, em termos técnicos, científicos e linguísticos, que acabou por me abrir as janelas para escrever em revistas culturais relevantes, como a Nova Águia e a Brotéria. O nome deste blogue foi prévio à sua existência, pois surgiu como projeto associado a artigos publicados num site.

 

O desafio de me ligar culturalmente à internet já me tinha sido lançado por um conhecido, para integrar conteúdos históricos num portal, mas muitas pessoas foram, de facto, as alavancas anímicas para que este projeto fosse possível. Os dois assuntos, aparentemente distintos do título deste “post”, estão afinal interligados pela proximidade dos temas que interessaram ao Padre Manuel Antunes e a este blogue.

 

Por fim, quero convosco celebrar o nono aniversário deste blogue, que só tem sido possível com os vossos apoios e o interesse sempre renovado das vossas leituras.

__________________ 

[1] António Júlio Trigueiros SJ, Posfácio – Padre Manuel Antunes, o último retrato, in Padre Manuel Antunes, Portugal, a Europa e a Globalização, Lisboa, Bertrand Editora, 2017, p. 416.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 

REVISTAS DE CULTURA PORTUGUESA – BROTÉRIA E NOVA ÁGUIA

 

As revistas Brotéria e Nova Águia ocupam atualmente um espaço significativo nas publicações periódicas de cultura portuguesa. A revista Brotéria existe como revista dirigida pelos Jesuítas portugueses desde 1902, tendo uma identidade assumidamente cristã. Nesta publicação, nos seus artigos de investigação, abordam-se temas diversificados como a arte, a educação, a espiritualidade, a história, a literatura, a política, a religião, a sociedade, entre outros.

 

De facto, ambas se assumem como revistas culturais de coleção, que pelos artigos de investigação merecem ser colocadas em estantes de bibliotecas públicas e particulares.

 

Na Brotéria colaboram, nos dias de hoje, dezenas de ensaístas, entre os quais destaco Carlos Borrego, Manuel Braga da Cruz, José Eduardo Franco, Guilherme d’ Oliveira Martins, Miguel Côrrea Monteiro, Francisco Sarsfield Cabral, Henrique Leitão e António Vaz-Pinto, S.J., que atualmente a dirige. Tem uma periodicidade mensal e conta normalmente com 6 a 10 artigos tal como um conjunto de recensões críticas, no final.

 

Esta é uma revista centenária, que passou por vários regimes políticos (monarquia liberal, 1ª república, ditadura militar, estado novo e democracia atual), tendo começado como uma revista científica ligada às Ciências Naturais.

 

Por sua vez, a revista Nova Águia nasceu em 2008, no seio da crise profunda que abalou a Europa e Portugal no fim desta primeira década do século XXI, tendo uma identidade lusófona ligada à corrente da filosofia portuguesa e à figura tutelar de Agostinho da Silva, pelo que tem uma difusão no espaço geográfico da lusofonia.

 

Esta revista centra-se, sempre, num núcleo temático central, variável consoante os números, sendo neste último número sobre a Importância das diásporas para a lusofonia (nº 17, 1º semestre de 2016), mas evocam-se também historicamente grandes figuras da cultura portuguesa e lusófona, abordam-se temas ligados à filosofia, à política, à literatura e apresentam-se textos inéditos de autores consagrados e ainda poemas muito interessantes.

 

Na Nova Águia colaboram também dezenas de ensaístas, entre os quais saliento Adriano Moreira, António Braz Teixeira, Fernando Dacosta, João Bigotte Chorão, Miguel Real, Pinharanda Gomes, Samuel Dimas e Renato Epifânio, que atualmente a dirige. Tem uma periodicidade semestral com cerca de 30 a 40 artigos e um conjunto de recensões críticas, no final.

 

A Nova Águia, sendo uma revista ligada ao Movimento Internacional Lusófono, é uma homenagem a uma revista de cultura que surgiu na 1ª república, da necessidade de reerguer o valor da pátria portuguesa, intitulada A Águia, na qual colaboraram figuras eminentes como Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão, António Sérgio, Teixeira de Pascoaes, Raul Proença, Fernando Pessoa, etc. ligadas ao movimento cultural e cívico Renascença Portuguesa.

 

Finalmente, convém referir que ambas se salientam pela evidente ausência de publicidade comercial, apenas ligada às atividades editoriais, ao contrário da maioria das outras revistas culturais portuguesas e do espaço lusófono. As tiragens das duas revistas são bastante idênticas, sendo respetivamente de 1100 exemplares na Brotéria e de 1000 exemplares na Nova Águia. A primeira tem uma capa menor, mais flexível e cerca de 100 páginas, enquanto a segunda tem uma capa maior, mais resistente e habitualmente tem cerca de 270 páginas. As duas revistas têm páginas de divulgação na internet (Brotéria e Nova Águia).

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

A LUCIDEZ DOS OLIVEIRA MARTINS – DE JOAQUIM PEDRO (1845-1894) A SEU SOBRINHO-BISNETO GUILHERME

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A mundividência de Guilherme d’ Oliveira Martins é tributária do legado cívico-intelectual do seu tio-bisavó, Joaquim Pedro de Oliveira Martins, sobre o qual tem escrito várias obras.  Sobre esta, iniludível, influência haverá oportunidade, neste texto, de nos debruçarmos melhor.

 

Joaquim Pedro de Oliveira Martins, nascido no fim da primeira metade do século XIX, cedo abandonou os estudos por ter ficado órfão de pai, mas porfiou a estudar como autodidacta e adquiriu, nesta sua independência de espírito, forte sentido crítico sobre o ambiente político-social da Regeneração.

 

Afeiçoou-se, concomitantemente, ao ideal de justiça social que indagou nas tendências do republicanismo e do socialismo, o que o fez exacerbar o seu pendor crítico. Formou-se, também, no convívio com outros intelectuais (Antero de Quental, José Fontana, Eça de Queirós, etc), sem deixar de exercer vários ofícios e escrevendo importantes obras humanísticas[1].

 

Designadamente, escreveu obras que se tornaram clássicas, no âmbito da História, como História da Civilização Ibérica, História de Portugal, Os filhos de D. João I, etc, mas foi, essencialmente, como um pensador de sentido cívico, meditando sobre a contemporaneidade, que ganhou prestígio. Não obstante o seu incomensurável espírito criativo, é inegável que foi influenciado no seu pensamento político pelo liberalismo de Alexandre Herculano e pelo socialismo de Proudhon.

 

Joaquim Pedro, nos anos 80 e 90 do século XIX, procurou intervir na vida política, exercendo cargos políticos, mas para a posteridade tornou-se, mormente, um ensaísta de fôlego que viu com grande lucidez a idiossincrasia portuguesa.

 

Por sua vez, Guilherme d’ Oliveira Martins tem exercido vários cargos da administração pública, de docência universitária e políticos, tendo-se revelado independente no seu percurso político por ter sabido mudar de orientação ideológica sempre que tal não correspondia aos seus ideais.

 

Tal como Joaquim Pedro de Oliveira Martins, este seu descendente tem sabido exercer um notável papel de intervenção cultural à frente do Centro Nacional de Cultura e, também, ao patrocinar importantes atividades culturais, além de escrever no Jornal de Letras, na revista Brotéria e noutros periódicos e ter escrito obras fundamentais de atualidade e de cultura histórica numa perspetiva de pensador, aliás como o seu tio-bisavó.

 

Ambos os escritores, de apelido Oliveira Martins, intervieram em períodos de crise (1886-1892 e 1999-2015), mas com propostas de sólida reflexão sabendo ultrapassar os pensamentos imediatistas.

 

Atualmente, Guilherme d’ Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas, medita neste ano de 2015 sobre a crise institucional que a União Europeia vive em face da instabilidade do Euro[2]. Diz-nos, com sapiência, que há que encontrar com bom senso um compromisso entre os devedores (gregos) e os credores.

 

Considera que a fragmentação da zona Euro seria globalmente nefasta e que perante esta, presente, conjuntura de insegurança geopolítica do Mediterrâneo e do Médio Oriente a estabilidade da União Europeia é um fator relevante. Na realidade, o próprio Reino Unido, apesar da sua independência monetária, tem o seu mercado financeiro dependente do Euro.

 

Face à problemática europeia, de instabilidade da zona Euro, salienta o autor a necessidade de encontrar novos equilíbrios imprescindíveis para se assumirem soberanias partilhadas e solidárias, havendo necessidade de cumprir prazos e encargos financeiros, desde que sejam realistas e não sufocantes. No lúcido entendimento de Guilherme d’ Oliveira Martins são precisos compromissos para fazer compaginar a coesão e a segurança europeias com uma avaliação rigorosa dos compromissos assumidos.

 

Chama a atenção para a ideia, cada vez mais entranhada nas populações europeias, isto é, de que se torna imperioso conciliar a austeridade com a recuperação económica e o combate às crescentes desigualdades sociais. Na acepção do autor, é fundamental que do ideal da austeridade se passe ao ideal da sobriedade dos recursos. Assim, a mentalidade dos europeus tem de assumir uma atitude de temperança, ao invés de se deixar contaminar pela atitude irracional de idolatria do mercado.

 

Guilherme d’ Oliveira Martins, na senda da Doutrina Social da Igreja, sustenta que o bem comum implica uma gestão eficiente das despesas públicas, mas salvaguardando que os recursos financeiros sejam postos ao serviço da dignidade humana. Deste modo, o almejado desenvolvimento humano só é possível coordenando políticas públicas, redes de serviço público e infraestruturas supranacionais que sejam fatores da renovação económica e financeira. De facto, reconhece que a conjuntura atual precisa de objetivos comuns que contribuam para a justa competitividade internacional e para lutar contra a especulação e a nocividade dos paraísos fiscais.

 

Sublinha que o Papa Francisco fala de uma globalização da indiferença[3] como resultado da ideologia neoliberal, levando muitos cidadãos a acreditarem ingenuamente que os mercados e os poderes económicos se autoregulam. Ao mesmo tempo, a cultura consumista reforçou esta convicção mental dos indivíduos. Alerta para o facto do governo económico da União Europeia e da União Bancária requererem partilha de riscos.

 

Na sua acutilante perceção, a Europa, como instituição supranacional, tem de caminhar para um Estado Federal que assegure competitividade económica e harmonização fiscal. Com efeito, a necessidade de encontrar equilíbrios exige que os devedores (gregos) não fiquem sem saída e, concomitantemente, a justiça impõe uma economia de face mais humana.

 

Em suma, tal como, no século XIX, Joaquim Pedro de Oliveira Martins também Guilherme d’ Oliveira Martins tem sabido meditar, baseado em estudos humanísticos, nas realidades desafiantes do tempo presente, que se afastam dos ideais de justiça social, revelando perceções lúcidas, que fazem falta ser ouvidas nestes frenéticos tempos, que correm em torno das flutuações dos juros e das notícias sencionalistas, fazendo as delícias dos mercados, sedentos da intranquilidade dos cidadãos. Só estas profundas reflexões poderão ancorar os cidadãos em certezas que se firmam em valores perenes e em perspetivar horizontes longínquos para a pátria, a Europa e o mundo.

 

[1] António Pinto Ravara, “Joaquim Pedro de Oliveira Martins”, in Dicionário Enciclopédico da História de Portugal, vol. 2, Lisboa, Publicações Alfa, 1990, p. 56.

[2] Guilherme d’ Oliveira Martins, “Europa – Mercadores com Veneza em fundo...”, in Brotéria – Cristianismo e Cultura, nº 2, fevereiro de 2015, Lisboa, Brotéria – Ação Cultural e Científica, pp. 113-119.

[3] Papa Francisco, Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2015, pp. 1-3 (edição portuguesa).

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

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