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Crónicas do Professor Nuno Sotto Mayor Ferrão

Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.

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OS PENSADORES NONAGENÁRIOS PORTUGUESES – ADRIANO MOREIRA, EDUARDO LOURENÇO E JOAQUIM VERÍSSIMO SERRÃO

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Os 3 pensadores - Adriano Moreira, Eduardo Lourenço e Joaquim Veríssimo Serrão - contribuíram de formas diferentes e complementares para pensar a identidade portuguesa. Adriano Moreira pensou a identidade portuguesa através de uma reflexão cultural e histórica dos mutantes cenários internacionais. Eduardo Lourenço pensou a identidade portuguesa mediante a análise das grandes referências clássicas da literatura portuguesa. Joaquim Veríssimo Serrão pensou a identidade portuguesa mediante os fios entrelaçados da história e da cultura de Portugal na sua ligação a diferentes regiões da Europa e do mundo.

 

1) Adriano Moreiro

Adriano José Alves Moreira, conhecido por Adriano Moreira, nasceu numa aldeia transmontana do concelho de Macedo de Cavaleiro a 6 de setembro de 1922. Em 1944 licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, tendo ingressado, nesse ano, como jurista no Arquivo Geral do Registo Criminal e Policial. Em 1947 realizará um estágio de advocacia, com Teófilo Carvalho dos Santos, advogado ligado aos setores oposicionistas ao salazarismo.

 

Nos anos 40, foi simpatizante da Oposição Democrática, tendo subscrito uma lista do Movimento de Unidade Democrática (MUD), em 1945. Como advogado apresentou uma queixa contra o ministro Fernando Santos Costa, por homicídio voluntário do general Marques Godinho, que padecia de problemas de saúde. Por este motivo, acaba por ser preso na cadeia do Aljube, onde se encontrava também Mário Soares.

 

Com o evoluir do tempo, acabará por se aproximar do regime salazarista ao estudar as teses luso-tropicalistas de Gilberto Freyre, embora mantendo relações de amizade com figuras oposicionistas como Fernando de Abranches Ferrão, Acácio de Gouveia e Carvalho dos Santos.

 

No início dos anos 50, como professor da Escola Superior Colonial da Universidade Técnica de Lisboa, escreveu a tese de doutoramento “O Problema Prisional do Ultramar”, que o fez receber o Prémio Abílio Lopes do Rego da Academia das Ciências de Lisboa e o levou a colaborar com o ministro do ultramar Sarmento Rodrigues. Teve uma carreira académica invejável, chegando ao cargo de Professor Catedrático da UTL e a ser Diretor desta instituição universitária e Professor da Escola Naval de Guerra, sempre em articulação com o almirante Sarmento Rodrigues. Adriano Moreira teve um papel de relevo na reforma do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas ao promover a introdução de ciências como a Sociologia, a Ciência Política e as Relações Internacionais nos currículos desta instituição universitária.

 

No início dos anos 60, quando começaram os movimentos nacionalistas na África portuguesa e estalou a guerra colonial portuguesa, foi chamado sucessivamente para os cargos de subsecretário da administração ultramarina (1960-1961) e de ministro do ultramar (1961-1963). Neste âmbito, destacou-se com a revogação do Estatuto do Indigenato, já considerado transitório sob o consulado ministerial de Sarmento Rodrigues. Só após a sua fulgurante carreira política e académica veio a casar, na Igreja das Mercês em Lisboa, com Isabel Mónica Maia de Lima Mayer a 2 de agosto de 1968, com quem teve 6 filhos.

 

As suas obras publicadas ligam-se às questões políticas, coloniais, jurídicas e às relações internacionais[1]. É um atualmente um colaborador sempre regular e tutelar da revista cultural Nova Águia

 

Dos seus cargos e reconhecimentos públicos destacamos ter sido presidente do CDS, vice-presidente da Assembleia da República, presidente honorário da Sociedade de Geografia de Lisboa, presidente da Comissão Nacional de Avaliação do Ensino Superior, membro de inúmeras academias nacionais e estrangeiras e foi distinguido com inúmeros prémios e condecorações honoríficas. Tem sido um colunista semanal do jornal Diário de Notícias, desde tempos imemoriais, dando-nos reflexões estratégicas sobre o conceito de Defesa Nacional e as diferentes conjunturas internacionais, que se vão sucedendo desde o fim do século XX.

 

2) Eduardo Lourenço

Eduardo Lourenço de Faria nasceu a 23 de maio de 1923 numa aldeia do distrito da Guarda e irá ter um percurso académico invulgar, pensando a identidade portuguesa a partir do estrangeiro. Filho de um oficial do exército, começou os estudos secundários no Liceu da Guarda, mas acabará por terminá-los no Colégio Militar em Lisboa. Frequentou o curso superior de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra a 23 de julho de 1946, o que lhe veio a marcar os estudos e os ensaios, interligando o pensamento com os rumos da história de Portugal e com as marcas literárias nacionais.

 

De 1946 a 1953 assumirá as funções de professor assistente na Universidade de Coimbra. De 1953 a 1958 irá exercer as funções de Leitor de Língua e Cultura Portuguesa em Universidades da Alemanha e da França. No fim dos anos 50, terá uma curta passagem pela Universidade Federal da Baía, no Brasil, como professor convidado de Filosofia. De seguida, ocupará o lugar de Leitor de Língua e de Cultura Portuguesa nas Universidades de Grenoble e de Nice. Nesta Universidade manter-se-à até à sua jubliação como mestre-assistente no ano letivo de 1988-1989.

 

Eduardo Lourenço publica em edição de autor a primeira obra intitulada Heterodoxia I em 1949[2]. Pouco tempo depois, em 1954, casa-se com Annie Salomon e na década de 60 nascerá o seu filho adoptivo. Nos anos 80, Portugal reconhecendo o seu trabalho ensaístico, atribui-lhe a condecoração honorífica da Ordem de Sant’ Iago da Espada, o Prémio de Ensaio Jacinto Prado Coelho e o Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon.

 

A partir do final dos anos 80, passa a dirigir a revista Finisterra - Revista de Reflexão e Crítica, de tendência ideológica socialista.

 

Desde este período, com um reconhecimento nacional e internacional, vem recebendo inúmeros prémios e condecorações como sejam o Grande Oficialato da Ordem do Infante D. Henrique, o Prémio António Sérgio, o Prémio Camões em 1996, o título de Oficial da Ordem de Mérito pelo Governo francês, o Prémio Vergílio Ferreira, o título francês de Cavaleiro da Legião de Honra, a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, o Prémio Pessoa em 2011, entre muitas outros reconhecimentos do seu prestígio intelectual. Foi, ainda, designado Doutor Honoris Causa por universidades de Portugal, Brasil e Itália. Desde 2002 tem sido administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Foi este ano galardoado com o Prémio Árvore da Vida Padre Manuel Antunes 2020[3].

 

3) Joaquim Veríssimo Serrão

Joaquim Veríssimo Serrão destacou-se como professor universitário e historiador, nascido em Santarém a 8 de julho de 1925. Foi um dos últimos historiadores a escrever, individualmente, uma História de Portugal, tendo esta sua obra alcançado uma envergadura colossal, quando nos anos mais recentes as obras mais abrangentes costumam reunir vários colaboradores.

 

Em 1948, no contexto do início da guerra fria, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra. De 1950 a 1960 foi leitor de Cultura Portuguesa na Universidade de Toulouse, tendo apresentado dissertação de Doutoramento em Ciências Históricas à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1956, com o tema O reinado de D. António Prior do Crato[4]. Em 1961, foi contratado como primeiro-assistente da Faculdade de Letras de Lisboa e, em 1965, ascende a professor extraordinário de História.

 

De 1967 a 1972, no tempo da guerra colonial, foi Diretor do Centro Cultural Português de Paris, reingressando neste último ano na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa para prestar provas para professor catedrático, tendo sido aprovado por unanimidade. No fim do período do Marcelismo, em 1973-1974 exerceu o cargo de reitor da Universidade de Lisboa. Já, em plena democracia, no período de 1980 a 1984, foi presidente da Comissão Instaladora do Instituto Politécnico de Santarém, o que revela bem o carinho que nutria pela sua terra natal.

 

Da sua autoria, contam-se centenas de trabalhos de investigação sobre temas históricos gerais da Idade Moderna, das relações culturais de Portugal com as Universidades de Espanha e de França, fruto da sua experiência de investigador em Toulouse, das figuras e correntes da historiografia nacional e do Brasil nos séculos XVI e XVII. O seu meritório trabalho de historiador foi reconhecido com diversos prémios e reconhecimentos nacionais e internacionais: em 1954, com o Prémio Alexandre Herculano; em 1965, com o Prémio D. João II; e, em 1992, com o Prémio Identidade Nacional; em 1995, com o Prémio Príncipe de Astúrias em Ciências Sociais, sendo-lhe atribuído o título de Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Montpellier em 1974, Complutense de Madrid em 1995 e de Professor Honoris Causa do Instituto Politécnico de Santarém em 2011.

 

É membro de diversas instituições científicas nacionais e estrangeiras como a Academia das Ciências de Lisboa, como sócio efectivo, da Academia Portuguesa da História, a que presidiu durante 30 anos de 1975 a 2005, da Academia de Marinha, da Associação Portuguesa dos Arqueólogos, da Académie du Monde Latin de Paris, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Brasileira de Letras, das Academias Nacionais de História da Venezuela, da Argentina, do Uruguai, da Bolívia, da Colômbia, do Chile, de Porto Rico, da República Dominicana, da Academia Europêa de Yuste e da Real Academia de la Historia de España.

 

Foi agraciado, em Portugal e no estrangeiro, com inúmeras condecorações. Tornou-se, em 1966, no Brasil, Comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul. Em 1990 e em 2006, recebeu as condecorações honoríficas da Grã-Cruz das Ordens do Mérito Civil e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago de Espada. Em 1993 recebeu a Medalha de Prata da Galiza. Em 1994, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Andrés Bello na Venezuela. Em 1995 recebeu, em Espanha, a Grã-Cruz de Afonso X o Sábio. Pelo valor extraordinário do seu percurso pessoal e académico recebeu a Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra em 19 de Abril de 2007.

_________________________________________

[1] Adriano Moreira, Comentários, Lisboa, Instituto de Alta Cultura, 1989, 276 pp..

[2] Eduardo Lourenço, Heterodoxia, Lisboa, Assírio e Alvim, 1987, 222 p..

[3] Guilherme d' Oliveira Martins, Eduardo Lourenço – Prémio Árvore da Vida Padre Manuel Antunes 2020, in Brotéria, vol. 190- 5/6, maio/junho de 2020, pp. 515-520.

[4] Joaquim Veríssimo Serrão, O reinado de D. António Prior do Crato, Coimbra, Ed. Instituto de Alta Cultura, 1956, 2 vols.

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

3º ANIVERSÁRIO DO BLOGUE “CRÓNICAS DO PROFESSOR NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO”



Este blogue iniciou-se a 23 de julho de 2009 e fez, por isso, três anos de existência. Foram três anos bastante produtivos que se traduziram em mais de 160 post’s e estão contabilizadas no contador, inaugurado a 10 de fevereiro de 2010, mais de 53 000 visitas. Este blogue acabou por revelar a minha propensão para a escrita de investigação que me abriu “as portas” à colaboração em duas revistas culturais (Nova Águia e Brotéria) em que tenho o enorme gosto e a honra de colaborar. A construção e o paulatino aperfeiçoamento deste blogue constituiu um desafio muito interessante e estimulante, no âmbito cultural e cívico, que só foi possível singrar com o apoio e o incentivo de muitos/as amigos/as e de leitores/as assíduos/as. Já em outros post’s anteriores aqui deixei alguns agradecimentos que quero reconhecer como contributos inestimáveis.

 

Espero que daqui a três anos, em 2015, este blogue possa ainda continuar a merecer as vossas leituras. Da minha parte, envidarei todos os esforços para que os diversos temas e as reflexões saibam despertar o vosso interesse, no sentido de que estes textos continuem a merecer as vossas leituras. Este blogue continua a seguir a filosofia editorial, aqui desenhada inicialmente, embora tenha reforçado, por efeito de formação, os post’s de natureza histórica, mas este espaço da blogosfera assume-se, sobretudo, com uma natureza eclética de pendor humanista.

 

Em termos estatísticos, não obstante este não seja o critério prioritário deste espaço, posso dizer-vos com agrado que as entradas mensais têm rondado as 2000 a 3000 visitas, embora haja períodos sazonais mais altos e mais baixos. Tenho procurado enriquecer e ilustrar os meus textos com imagens e vídeos significativos que abram novas pistas de indagação e de debate em volta das temáticas refletidas. Por outro lado, a possibilidade de deixarem comentários é sempre um mecanismo interativo que torna o blogue aberto a sugestões, a observações e a comentários que abrem a discussão das temáticas abordadas. Agradeço, pois, a todos vós, caríssimos/as amigos/as, concidadãos lusófonos e cidadãos do mundo, o interesse que têm manifestado por este blogue tornando-o cada vez mais um meio vivo de uma consciência crítica global de feição humanista.

 

Para comemorar condignamente, este terceiro aniversário do blogue, quero deixar-vos com duas músicas clássicas tocantes e inspiradoras, no desejo que possam ser sinal do entusiasmo que este projeto me tem merecido. Fico a aguardar as vossas impressões.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

O SÉCULO XXI – A ERA DAS INCERTEZAS - DESAFIOS E ALTERNATIVAS

 

A preocupação excessiva com a crise financeira, das dívidas soberanas da Zona Euro, tem levado as sociedades europeias a descurar os problemas de sustentabilidade ambiental e a desleixar as preocupações Éticas que estão a minar a possibilidade de um real progresso da Humanidade. Sem um ambiente planetário que se auto regenere e uma vida que seja moldada por valores Éticos, onde irá parar a qualidade de vida dos cidadãos do século XXI?

 

Se o historiador Eric Hobsbawm apelidou o século XX de Era dos Extremos pelos fanatismos que pairaram no mundo, o início do século XXI tem sido marcado por muitas incertezas, a que as Ciências Exatas não têm sabido dar resposta cabal, porque a Humanidade tem de ser pensada de uma forma mais ampla, com pressupostos Humanistas, dado que os cidadãos e as sociedades se compõem de espírito e de corpo. 

 

O desleixo político com o desenvolvimento sustentável em termos ambientais e humanos decorre da destruição dos recursos naturais e dos recursos humanos de criatividade, sob o pretexto de que se tem de garantir o crescimento económico e a competitividade (econometria). Este erróneo pensamento de curto prazo, se não for invertido, colocará em risco a salubridade ambiental e o respeito pelos Direitos Humanos fundamentais, porque tudo se resume, nesta lógica, à quantificação dos fatores sociais. 

 

O Professor Carlos Borrego num desafiante artigo da revista Brotéria[1] realça o facto da crise económica ter efeitos positivos em termos ambientais, porque têm diminuído os gases com efeito de estufa, o que não tinha sido conseguido nem com as Conferências da ONU, nem com os Acordos Ambientais, não subscritos por muitos países. A crise económica é uma oportunidade para se repensar a sustentabilidade ambiental e do bem-estar da Humanidade que só terá um futuro digno se os legionários do sistema financeiro não aprofundarem os mecanismos especulativos da Globalização (teologia de mercado).

 

O Professor Carlos Borrego constata, ainda com muita acuidade neste artigo citado, que o aumento exponencial dos divórcios são o reverso da medalha, uma vez que este aspeto da crise Ética prejudica o ambiente, porque o aumento do número de casas resultantes das famílias monoparentais origina mais gastos de recursos naturais e mais produção de resíduos e poluição.

 

As alterações climáticas têm originado fenómenos naturais inesperados de maior frequência ao longo do mundo (tempestades, cheias, tornados, etc). Em Portugal, este ano temos assistido a oscilações térmicas repentinas, em poucas horas, que têm obrigado os cidadãos a acautelarem-se com medidas preventivas e as autoridades da Proteção Civil a criarem sistemas de alerta que constantemente deixam as populações perplexas.

 

A única resposta consentânea com esta crise multipolar que varre o planeta é a implementação de novos paradigmas Civilizacionais que coloquem no centro das suas preocupações os valores Éticos como medida da perenidade alternativa à vacuidade da aparência e do imediatismo, atitudes de uma cidadania global e políticas que refreiem os ímpetos da ganância financeira através de regulamentação internacional e de políticas efetivas em favor do desenvolvimento sustentável ambiental e humano.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão



[1] Carlos Borrego, “Ano diferente 2012: as oportunidades perdidas”, in Brotéia, nº 174, Maio-junho de  2012, pp. 441-452.

 

LEITURA ESTATÍSTICA DO BLOGUE CRÓNICAS DO PROFESSOR NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO – CELEBRANDO AS 40.000 VISITAS DESDE FEVEREIRO DE 2010

 

 

Chegados com o vosso interesse, paciência e curiosidade às 40. 000 visitas importa fazer um breve balanço quantitativo deste nosso blogue, pois o balanço qualitativo deixo para outra ocasião ou, mesmo, para os vossos comentários. Por razões de comodidade farei arrendamentos, por aproximação, às unidades referidas. Já fiz cerca de 150 “posts” (textos) desde 23 de julho de 2009, data em que este blogue foi criado sob o estímulo de muitos amigos que já aqui tenho recordado. O blogue tem cerca de 265 comentários feitos por variadíssimos leitores, o que torna este um espaço aberto à reflexão e à discussão num ambiente de cordata amabilidade entre os diversos intervenientes.

 

Atualmente, o blogue conta com uma média de mais de 70 visitas diárias que variam muito no tempo de duração e com uma média mensal que ultrapassa as 2.000 visitas. Houve um salto quantitativo de 2010 para 2012, pois o blogue cresceu em média 50%, ao ano, passando de uma média mensal de cerca de 1000 visitas para as cerca de 2000 que se têm verificado no presente.

 

O blogue conta já com quase 1000 dias de existência e com cerca de 766 dias em que tem instalado um contador (sitemeter), que começou a funcionar a 12 de fevereiro de 2010. Este espaço de cultura, de reflexão e de liberdade, que é de todos, não seria possível sem o vosso inestimável e gratificante apoio, porque saber que estou a escrever para leitores amigos e interessados que compartilham muitas afinidades é um prazer redobrado.

 

49% das visitas são provenientes de Portugal, 31% têm origem desconhecida, 14% são oriundas dos Estados Unidos da América e 6% são originárias do Brasil. É interessante saber que 79% dos leitores lêem estes textos em português e 21% os lêem em inglês. Há visitantes, sobretudo, de três continentes: Europa, África e América, sendo mais raras as visitas da Ásia ou da Oceânia, mas já estão registadas algumas entradas esporádicas.

 

O interesse que este blogue tem recebido, com um exponencial crescimento do número de visitantes, tem tornado possível e tem acicatado muitas das minhas reflexões e investigações no âmbito de problemáticas ligadas à cultura, à cidadania e à atualidade do mundo em que vivemos. Foi, aliás, esta atividade, a par da atenção de vários leitores amigos, que tornou possível a minha colaboração em outros blogues (Milhafre – blogue do Movimento Internacional Lusófono e Mensagens do Agrupamento Damião de Góis – blogue da Biblioteca do Agrupamento Damião de Góis) e em duas revistas (Nova Águia – revista de Cultura e Brotéria – revista de Cultura Cristã), bem como o amável e estimulante desafio que recebi para  proferir uma conferência inserida no II Ciclo de Estudos de Homenagem ao Professor António Telmo.

 

Este blogue, além de ser um espaço de opinião, procura ter uma dimensão de formação cultural nos temas que aborda pelas pesquisas que procuro ir desenvolvendo. Espero continuar a ter o prazer das vossas leituras interessadas, das vossas sugestões e dos vossos comentários. Bem-haja caríssimos/as amigos/as leitores/as!

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

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