Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.
Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.
Uma epidemia de doença infecciosa, que se alastra facilmente por uma grande região geográfica como uma doença nova e perigosa, dá-se o nome de pandemia. Presentemente, a Organização Mundial de Saúde ainda não classificou o COVID-19 como uma pandemia.
Os coronavírus são um conjunto de vírus, que já se conhecem desde os anos 60 do século XX. A maioria dos indivíduos sofre infeções de coronavírus durante a vida mas como infeções respiratórias leves a moderadas. Contudo, este coronavírus de 2019 (com o nome oficial COVID-19) é ainda bastante desconhecido, podendo originar pneumonia. Foi identificado, pela primeira vez, na cidade chinesa de Hubei, no fim de 2019.
É ainda preciso mais tempo para estudar, cientificamente, este novo vírus, nas suas caraterísticas e na possibilidade de se alcançar um método de tratamento. Desconhece-se, na comunidade internacional, neste momento a origem da infeção. A sintomatologia é idêntica a uma gripe, constando de febre, de tosse, de falta de ar e de cançaso. Em situações mais complicadas, pode dar origem a uma pneumonia grave com insuficiência respiratória, falência dos rins e provocar mesmo a morte.
É de 2 a 14 dias o período de incubação da doença, desde a infeção inicial do COVID-19 até ao surgimento de sintomas, daí a recomendação de se fazer um tempo de quarentena de duas semanas para pessoas provenientes de regiões ou de países com muitas pessoas infectadas.
A transmissão faz-se através de contacto pessoal e o tratamento destina-se a debelar os sintomas dos doentes. O uso de antibióticos é contraproducente no tratamento do COVID-19, dado que estes não curam vírus e a sua utilização poderá aumentar a resistência futura a antibióticos.
Já neste século XXI, em 2002-2003 e em 2012, se verificaram, no mundo, surtos de coronavírus provocado pelo SARS-CoV e pelo MERS-CoV, tendo provocado infeções respiratórias graves. Não existe ainda vacina para o COVID-19.
É conveniente adoptarmos, todos nós caríssim@s concidadãos, algumas medidas de proteção e prevenção para diminuir o risco de sermos contagiados pela doença: a higiene frequente das mãos; ao tossir e ao espirar cobrir a boca com um pequeno pano para evitar a difusão de gotículas difusoras da doença; manter uma distância social de pelo menos 1 metro diante de doentes infectados, ou diante daqueles que tossem ou manifestam sintomas febris; evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca antes de lavar as mãos, pois se alguma superfície tiver sido contaminada poderemos contrair a doença; se tivermos febre ou dificuldade em respirar devemos pedir auxílio médico e o mesmo se tivermos vindo de uma viagem de uma zona de prevalência intensa de proliferação do vírus (casos da China, de Itália, da Coreia do Sul, do Japão ou do Irão); quando visitarmos mercados, de animais vivos, deveremos lavar, muito bem, as mãos e não colocar as mãos nos olhos, na boca, nem no nariz, antes de procedermos à sua higienização; evitemos o consumo de animais crus ou pouco cozinhados; manipulemos os alimentos crus com muita precaução.
A pneumónica de 1918-1919
A gripe pneumónica, também conhecida como gripe espanhola, foi a maior pandemia da história da humanidade, tendo provocado a morte de 50 a 100 milhões de pessoas, nos anos de 1918-1919, por todo o mundo. A sua mortalidade foi muito superior à verificada no período da Peste Negra do século XIV. A pneumómica também ficou conhecida como gripe espanhola, visto que, no decorrer da primeira guerra mundial, em período de censura de guerra na imprensa europeia, a imprensa espanhola noticiava evidências do surto epidémico.
Em Portugal, a gripe pneumónica chegou durante o mês de maio de 1918 e encontra-se muito bem descrita no romance histórico de Francisco Moita Flores – Mataram o Sidónio!. Neste país, algumas regiões foram dizimadas com uma perda populacional da ordem dos 10%.
O combate ao surto epidémico, em Portugal, foi dirigido pelo Diretor Geral de Saúde, Ricardo Jorge, que deu nome ao atual Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, que nestes dias tem feito análises aos cidadãos que entram em Portugal e são suspeitos da possibilidade terem contraído o coronavírus 2019. A política de Saúde Pública do Doutor Ricardo Jorge passou, na época, por encerrar escolas e proibir feiras e romarias, tendo-se convertido muitos espaços públicos em enfermarias. No entanto, a situação revelou-se bastante caótica, como muito bem nos descreve Francisco Moita Flores no seu referido romance histórico.
A gripe de 1918 foi causada pelo vírus influenza A do subtipo H1N1, que se revelou, com muita frequência, mortal. A origem geográfica desta pandemia é desconhecida, ao contrário da atual gripe COVID-19, que consta ter tido o seu início no mercado da cidade chinesa de Hubei. A doença foi detectada, pela primeira vez, a 4 de março de 1918 no Kansas, nos Estados Unidos da América, e em Nova Iorque a 11 de março.
Na Europa, as primeiras manifestações da doença verificaram-se, em abril de 1918, em tropas francesas, britânicas e americanas posicionadas em portos franceses, no decurso da primeira guerra mundial. Todas as tropas beligerantes, em confronto, foram dizimadas por este surto infecioso.
A parábola literária da obra-prima A Peste de Albert Camus
Este livro publicado em 1947, numa ressonância crítica do que foi a segunda guerra mundial, aborda o horror e a resiliência do ser humano a fenómenos extremos como o de uma peste ou o morticínio bárbaro e inarrável do Holocausto nazi.
Esta obra consagrou Albert Camus como um escritor consagrado da literatura contemporânea. A narrativa começa numa manhã de 16 de abril, da década de 40, quando o doutor Bernard Rieux, ao sair do seu consultório, tropeça num rato morto.
Esta situação será a manifestação de uma epidemia de peste que se espalhará pela cidade de Orão, na Argélia, a qual será sujeita a um período de quarentena, tal como se verificaram também tempos de quarentena em Hubei, com o isolamento de milhões de chineses, e, em Itália, onde as autoridades reagiram às infecções por coronavírus, isolando 50 mil pessoas em povoações do norte do país. A cidade de Orão tornou-se um local claustrofóbico, em que os seus habitantes foram tomados por estados de grande sofrimento, ou mesmo, de loucura.
Ângelo Giuseppe Roncali, nascido em Itália no fim do século XIX, foi como Papa um grande reformista da Igreja Católica, não obstante o seu curto pontificado (1958-1963). Alguns traços biográficos ajudam-nos a compreender melhor o alcance dos seus gestos e das suas ações pontifícias. É muito significativa a sua mundividência espiritual, franciscana, que o levou a adotar como lema papal “Obediência e Paz”.
Nasceu no meio de uma família rural pobre, mas muito crente nos dogmas católicos, tendo este aspeto sido bem retratado no filme de Ermanno Olmi intitulado “E venne un uomo” (1965), que recentemente foi exibido na cinemateca de Lisboa. A sua experiência como capelão militar do Exército italiano na 1ª Guerra Mundial, a par das suas preocupações pacifistas na conjuntura da 2ª Guerra Mundial, terá feito entender-lhe a importância da Paz como caminho para a felicidade da Humanidade, ao ponto da sua última e crucial encíclica se intitular “Paz na Terra”.
A sua intrínseca bonomia fê-lo, depois de se doutorar em Teologia, seguir a carreira diplomática ao serviço do Estado do Vaticano (Santa Sé) como visitador apostólico na Bulgária em 1925-1935, delegado apostólico à Grécia e à Turquia em 1935-1944 e núncio apostólico em França de 1944 a 1953. Foi extraordinariamente importante a sua aprendizagem das questões sociais como secretário, particular, do Bispo de Bérgamo, D. Giacomo Radini-Tedeschi, nos seus primeiros anos de sacerdócio de 1905 a 1914.
Os seus dons ou qualidades excecionais (a bondade, a capacidade de diálogo e de conciliação) foram elementos que moldaram o seu espírito que o induziu, para espanto e inquietação de muitos católicos tradicionalistas, à convocação do Concílio do Vaticano II (1962-1965). Assim, a 25 de janeiro de 1959 anunciou na basílica de São Paulo (Roma) o seu propósito de convocar um Concílio com o intuito de modernizar a Igreja Católica e de a abrir ao mundo dos fiéis e a todos os cidadãos de boa vontade. Ficou internacionalmente conhecido como o “Papa da Bondade” que juntava um sorriso inexcedível, segundo alguns autores, com uma capacidade de diálogo muito invulgar.
Este espírito de uma denodada Ética Cristã que presidiu à sua ação pontifícia levou o Papa João Paulo II, no dia 3 de setembro de 2000, no culminar do século XX, a declará-lo Beato. Deve reter-se para um retrato completo da sua mentalidade que em plena 2ª Guerra Mundial, no exercício das suas funções diplomáticas, procurou salvar muitos judeus da monstruosa carnificina Nazi. Foi designado cardeal-patriarca de Veneza em 1953 e aclamado Papa a 28 de outubro de 1958. O seu estudo de São Carlos Borromeu, publicado em 1957, permitiu-lhe compreender com uma interpretação generosa o Concílio de Trento (1545-1563) ao enfatizar o espírito reformista da própria Igreja Católica na Era de Quinhentos que, a seu ver, foi preponderante.
No Auditório José Gomes Mota, da Fundação Mário Soares, foi apresentado o livro “Indignai-vos!” (Carnaxide, Editora Objectiva, 2011), já na 3ª edição portuguesa, de Stéphane Hessel, no dia 4 de Maio de 2011, com a presença do autor, do Dr. Mário Soares, do representante da Editora Objectiva e do Embaixador Francês em Portugal. O Dr. Mário Soares fez o prefácio desta edição e apresentou, nesta sessão, o autor ao público presente.
Este livro, agora traduzido para português, é um “best-seller” em França e no mundo pelas tiragens impressionantes e pela expansão internacional da sua tradução em mais de vinte línguas. O prefaciador, deste livro, diz-nos que partilha muitas convicções com o autor, designadamente o diagnóstico de que a crise Europeia torna premente a necessidade de mudar de paradigma político de desenvolvimento (neo-liberal) – de um modelo monetário num modelo global de intervenção internacional, da União Europeia, nos vários níveis de acção que co-responsabilize todos os seus Estados-Membros.
Stéphane Hessel neste seu apelo à indignação cívica, dos cidadãos do mundo, explicita os seus fundamentos Éticos e vivenciais, que assentam no Programa da Resistência Francesa à qual pertenceu ao lado do General De Gaulle, que se moldam à actual crise política internacional. O autor critica o facto dos grandes poderes económicos actuais tentarem por várias vias domesticar o espírito crítico dos cidadãos, deturpando a base das democracias.
Como socialista, o autor frisa que a actual falta de recursos dos Estados decorre da desigual distribuição de rendimentos em que os oligopólios se recusam à prática da generosidade social. Deste modo, este entusiasmado cidadão, de 93 anos, apela para que nos indignemos, como o fizeram os heróis da Resistência Francesa contra o Nazismo, também contra a actual ditadura dos mercados financeiros. A sua postura, de idealista pragmático, faz com que apele ao Direito à indignação como um imperativo Ético em contextos sociais pouco respeitadores dos Direitos Humanos.
A sua visão Hegeliana da História imprime um sentido teleológico ao caminho da Humanidade em direcção à liberdade humana. Considera, por isso, que, não obstante a nossa sensação de pequenez face à complexidade do mundo actual, Globalizado, o pior inimigo do Homem “de bom coração” é a indiferença cívica que aniquila o Direito democrático à indignação e à militância transformadora das realidades que nos rodeiam.
Como dizia, no tempo de G.W. Bush, um editorialista crítico da administração norte-americana, num periódico de Nova Yorque, só a emergência de uma nova potência mundial – a cidadania activa global - poderá pôr cobro às crescentes injustiças da Globalização. Na verdade, Stéphane Hessel crê no poder das Organizações Não Governamentais e na eficácia destas em concertação com a acção em rede dos cidadãos e dos meios de comunicação social para poder gerar transformações empíricas.
O autor tributário de várias correntes filosóficas contemporâneas, do Existencialismo de Jean-Paul Sartre, da Fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty e do Idealismo Hegeliano, é empurrado para a entrada na História Universal com a sua oposição activa contra o Nazismo, numa atitude declarada de Idealista Pragmático. Esta sua experiência da guerra leva-o a pugnar por um exercício de uma cidadania activa, não-violenta, que suscite soluções de esperança para os conflitos duradoiros das nações e das relações internacionais. É, nessa medida, que nos deixa o seu exemplo concreto da actual indignação que nutre contra o belicismo Israelita exercido sobre os Palestinianos, uma vez que os sionistas se esqueceram dos valores subjacentes aos Direitos Humanos que lhes deram a possibilidade de surgirem como Estado-Nação em 1948.
Na sua lúcida visão e corajosa intervenção cívica, que consubstancia uma indesmentível autoridade moral, a utopia é a força motriz transformadora do mundo, pois sem esta não há esperança e a indiferença instala-se inexoravelmente. Stéphane Hessel diz-nos, neste livro indispensável, que se não transcendermos o Materialismo desta Globalização não chegaremos ao primado das questões Éticas que se impõem como fulcrais para a beleza da própria Humanidade, no sentido de realizar as suas últimas finalidades, nesta sua pertinente leitura de Filosofia da História. Em suma, o espírito de resistência é, na sua perspectiva de aprofundada compreensão da natureza humana, potencialmente criador de uma esperança revivificante que mobilize e galvanize os indivíduos e as sociedades. É, por esta razão, se tantas outras não houvessem, que recomendo a leitura deste fascinante Manifesto cívico.
O testemunho da sua vida, rica em posições humanitárias, tendo sido preso pelos Nazis, pertencido à Comissão que redigiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, tendo sustentado no pós-guerra o direito da Argélia à autodeterminação, elucida este Manifesto que apela à ultrapassagem de uma apatia cívica, face à anomia da conjuntura internacional, sem se incorrer em posições extremadas.
A 27 de Janeiro deste ano ( 2010) consumaram-se 65 anos sobre a libertação Aliada dos campos de concentração de Auschwitz. A carnificina do Holocausto nazi configurou o genocídio de 6 milhões de judeus. Só no campo número II Birkenau de Auschwitz morreu mais de um milhão de judeus. Foi, nesta medida, uma tragédia de assinalável proporção que levou à violação de múltiplos Direitos Humanos.
A ideologia nazi nasceu num contexto de crise económica, social e moral da Alemanha, ainda a assimilar as humilhações do Tratado de Versalhes. Aparece, assim, a ideia de um Estado Autoritário e Totalitário, de partido único ( Nazi ), com uma vontade nacionalista de expansão territorial. Contudo, a concepção racista foi prevalecente na ideia de que os alemães eram descendentes dos Arianos considerados uma raça superior às demais raças.
Deste princípio absurdo nasceu o sentimento anti-semita de ódio aos judeus propalado por Adolfo Hitler no seu livro “Mein Kampf”. Deste modo, após a sua ascensão política, em 1933, começam os maus tratos e as discriminações públicas aos judeus na Alemanha. Efectivamente, entre 1933 e 1945 as atitudes e comportamentos de desprezo pelas comunidades judaicas serão recrudescentes. Começou-se com o uso de braçadeiras com a estrela de David, distintivo judaico, e com leis raciais de discriminação social entre 1933 e 1935. Não tardou, no entanto, que se desencadeasse uma radicalização da discriminação em 1938, naquilo a que ficou conhecido na História por “noite de Cristal”, em que se encerraram sinagogas e lojas, se enviaram os primeiros judeus para os campos de concentração, se construíram guetos em cidades e se fuzilaram judeus.
A atitude discriminatória e de completo menosprezo dos Nazis pela dignidade e pela vida das comunidades de judeus, de ciganos e dos grupos de deficientes e de homossexuais representam uma grave violação de vários Direitos Humanos Fundamentais ( à vida, à igualdade e dignidade de todos os seres humanos, à proibição de formas de escravatura, de torturas e tratamentos cruéis e da prisão sem criteriosa justificação ).Foi, nesta conjuntura, que as Nações Unidas fizeram em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos e no ano anterior tinham dado oportunidade à criação do Estado de Israel.
Os atrozes executores da purificação racial da “grande Alemanha” foram os agentes das SS ( polícia política ) liderados por Heinrich Himmler. Por um lado, instigavam à multiplicação dos genes pretensamente arianos e, por outro lado, tratavam do extermínio daquelas comunidades e daqueles grupos enunciados.
Este processo histórico de alienação colectiva conduziu ao “Inferno de Auschwitz” que começava com o degradante transporte dos prisioneiros em vagões de gado, sem quaisquer condições higiénicas. O caminho dos prisioneiros conduzia-os aos diversos instrumentos de extermínio utilizados sobre estes segmentos sociais ( câmaras de gás, campos de trabalho e fuzilamentos ). Era uma ironia, pejada de malícia e de perversidade, o slogan que encimava os portões de Birkenau – Auschwitz II: “o trabalho liberta”. Muitos prisioneiros iam na ilusão de desenvolver trabalhos forçados e só os mais perspicazes se aperceberam de que, realmente, o destino final era outro, daí que alguns tenham tentado fugir. Com efeito as pessoas que chegavam adoentadas eram encaminhadas para as câmaras de gás e, em seguida, ou queimavam os cadáveres em fornos crematórios ou utilizavam, de forma macabra, os restos dos mortos para fabrico de produtos ou, ainda, se serviam deles para a elaboração de experiências laboratoriais.
Em Janeiro de 1945, com a 2ª Guerra Mundial já perdida, as tropas Nazis fizeram uma prévia evacuação dos campos de concentração de Auschwitz, antes que chegassem as tropas Aliadas, neste caso soviéticas, para libertar a Europa do jugo Nazi. Finalmente, a 27 de Janeiro o exército Soviético libertou, por completo, os três campos polacos de concentração Nazis ( Auschwitz I, Birkenau e Monowitz ), de que se evocou este ano o sexagésimo quinto aniversário deste simbólico acontecimento histórico.
Em conclusão, não deve ser esquecido da memória colectiva da Humanidade este abominável acontecimento histórico ( o Holocausto ) e daí que as ruínas dos campos de concentração de Auschwitz tenham sido classificados como Património Cultural da Humanidade em 2002 pela UNESCO. Ao mesmo tempo, os notáveis e incomensuráveis filmes feitos sobre este fenómeno ( “A lista de Schindler”, “O pianista”, “A vida é bela” e muitos outros ) tem vindo a despertar a opinião pública para uma consciência moral que radique numa sabedoria histórica. Que nunca esqueçamos o horror que foi o Holocausto!