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Crónicas do Professor Nuno Sotto Mayor Ferrão

Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.

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HEITOR VILLA-LOBOS (1887-1959) – COMPOSITOR MODERNISTA DE UMA MATRIZ CULTURAL BRASILEIRA

 

Heitor Villa-Lobos foi um prestigado maestro e compositor brasileiro, natural do Rio de Janeiro, que se destacou no século XX. Foi o introdutor nas suas composições de uma linguagem musical que soube compaginar a estética Modernista, das composições musicais, com a influência cultural dos diferentes regionalismos brasileiros inspirando-se, para isso, em canções populares e indígenas.

 

A paixão pela música foi-lhe infundida pelo pai, músico amador, que lhe deu as primeiras lições de música e o instigou a estudar violoncelo. Com a prematura morte do pai passou a tocar em locais públicos e, nessa altura, interessa-se pela música popular do Rio de Janeiro.

 

Irá, também, fazer incursões pelo interior do Brasil onde tomará contacto com a riqueza natural e musical dos sertões. No ano de 1913 casou-se com a pianista Lucília Guimarães, de quem, possivelmente, tomará o gosto pelos padrões Culturais Modernistas.

 

Nos anos 20 Villa-Lobos alcança grande notoriedade nacional ao participar em São Paulo na Semana de Arte Moderna e realiza, em seguida, viagens pela Europa para apresentação de obras sinfónicas já reconhecidas, designadamente a sinfonia nº 3 “A guerra” de 1919, em que recria o bélico ambiente tenebroso que a Europa tinha vivido.

 

A projeção internacional do seu trabalho de composição teve grandes ecos no mundo, em particular em França e nos EUA, nos meados do século XX. Após o seu desaparecimento, o Estado Brasileiro criou um Museu em sua honra no Rio de Janeiro.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

“O IMPULSO ROMÂNTICO” COMO TEMA DO FESTIVAL “DIAS DA MÚSICA 2013” DO CCB (LISBOA)

 

O Festival Dias da Música de 2013, que se realiza em Lisboa no Centro Cultural de Belém nos dias 19, 20 e 21 de abril, lança-nos o desafio de saber se ainda é possível ser-se “romântico” em pleno século XXI. Pelo reportório de concertos, que nos são apresentados, ficamos com a noção de que o Romantismo transcendeu o próprio movimento cultural e a época Oitocentista em que se desenvolveu na sua plenitude, ou seja, outros estilos e artistas posteriores foram fecundados pelo impulso de liberdade criativa que pretendeu arrebatar plateias pela emoção melódica.

 

Ao invés da tendência anunciada, no prólogo deste Programa musical, como marca dos nossos dias – o aparente arcaísmo da identidade romântica como símbolo da Modernidade - o “romantismo” não se deve limitar ao plano afectivo como, na realidade, tem sucedido.com o eclodir das democracias tecnocráticas, antes, pelo contrário, esta marca de contemporaneidade interpela-nos para necessidade de se romperem os bloqueios “partidocráticos” com a urgência de se revitalizarem os movimentos de cidadania que renovem as democracias com a luz da Esperança, com o refulgir de novas utopias (realistas) tão bem interpretadas na música Romântica, que permita ultrapassar as crises a que o mecanicismo tecnocrático nos tem conduzido.

 

Em segundo lugar, o trilho seguido pelas neurociências do século passado ao início do século XXI, de Sigmund Freud a António Damásio, corroborando o saber multissecular das diversas Humanidades desde os primórdios das Civilizações Clássicas mostram que a natureza humana cerze a racionalidade e a sensibilidade de uma forma incontornável. É, na verdade, um logro pensar-se que uma racionalidade formal, econométrica, pode moldar a sensibilidade intrínseca dos indivíduos, porquanto preexistente nos seres humanos manifesta-se uma inata “inteligência emocional” que nos dignifica como criaturas possuidoras de liberdade e de consciência.

 

Portanto, a extrapolação interpretativa que os programadores dos Dias da Música de 2013 fazem do movimento Romântico é absolutamente legítima e consente esta leitura de filosofia da história, na linha metodológica que Raymond Aron nos legou. Hoje, mais do que nunca, o impulso romântico num mundo de pré-formatações comportamentais, impostas pela uniformidade avaliativa da ideologia economicista, importa ser revalorizado e vivido como espaço privilegiado para as autenticidades criativas.

 

Para nos iniciarem nesta viagem pelo Romantismo musical desde o século XIX aos nossos dias estão presentes, neste Festival, os grandes compositores estrangeiros e nacionais (Ludwig Van Beethoven, Piotr Tchaikovsky, Johannes Brahms, Frédéric Chopin, Luís de Freitas Branco, Joly Braga-Santos, entre muitos outros) que padronizaram este género estético que se tornou tão popular por conjugar a erudita gramática sonora com as linhas melódicas que falam ao coração dos ouvintes de diversas conjunturas históricas.   

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 

 

 

 

 

ERIK SATIE (1866-1925) E O VANGUARDISMO MODERNISTA NA MÚSICA DO SÉCULO XX

Erik Satie

Cenário de Pablo Picasso para o Ballet "Parade" (música Erik Satie)

Erik Satie foi um eminente compositor e pianista francês que revolucionou os cânones musicais do século XX. Afirmou-se como um músico vanguardista no início deste século em Paris, refugiando-se numa vida boémia no bairro de Montmartre depois de ser alvo de chacota por parte dos seus professores do Conservatório de Paris. Exerceu uma grande influência em artistas do seu tempo como Claude Débussy, Maurice Ravel e Pablo Picasso.

 

A sua música no fim do século XIX foi incompreendida pelos compositores e críticos musicais e só no início do século XX as suas rupturas sonoras foram socialmente valorizadas pela elite artística. Na verdade, os seus esforços de despojamento musical, simplificando os esquemas de composição, tornaram-no um precursor do minimalismo, da música repetitiva, do teatro do absurdo e do jazz. A sua criatividade musical demorou a ser compreendida pelos seus contemporâneos, não obstante tenha composto uma das suas obras-primas mais perduráveis neste período, em 1888, conhecida por “Gymnopédies”.

 

A incompreensão com que foi recebido na mentalidade tradicionalista da sociedade francesa acentuou as suas veias excêntricas e boémias. A sua tendência subversiva do panorama artístico deve ter-se aprofundado ao ser incompreendido no amor, uma vez que teve uma única paixão, a modelo e pintora Susanne Valadon que trabalhou com os pintores Auguste Renoir e Edgar Degas.

 

Aos 39 anos, em 1905, ingressou na “Schola Cantorum” de Paris que lhe permitiu uma evolução artística e um reconhecimento social inesperado no meio musical. Este curso e o impulso que lhe deu Maurice Ravel em 1911, ao apresentar a sua obra à Sociedade Internacional de Música, permitiu-lhe começar a marcar os timbres musicais dos compositores e artistas seus contemporâneos.

 

Nesta fase da sua vida começou a produzir obras de maior fôlego como o Ballet “Parade” (1917) em que trabalhou com Jean Cocteau, Serguei Diaguilev e Pablo Picasso.Nesta sua obra-prima introduziu sons inovadores do quotidiano como o de uma máquina de escrever, o de uma sirene ou o de um tiro que causou grande celeuma. É nesta sua obra que surge pela primeira vez a palavra surrealista.

 

Satie como um renegado da mentalidade conservadora apurou o seu sentido satírico que deixou perpassar nos seus escritos “Cadernos de um mamífero” de poemas e de canções e nas caricaturas que desenhou. Manifestou, ainda, algumas manias excêntricas, pois fez uma coleção de casacos de veludo, todos iguais, de guarda-chuvas e de cachecóis. Os seus excessos alcoólicos, o desaire amoroso e a tendência modernista fazem-nos lembrar a genialidade do poeta lusófono Fernando Pessoa. A sua vida e obra inspiraram os artistas modernistas de Paris do início do século XX, dado que rompeu com os cânones musicais românticos e impressionistas. Em 1923 formou uma escola de discípulos (Arcueil) e dois anos depois morreu com uma cirrose.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

CARL ORFF (1895-1982) - UM GENIAL E POLÉMICO COMPOSITOR ALEMÃO NEORROMÂNTICO E PEDAGOGO MUSICAL INOVADOR

 

Carl Orff, de nacionalidade alemã, estudou na Academia de Música de Munique, mas foi, entretanto, mobilizado para a Primeira Guerra Mundial. A sua vida está envolta em polémica, uma vez que a sua obra-prima a cantata “Carmina Burana” adquiriu um sucesso extraordinário na Alemanha Nazi, em Francoforte, em 1937. Após a Segunda Guerra Mundial quis dissociar-se de uma possível afinidade com o regime Nazi, afirmando ter pertencido a um grupo de resistência alemão, a que tinha estado ligado o seu amigo Kurt Huber, reconhecido resistente do movimento alemão “Rosa Branca”. O êxito retumbante desta peça musical na Alemanha Nazi trouxe-lhe alguns dissabores de consciência, mas permanece incógnita para a historiografia a sua ligação a este grupo de resistentes ao Nazismo.

 

As composições de Carl Orff estão imbuídas de uma influência dos padrões estéticos do Romantismo pela relevância dada às linhas melódicas e pela inspiração em obras de poesia medieval. O legado da cultura musical do Romantismo Alemão marcou, de facto, o seu espírito de forma decisiva. Com efeito, a sua obra musical inspirou-se, inúmeras vezes, em obras literárias do passado como, por exemplo, nas suas peças: “Carmina Burana” baseado num manuscrito medieval de um mosteiro da Baviera, “Antígona” baseada na tragégia grega de Sófocles e “Sonho de uma Noite de Verão” baseada na peça teatral de William Shakespeare.

 

A sua ação notabilizou-se ao criar uma pedagogia musical inovadora para ensinar crianças e leigos através da valorização das linhas melódicas e rítmicas, que ficou conhecida como método Orff-Schulwerk. André Rieu, famoso violinista e maestro holandês, tem democratizado no mundo o acesso à música clássica, pois alguns dos seus CD’s tornaram-se “best sellers” de vendas. Desde cedo revelou-se um menino-prodígio, dado que aos cinco anos já tocava violino. No entanto, foi a divulgação de valsas, em atuações modernas, designadamente num CD dedicado a Richard Strauss e a outros compositores clássicos, em 1994, que o alavancou para o estrelato. Aqui vos deixo uma sublime e virtuosa interpretação de “Carmina Burana” regida por André Rieu.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 


OS DIAS DA MÚSICA NO CENTRO CULTURAL DE BELÉM E OS SONS DA CONTEMPORANEIDADE (1883-1945)

 

“Que a música moderna tende a desumanizar-se, isto é, a libertar-se,

a purificar-se do delirante subjectivismo romântico, é um facto”

in Fernando Lopes-Graça, “Apresentação de Stravinsky”,

in Música e Músicos Modernos – Aspectos, obras, personalidades,

Lisboa, Editorial Caminho, 1986, p. 204.

 

O festival de música erudita que o Centro Cultural de Belém, em Lisboa, tem acolhido, nos últimos anos, intitulado, inicialmente, “Festa da Música” e agora “Dias da Música” subordinou-se, este ano durante os dias 15, 16 e 17 de Abril, ao tema “Da Europa ao Novo Mundo 1883-1945”. Foi um caminho heterodoxo iniciado pelos seus programadores que quiseram abrir novos horizontes estéticos, geográficos e estilísticos aos sons escutados pelo público que se deslocou a Belém: foi um verdadeiro êxito que levou os espectadores ao rubro em alguns concertos. Houve, ainda, a feliz oportunidade para a divulgação dos jovens talentos musicais na programação “Escolas em palco”.

 

As rupturas estéticas, iniciadas nesta conjuntura histórica, procuraram novas formas de expressão que extravasassem as linhas melódicas e empáticas, tão próprias do movimento Romântico. Assim, nos finais do século XIX, a par das formas clássicas, apareceram outras estruturas expressivas que, por um lado, deram mais liberdade aos artistas e, por outro, tornaram a música mais abstracta e mais difícil de ouvir por parte do público leigo.

 

É, neste sentido, que o grande compositor português Fernando Lopes-Graça afirmava, em 1931, que a música se tinha desumanizado no início do século XX, porque esta seria nas suas palavras “pura matéria sonora”[1] que não teria de transportar, como acontecia no Romantismo, nenhum estado de espírito. Esta tese constituiu, certamente, uma crítica ao sistema atonalista (de Schoenberg, de Berg, de Webern, etc.) que pecava pela ruptura com as sequências harmoniosas que caracterizavam a música baseada nas tonalidades clássicas.    

 

A ânsia da inovação estética e da criatividade artística desencadeou o fenómeno das multiplicidades estilísticas (impressionismo, neoclassicismo, atonalismo, blues, jazz, ecletismo, etc.), tal como se verificou, também, na pintura, que marcam a música desta época. Estas rupturas estéticas fizeram-se à custa de algumas polémicas que causaram indignação em muitos artistas, críticos e públicos que estranharam os novos caminhos trilhados pelos compositores inovadores.

 

Os Estados Unidos da América emergindo, a seguir à 1ª Guerra Mundial, como a nova potência internacional acabaram por se tornar o novo território criador de onde brotaram novos géneros musicais inspirados no cosmopolitismo social afro-americano como o “Blues” ou o “Jazz”.

 

Maurice Ravel (1875-1937), Igor Stravinsky (1882-1971) e George Gershwin (1898-1937) foram três grandes criadores musicais deste período que ampliaram a paleta de sonoridades do mundo ocidental. Destes autores geniais que estiveram em destaque, em vários concertos nos Dias da Música, deixo aqui alguns excertos de obras emblemáticas.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão



[1] “(…) para a nova corrente estética, para a música desumanizada, a música não é senão pura matéria sonora (…)” in Fernando Lopes-Graça, “Apresentação de Stravinsky”, in Música e Músicos Modernos – Aspectos, obras, personalidades, Lisboa, Editorial Caminho, 1986, p. 203.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750) - UMA OBRA INSUFLADA DE UMA SUBLIME ESPIRITUALIDADE EM ÉPOCA PASCAL

 

Johann Sebastian Bach nasceu no meio de uma família recheada de “pergaminhos” musicais, na Alemanha no fim do século XVII, tendo-se revelado como um plurifacetado intérprete de vários instrumentos (órgão, cravo, violino, etc.) e como maestro, professor e compositor. Aprendeu muito com os seus familiares, com o seu espírito autodidacta e como construtor e reparador de órgãos. Na sua longa carreira assumiu-se como um reconhecido cantor da Igreja de São Tomás e como Director Musical da cidade de Leipzig.

 

J. S. Bach foi um cultor de vários géneros musicais destinados a espaços profanos (Cortes) e sagrados (Igrejas). A sua profunda Espiritualidade sobressaiu na execução, ou na criação, de sublimes peças religiosas que deverão ter dado especial vitalidade às comunidades eclesiais em que se inseriu. Nos excertos musicais que vos apresento, a seguir, poderão aferir este cariz que marcou as suas obras mais emblemáticas.

 

O seu talento de intérprete, a tocar órgão ou cravo, foi reconhecido na sua época por toda a Europa, no entanto como compositor só a posteridade o reconheceu na sua genialidade Espiritual, em particular os compositores da primeira metade do século XIX. Aliás, o seu imenso poder criativo levou o estilo musical Barroco ao seu máximo expoente. Em suma, legou-nos um inestimável Património Imaterial que é bem sugestivo, neste contexto Pascal, pois deixou-nos obras hoje muito famosas, junto dos melómanos, como sejam: os Concertos de Brandeburgo, a Tocata e Fuga em Ré Menor, várias Cantatas, as “Goldberg Variations” e a Paixão segundo São Mateus.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão 

 

  

O CARNAVAL, A ARTE E A HISTÓRIA

Juan Miró, "Carnaval de Arlequim"

 

O Carnaval, como período lúdico em que se festeja com corsos de rua, em que pessoas e crianças trajam com disfarces e máscaras, ou com festas privadas entre amigos, está intimamente ligado à História cristã ocidental, pois antecede a quarta-feira de Cinzas e o período Quaresmal em termos litúrgicos. A folia como um género de dança, de ritmo animado, dos dias festivos, desta quadra anual, vem sendo celebrada pela Música ao longo da História e deixo-vos aqui duas peças magníficas, respectivamente, do período da Renascença e do Barroco.

 

A cidade de Veneza tem sido desde Giacomo Casanova (1725-1798) e, principalmente, desde o fim do século XIX, no contexto da unificação da nação italiana, uma localidade que se procurou prestigiar pelo seu rico Património Arquitectónico, Paisagístico, Pictórico e pelas suas celebrações Carnavalescas. Contudo, Casanova, escritor e aventureiro do século XVIII, terá sido um dos grandes inspiradores do Carnaval desta mítica cidade.

 

O Carnaval, se dissociado das brincadeiras de mau gosto que costumam surgir nesta altura, pode ser encarado como um momento privilegiado para o descanso, para as folias de descontracção dos ingentes desafios que a Humanidade, o mundo Lusófono e a Europa enfrentam neste início do século XXI. É, pois, um momento que pode ser aproveitado para se fruir dos candentes sabores da Arte da Folia e da História desta ancestral tradição da Civilização Ocidental.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 

 

 

 

 

CECILIA BARTOLI VIRTUOSA INTÉRPRETE DE OBRAS LÍRICAS

 

A cantora lírica italiana, mezzo-soprano, Cecilia Bartoli tem um virutosismo inusitado na interpretação de obras de Ópera e de peças de Música Barroca. É, sem dúvida, uma cantora que tem uma voz bem ágil, que se transfigura num autêntico instrumento musical, tais as suas capacidades de maleabilidade nos jogos vocais. Recebeu uma herança musical muito importante, pois os seus pais eram, também, cantores profissionais. Tem sido acompanhada em muitas das suas actuações pelos maiores maestros mundiais, designadamente do saudoso e carismático Herbert Von Karajan. Aconselho, a quem não conheça os seus dotes acústicos, que faça uma visita ao seu portal oficial. Da sua rica discografia quero destacar "The Art of Cecilia Bartoli", que reúne duas canções em que fez um dueto com o sublime tenor Luciano Pavarotti. Já passou por Portugal numa actuação, muito concorrida, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, que tive pena de não ter assistido. 

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 

 

 

 

 

DO FADO CANDIDATO A PATRIMÓNIO CULTURAL DA HUMANIDADE À VITALIDADE DO GRUPO “DEOLINDA”

 

Neste ano o Fado vai ser apreciado na UNESCO como candidato a ser classificado como Património Imaterial da Humanidade. Rui Vieira Néry, ilustre musicólogo, liderou este ambicioso projecto. Em Setembro saberemos o resultado destas meritórias diligências científicas e diplomáticas em prol da Cultura Portuguesa. No tempo do Estado Novo houve duas figuras que muito prestigiaram Portugal no exterior: Amália Rodrigues e Eusébio da Silva Ferreira. Nos nossos dias com a Globalização já muitos portugueses se destacam no estrangeiro pelos seus relevantes contributos em várias áreas da Cultura, da Ciência, da Política, do Desporto, etc.

 

O grupo “Deolinda” tem sido um sopro de vitalidade acústica, que homenageando o fado lisboeta e a cultura portuguesa, tem sabido comover o público português e estrangeiro, bem como grande parte da crítica internacional em particular o periódico “Sunday Times” que lhe tem dado um destaque extraordinário. Este grupo, que se formou em 2006, tem um reportório ecléctico de músicas que receberam a influência de vários estilos musicais e, ao mesmo tempo, veicula letras de intervenção social na esteira de José Afonso e de Sérgio Godinho nesta época de grande preocupação colectiva. A canção “Parva que sou” estreada no início deste ano, nos Coliseus de Lisboa e do Porto, tem-se tornado um hino da geração dos “jovens trabalhadores precários”.

 

A imensa criatividade artística associada aos conteúdos de sátira social e a linhas melódicas inspiradas no fado, na rembetika grega, na música ranchera mexicana, no samba, na música havaiana e no jazz tem dado a este grupo e aos seus protagonistas (Ana Bacalhau, Pedro da Silva Martins, Zé Pedro Leitão e Luís José Martins uma projecção internacional com algumas digressões que já fizeram pelo país e pela Europa. Esperamos que este sopro de vitalidade musical portuguesa possa despertar a comunidade internacional para a relevância patrimonial do fado português, de forma a recebermos boas notícias da UNESCO em Setembro deste ano.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão


 

 

 

 

 

 

 

COMPOSITORES PORTUGUESES: CARLOS SEIXAS E MARCOS PORTUGAL (SÉCULOS XVIII E XIX)

Carlos Seixas e Marcos Portugal


Portugal teve grandes expoentes na composição musical dos séculos XVIII e XIX. Carlos Seixas e Marcos Portugal foram dois bons exemplos, como se poderá aferir pelos excertos que a seguir vos apresento.

 

José António Carlos de Seixas (1704-1742) foi um grande compositor, organista e cravista português do século XVIII. Iniciou a sua carreira como organista da Sé de Coimbra, mas pelo seu mérito foi colocado ao serviço da Corte Portuguesa, tendo sido designado organista da Sé Patriarcal e da Capela Real, onde teve oportunidade de conviver com Domenico Scarlatti, compositor italiano e Mestre régio. Acabou por falecer, precocemente, já como Mestre da Capela Real. Na sua curta vida tocou em diversas Igrejas, obras religiosas para órgão, e em saraus aristocráticos muitas peças para cravo de tons mais festivos. Deixou vários discípulos, como professor de cravo e criador de obras artísticas de inestimável valor.

 

Marcos António da Fonseca Portugal (1762-1830) teve uma vida bem mais longa e ligada a alguns acontecimentos marcantes da História de Portugal. Adquiriu como compositor e organista um grande prestígio internacional. Aos 21 anos tornou-se compositor e organista da Sé Patriarcal de Lisboa. A Corte Portuguesa encomendou-lhe algumas obras religiosas para serem exibidas no Palácio Real de Queluz e na Basílica de Mafra. Pela fama alcançada na Corte Portuguesa conseguiu uma bolsa de estudo para Itália. Assim, durante oito anos, foi estrangeirado nesse país, tendo criado várias óperas que foram exibidas em teatros célebres de Florença, Veneza e Milão.

 

Quando Marcos Portugal regressou a Lisboa em 1800 foi nomeado Mestre do Seminário da Patriarcal e Maestro do Teatro de São Carlos, onde alguns anos mais tarde colaborou com os invasores franceses, aceitando algumas encomendas. Acabou, mais tarde, por se deslocar para o Brasil continuando a trabalhar com a família Real Portuguesa, ao compor várias óperas apresentadas no Teatro Real de São João, no Rio de Janeiro, e foi professor de música do futuro D. Pedro IV de Portugal e imperador do Brasil. Faleceu no Rio de Janeiro em 1830. Afigura-se-me que a sua relevância tem sido um pouco esquecida no reportório de orquestras de câmara que se dedicam à Música Antiga.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

Obra de Carlos Seixas

 

Obra magnífica de Carlos Seixas

 

Obra de Marcos Portugal

 

J. VIANNA DA MOTTA (1868-1948), COMPOSITOR PORTUGUÊS DE MATRIZ NACIONALISTA E MUNDIVIDÊNCIA GLOBAL


Retrato de José Vianna da Motta da autoria de Columbano


José Vianna da Motta, nascido em São Tomé em 1868 e falecido em Lisboa no ano de 1948, marcou a História da Música portuguesa[1] com os seus múltiplos talentos de pianista, de compositor, de professor, de maestro, de escritor, etc. Desde cedo revelou o seu talento precoce, uma vez que aos 10 anos se apresentou num primeiro concerto público. Este facto levou o rei D. Fernando II a dar-lhe apoio mecenático que terá certamente aumentado a sua auto-estima.

 

Tirou o Curso na Escola do Conservatório em Lisboa com um excelente aproveitamento confirmando os seus dotes musicais, o que o levará a partir para a Alemanha onde irá estudar piano com Scharwenka e com F. Liszt e a adquirir uma forte admiração pelas obras de Richard Wagner. Em 1893 toca de forma exuberante em Lisboa e o retumbante sucesso público que alcança leva o rei D. Carlos I a atribuir-lhe o título de Comendador de Sant’ Iago da Espada.

 

No início do século XX fez diversas digressões internacionais com músicos afamados, que lhe aumentou o prestígio, tocando designadamente com Enesco, Pablo Casals ou Guilhermina Suggia. Neste período entre o crescente reconhecimento nacional e internacional irá criar as suas principais obras musicais. De entre estas avulta a Sinfonia “À Pátria” (1895), no rescaldo da exacerbação nacionalista resultante do Ultimato inglês de 1890 e das Campanhas de África (1895), considerada a sua obra-prima, intensamente marcada pela corrente do Romantismo de matriz nacionalista, em que evoca a obra Camoniana d’ “Os Lusíadas” e se inspira no modelo sinfónico de Beethoven. Esta atmosfera criativa, que radica neste contexto cultural, fê-lo inspirar-se em muitas das suas canções com piano em poemas nacionais de João de Deus, de Guerra Junqueiro, de Almeida Garrett, de Luís Vaz de Camões, etc.

 

Quando é apanhado a desenvolver o seu trabalho na Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial, exila-se na Suíça onde dirigiu o Conservatório de Genebra. Com o fim do conflito bélico, acaba por regressar a Portugal, abandonando grande parte da sua produção musical possivelmente por não se identificar com as correntes Modernistas que varriam a Europa, tornando-se maestro da Orquestra Sinfónica de Lisboa e no mesmo ano Director do Conservatório Nacional que ocupará até 1938.

 

Um outro momento de glória, da sua carreira musical, aconteceu nas celebrações do Centenário da morte de Beethoven, em Viena de Áustria no ano de 1927, com as suas virtuosas interpretações de piano das Sonatas de Beethoven que foram aclamadas pelo exigente público Vienense e pela crítica internacional. Levado por este êxito instituiu no Conservatório Nacional o Prémio “Beethoven” cujas receitas revertiam para os alunos mais carenciados da escola. A comunidade internacional considerou-o de forma definitiva como um sublime interprete das composições de Liszt, de Bach e de Beethoven.

 

O seu trabalho em prol da Cultura manifestou-se, também, nas reformas que implementou no ensino da música, em termos de programas e de métodos pedagógicos, em parceria com o compositor Luís de Freitas Branco em 1919, como Director do Conservatório de Lisboa. Teve uma invulgar erudição que o fez escrever no fim da sua vida alguns livros sobre música[2] ou sobre as suas fontes de inspiração, ao mesmo tempo que exerceu o seu magistério de crítica musical em múltiplas revistas e jornais nacionais e estrangeiros.

 

Contam-se como seus discípulos mais proeminentes o pianista José Sequeira Costa e o compositor Fernando Lopes Graça, que no ano seguinte ao seu desaparecimento escreveu sobre Vianna da Motta um texto em que destilou o seu imenso fascínio. Faleceu em 1948 na companhia da sua filha Inês Vianna da Motta e do seu genro Henrique Barahona Fernandes.

 


[1] Humberto d’ Ávila, “José Vianna da Motta”, in Dicionário Enciclopédico da História de Portugal, vol. II, Lisboa, Selecções Reader’s Digest, 1990, pp. 324-325.

[2] José Vianna da Motta escreveu como livros de referência: "Pensamentos extraídos das obras de Luís de Camões" (Porto, Renascença Portuguesa, 1919); "Vida de Liszt" (Porto, Edições Lopes da Silva, 1945);"Música e músicos alemães", 2 vols. Coimbra: Coimbra Editora, 1947).

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

Sinfonia "À Pátria" de José Vianna da Motta

 

Concerto para piano em lá maior de José Vianna da Motta

TCHAIKOVSKY (1840-1893), SOBERBO COMPOSITOR DE INSPIRADAS MELODIAS ROMÂNTICAS

 

Piotr Illitch Tchaikovsky (1840-1893) foi um compositor russo do Romantismo, do século XIX, criador de comoventes melodias que brilharam sob as luzes da ribalta dos palcos europeus, o que aliás lhe foi publicamente reconhecido no fim da vida quando a Universidade de Cambridge lhe atribuiu o honorífico título de Doutor Honoris Causa. Teve, pois, um papel singular na História da Música, pelos padrões Estéticos com que marcou o movimento Romântico, através das suas sublimes melodias. É legítimo afirmar que as suas obras artísticas fazem parte do Património Artístico Mundial da Humanidade.

 

Nascido na Rússia em 1840, cedo manifestou uma grande inclinação para a música, mas por pressão familiar acabou por tirar o curso de Direito em São Petersburgo e chegou mesmo a tornar-se funcionário do Ministério da Justiça. Contudo, sentindo o apelo da sua vocação e motivação para este ofício, com cerca de 23 anos, resolve abraçar o seu talento para a arte dos sons e ingressa no Conservatório desta cidade. Entretanto, fazendo emergir as suas capacidades artísticas é convidado no fim do curso para dar aulas no Conservatório de Moscovo.

 

Em Moscovo, e mais tarde em Paris, irá conhecer alguns dos maiores compositores russos e europeus do tempo. Alguns anos depois conhece a baronesa Nadyezhda von Meck que lhe encomendou algumas obras e o patrocinou como Mecenas. Este facto permitiu-lhe dedicar-se inteiramente à criação musical, abandonando o cargo de professor. As obras-primas, que nos legou, de ballets, de sinfonias, de óperas, de concertos, de peças para piano, etc. manifestam-nos o seu labor em prol da beleza nesta linguagem universal que perpassa os fugidios tempos históricos. Não admira, assim, o arrebatamento emocional que provoca no público, da sua época e da actualidade, não obstante a mudança de cânones artísticos. Mas oiçamos dois excertos de obras de Piotr Illitch Tchaikovsky que são sintomáticos do seu inexcedível valor artístico.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão


"Concerto para violino" 1º andamento 1ª Parte
"Serenade for Springs" 2º andamento

 

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