Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.
Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.
Abordando como temas centrais: os 120 anos da escritora Fernanda de Castro, através de diversos textos e de testemunhos de múltiplos autores; o nosso tempo de pandemia visto através da reflexão de diversos colaboradores; a evocação do jurista Mário Bigotte Chorão no ano da sua morte e de diversos autores de Albano Martins a Pinharanda Gomes; alguns ensaios diversos de filosofia, de literatura, de educação e de cidadania; de notas inéditas de António Telmo; de recensões críticas de livros de cultura e um conjunto de poemas.
Entre as dezenas de colaboradores, deste número, destaco Adriano Moreira, António Braz Teixeira, Fernando Dacosta, José Eduardo Franco, Maria Leonor Xavier, Miguel Real, Renato Epifânio, Rita Ferro e Samuel Dimas, sem desmerecimentos dos outros autores, entre os quais tenha a honra de me contar.
A revista contém, ainda, algumas fotografias, fazendo memória de alguns eventos marcantes. Dos textos, muitos de grande profundidade doutrinária e filosófica, que serão para guardar nas bibliotecas da nossa identidade cultural, públicas e privadas, quero destacar os artigos “Sem bússola” de Adriano Moreira de uma meditação, sempre pertinente e inspirada em referências culturais, sobre a conjuntura atual, “A cultura, o mal e a esperança” de Miguel Real, “Perplexidades pandémicas” de Renato Epifânio, “Pinharanda Gomes” de Elísio Gala, “Breve reflexão sobre a tragédia” de António Braz Teixeira, “A leitura infinita: a leitura em voz alta, o que acrescenta aos textos?”, “Nove deambulações pró-lusófonas” de Renato Epifânio e nos poemas quero salientar “Arrábida” de Jesus Carlos e o excelente poema de Samuel Dimas, bem acomodado às circunstâncias sanitárias vivenciadas e de um fino recorte literário, intitulado “Pandemia: sacríficio; viver, evidência; invisível”. Parafraseando Vitorino Nemésio, quase seria tentado a salientar que muitos dos vultos literários evocados, neste e noutros números, quase os vemos viver.
A apresentação pública da revista Nova Águia, número 26, realizou-se no dia 22 de outubro de 2020 no salão nobre do Palácio da Independência, em Lisboa, com a presença na mesa de conferencista dos autores João Reis Gomes, de Renato Epifânio, de Francisco Ribeiro Soares e de Rodrigo Sobral Cunha, em pleno contexto pandémico.
A revista Nova Águia nasceu em 2008, pelo que conta doze anos de uma vida dinâmica, tendo aparecido no seio da crise profunda que abalou a Europa e Portugal no fim da primeira década do século XXI, tendo uma identidade lusófona ligada à corrente da filosofia portuguesa e à figura tutelar de Agostinho da Silva, pelo que tem uma difusão junto de leitores do espaço geográfico da lusofonia.
Na revista colaboram habitualmente dezenas de ensaístas em todos os números. Esta revista tem uma periodicidade semestral, contando habitualmente com cerca de 30 a 40 artigos, em média, e com diversos poemas.
Atualmente, fruto da conjuntura pandémica, tal como a maioria da atividades editoriais e económicas, esta nossa revista tem passado algumas dificuldades para sobreviver, mas sem ela a memória da nossa identidade cultural ficaria mais pobre, daí que a ajuda dos Amigos da Nova Águia esteja a ser fundamental.
A sua fonte de inspiração é a revista A Águia, uma importante revista cultural do início do século XX (1910-1932), em Portugal, que congregou muitas figuras de destaque das Humanidades, das Artes e das Ciências com distintas mundividências que veicularam visões plurais.
Sobressaíram na História Cultural Portuguesa, no conjunto dos inúmeros colaboradores desta revista inspiradora, intelectuais de grande envergadura como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Leonardo Coimbra, Raul Proença, Hernâni Cidade, Afonso Lopes Vieira, Fernando Pessoa, António Sérgio, etc, que se notabilizaram pelas suas ideias ou pelas obras literárias, mas a que associaram uma dimensão de intervenção cívica invulgar, fundando, por isso, o movimento cultural da Renascença Portuguesa.
Por outras palavras, a revista nos seus 22 anos de vida comportou temas literários, artísticos, filosóficos e de crítica cívica, que tanto iluminam o espírito dos fundadores e dos colaboradores da Nova Águia.
A revista Nova Águia de publicação semestral e dedicada à cultura portuguesa e lusófona é composta por artigos de ensaio e por poemas, de autores com diferentes proveniências como Portugal, Cabo Verde, Brasil, Galiza, Itália, entre outros. Neste novo número, o 22, referente ao 2º semestre de 2018, colaboram 61 autores. A revista é apresentada, geralmente, a meio de cada semestre em março/abril e em outubro.
Neste último número, destacam-se 3 grandes temas: as comunicações ao V Congresso da Cidadania Lusófona; artigos sobre a humanista Dalila Pereira da Costa no Centenário do seu nascimento; e comunicações referentes ao V Centenário do nascimento do humanista Francisco de Holanda.
Da sua composição também fazem parte textos sobre várias outras figuras de relevo da cultura portuguesa como o pedagogo Manuel Ferreira Deusdado, o padre Manuel Antunes, o poeta Adolfo Casais Monteiro, o escritor António Quadros, o pensador Agostinho da Silva, entre outros. São, ainda, publicados dois textos inéditos de Agostinho da Silva e de António Telmo.
Na Nova Águia colaboram dezenas de ensaístas, entre os quais saliento como grandes autores de referência e sem qualquer menosprezo pelos demais, Adriano Moreira, António Braz Teixeira, José Eduardo Franco, Miguel Real, Pinharanda Gomes, Samuel Dimas e Renato Epifânio, que constituem as figuras tutelares da revista, pelos seus brilhantes percursos vivenciais ou académicos, na definição de uma filosofia portuguesa. No final do volume, apresenta-se um conjunto de recensões críticas e de poemas de grande interesse.
Esta revista, sendo ligada ao Movimento Internacional Lusófono, é uma homenagem a uma revista de cultura que surgiu na 1ª República, da necessidade de reerguer o valor da pátria portuguesa, intitulada A Águia, na qual colaboraram figuras eminentes ligadas ao movimento cultural e cívico intitulado Renascença Portuguesa, como Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão, António Sérgio, Teixeira de Pascoaes, Raul Proença, Fernando Pessoa, entre outros escritores e pensadores.
Nesta presente revista existe uma recensão de livros da coleção Nova Águia da Editora Zéfiro, pois tal como a Renascença Portuguesa, que na segunda década do século XX criou uma série de publicações, também a Nova Águia dá nome a uma coleção desta editora com mais de 50 livros de autores individuais.
A estratégia editorial da Nova Águia consubstancia-se na difusão da cultura lusófona, espraiando-se por vários espaços ligados à língua e à cultura portuguesa e inspirando-se na sua predecessora já supramencionada. Esta procurou burilar durante mais de vinte anos (1910-1932) uma cultura patriótica em torno da identidade portuguesa, tão abalada com a crise da monarquia lusa desde a última década do século XIX, em tempos em que o analfabetismo grassava na população portuguesa.
Salienta-se que esta revista se carateriza pela evidente escassez de publicidade comercial, sendo a existente apenas ligada às atividades editoriais, ao contrário da maioria das outras revistas culturais portuguesas e do espaço lusófono. A tiragem da revista é, geralmente, de 1000 exemplares por número.
Em suma, a revista Nova Águia, numa sólida solução de compromisso, reflete sobre a identidade portuguesa na sua cultura, na sua língua e no seu pensamento, sem se esquivar ao contexto atual da globalização com a promoção de uma cultura lusófona, mediante os autores tratados, a proveniência diversa dos colaboradores da revista e os diferentes espaços da lusofonia, onde esta é apresentada.
Na senda de um humanismo espiritual, a Nova Águia trilha o seu caminho desde 2008, o que para um projeto cultural independente no seio deste deserto tecnocrático em que vivemos é já de assinalar vivamente. À qualidade dos seus conteúdos junta-se o enriquecimento com referências bibliográficas e, agora, com imagens e fotografias ilustrativas de alguns dos artigos publicados.
As revistas Brotéria e Nova Águia ocupam atualmente um espaço significativo nas publicações periódicas de cultura portuguesa. A revista Brotéria existe como revista dirigida pelos Jesuítas portugueses desde 1902, tendo uma identidade assumidamente cristã. Nesta publicação, nos seus artigos de investigação, abordam-se temas diversificados como a arte, a educação, a espiritualidade, a história, a literatura, a política, a religião, a sociedade, entre outros.
De facto, ambas se assumem como revistas culturais de coleção, que pelos artigos de investigação merecem ser colocadas em estantes de bibliotecas públicas e particulares.
Na Brotéria colaboram, nos dias de hoje, dezenas de ensaístas, entre os quais destaco Carlos Borrego, Manuel Braga da Cruz, José Eduardo Franco, Guilherme d’ Oliveira Martins, Miguel Côrrea Monteiro, Francisco Sarsfield Cabral, Henrique Leitão e António Vaz-Pinto, S.J., que atualmente a dirige. Tem uma periodicidade mensal e conta normalmente com 6 a 10 artigos tal como um conjunto de recensões críticas, no final.
Esta é uma revista centenária, que passou por vários regimes políticos (monarquia liberal, 1ª república, ditadura militar, estado novo e democracia atual), tendo começado como uma revista científica ligada às Ciências Naturais.
Por sua vez, a revista Nova Águia nasceu em 2008, no seio da crise profunda que abalou a Europa e Portugal no fim desta primeira década do século XXI, tendo uma identidade lusófona ligada à corrente da filosofia portuguesa e à figura tutelar de Agostinho da Silva, pelo que tem uma difusão no espaço geográfico da lusofonia.
Esta revista centra-se, sempre, num núcleo temático central, variável consoante os números, sendo neste último número sobre a Importância das diásporas para a lusofonia (nº 17, 1º semestre de 2016), mas evocam-se também historicamente grandes figuras da cultura portuguesa e lusófona, abordam-se temas ligados à filosofia, à política, à literatura e apresentam-se textos inéditos de autores consagrados e ainda poemas muito interessantes.
Na Nova Águia colaboram também dezenas de ensaístas, entre os quais saliento Adriano Moreira, António Braz Teixeira, Fernando Dacosta, João Bigotte Chorão, Miguel Real, Pinharanda Gomes, Samuel Dimas e Renato Epifânio, que atualmente a dirige. Tem uma periodicidade semestral com cerca de 30 a 40 artigos e um conjunto de recensões críticas, no final.
A Nova Águia, sendo uma revista ligada ao Movimento Internacional Lusófono, é uma homenagem a uma revista de cultura que surgiu na 1ª república, da necessidade de reerguer o valor da pátria portuguesa, intitulada A Águia, na qual colaboraram figuras eminentes como Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão, António Sérgio, Teixeira de Pascoaes, Raul Proença, Fernando Pessoa, etc. ligadas ao movimento cultural e cívico Renascença Portuguesa.
Finalmente, convém referir que ambas se salientam pela evidente ausência de publicidade comercial, apenas ligada às atividades editoriais, ao contrário da maioria das outras revistas culturais portuguesas e do espaço lusófono. As tiragens das duas revistas são bastante idênticas, sendo respetivamente de 1100 exemplares na Brotéria e de 1000 exemplares na Nova Águia. A primeira tem uma capa menor, mais flexível e cerca de 100 páginas, enquanto a segunda tem uma capa maior, mais resistente e habitualmente tem cerca de 270 páginas. As duas revistas têm páginas de divulgação na internet (Brotéria e Nova Águia).
A partir de outubro estarei com os professores Maria João Carvalho e Renato Epifânio a dinamizar cursos de âmbito cultural (XXIII, XXIV, XXV e XXVI), que abrangem as áreas da Literatura, da Filosofia e da História.
Estes cursos irão ter lugar no Palácio da Independência, em Lisboa (junto ao Rossio), promovidos pelo Movimento Internacional Lusófono (associação cívica e cultural).
Para os formandos interessados apresento os programas dos cursos e as condições de inscrição. Estes cursos têm um manifesto interesse cívico e cultural, pois permitirão aos interessados adquirir noções relevantes para a cabal compreensão da problemática da identidade lusófona e da cultura de expressão portuguesa.
Serão abordados autores e obras fundamentais para se compreender a conjuntura lusófona que vivemos e se projectarem os rumos para esta nossa comunidade institucional e afectiva, uma vez que estas figuras e temáticas se assumem tão importantes no atual contexto de uma globalização a necessitar de uma aprofundada meditação.
O XXV curso irá basear-se nas minhas reflexões e publicações, a par da pesquisa numa rica bibliografia onde constam as atas de um congresso, subordinado à cultura portuguesa e à lusofonia, realizado na Universidade Católica Portuguesa, e em autores como o historiador José Eduardo Franco, o pensador Adriano Moreira, o professor Renato Epifânio e algumas fontes históricas, que serão analisadas ao longo das diversas sessões.
Este curso intitulado “Uma perspectiva histórica da cultura lusófona” (XXV) terá como metodologia pedagógica, no decurso das diversas sessões: a apresentação de uma série de questões de reflexão, um conjunto de onze palestras sobre os temas indicados, a recomendação de leituras fundamentais, a análise de documentos históricos e o momento final destinado a dúvidas e à abertura de debates, se for caso disso.
Procurarei fazer uma caminhada evolutiva do passado ao presente, perspectivando pontes para o futuro, na esperança de que este itinerário formativo colha o interesse e a vossa participação para que se torne num estimulante e frutífero encontro cultural.