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Crónicas do Professor Nuno Sotto Mayor Ferrão

Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.

Crónicas que tratam temas da cultura, da literatura, da política, da sociedade portuguesa e das realidades actuais do mundo em que vivemos. Em outros textos mais curtos farei considerações sobre temas de grande actualidade.

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BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

Nova Águia 032 - CAPA FRENTE.jpg

a) Bibliografia do autor:

* Nuno Sotto Mayor Ferrão, "Breve evocação do historiador José Mattoso" (1933-2023)", in Nova Águia, nº 32, 2º semestre de 2023, pp. 155-156.

 

Idem, "Evocação do historiador António Oliveira Marques, nos 90 anos do seu nascimento", Nova Águia, nº 32, 2º semestre de 2023, pp. 160-168.

 

* Idem, "No Centenário do Nascimento de José-Augusto França (1922-2022) - Esboço biográfico, produção cultural e obra historiográfica", in Nova Águia, nº 30, 2º semestre de 2022, pp. 137-144.

 

* Idem, "Uma reflexão sobre a pandemia: passado, presente e futuro", in AAVV, Pensar de novo, pensar o novo: tempos de pandemia, Org. Renato Epifânio, Campinas, Pontes Editores, Coleção Atlânticos, 2021.

 

* Idem, “Nos 80 anos da morte de Raul Proença (1941-2021) – a sua intervenção na revista A Águia", in Nova Águia, nº 28, 2º semestre de 2021, pp. 143-147.

 

*Idem, "O percurso vivencial e a obra historiográfica de Joaquim Veríssimo Serrão", in Mátria XXI - Número Especial Evocativo em memória do Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão - Herança Cultural e Património Científico, Santarém, Edição Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão e Academia Portuguesa da História, maio de 2021, pp. 141-166.

 

Idem, “O percurso vivencial e a obra historiográfica de Joaquim Veríssimo Serrão”, in Nova Águia, nº27, 1º semestre de 2021, pp. 180-188.

 

*Idem, "Uma reflexão sobre a pandemia: passado, presente e futuro", in Nova Águia, nº 26, 2º semestre de 2020, pp. 141-148.

 

*Idem, “José Hermano Saraiva: historiador e divulgador da cultura portuguesa - evocação no centenário do seu nascimento”, in Brotéria, vol. 189, nº 4 – outubro de 2019, pp.420-439.

 

*Idem, “José Hermano Saraiva: historiador e divulgador da cultura portuguesa”, in Nova Águia, nº 24, 2º semestre de 2019, pp. 151-159.

 

*Idem, “Breve evocação do Padre Manuel Antunes – No Centenário do seu nascimento (1918-2018)”, in Nova Águia, nº 22, 2º semestre de 2018, pp. 216-218.

 

*Idem, "A Nova Águia e cultura lusófona, das suas raízes identitárias a um futuro coletivo de esperança", in Nova Águia, nº 20, 2º semestre de 2017, pp. 235-240.

 

*Idem, "O Padre António Viera, um precursor do espírito e da convivência lusófona no Século XVII” in Nova Águia, nº 19, 1º semestre de 2017, pp. 103-111.

 

*Idem, “O Padre António Viera, um precursor do espírito da convivência lusófona no Século XVII”, in Brotéria, vol. 183, nº 5/6 – novembro/dezembro de 2016, pp 367-383.

 

* Idem, "A arte no pensamento de Vergílio Ferreira" in Nova Águia, nº 18, 2º semestre de 2016, pp. 61-66.

 

* Idem, "Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico - Nos 120 anos da obra 'O Culto da Arte em Portugal' (1896-2016)" in Nova Águia, nº 17, 1º semestre de 2016, pp. 115-120.

 

*Idem, “Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico – Nos 120 anos da obra ‘O Culto da Arte em Portugal’ (1896-2016)”, in Brotéria, vol. 182, fevereiro de 2016, pp. 133-144.

 

*Idem”, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na Revista Orpheu – Evocação no seu centenário”, in Brotéria, vol. 181, julho de 2015, pp. 41-50.

 

*Idem, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na revista Orpheu”,  in Nova Águia, nº 15, 1º semestre de 2015, pp. 18-24.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa – no centenário da Grande Guerra”, in Brotéria, vol. 180, nº 1 – janeiro de 2015, pp 33-44.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa e na revista A Águia”, in Nova Águia, nº 14, 2º semestre de 2014, pp. 231-238.

 

*Idem, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014, pp 33-44.

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163.

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159.

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia, nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979), Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

 

b) Citações bibliográficas do autor:

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168.

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias, Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 33 e 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, in Profforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

» Victor Andrade de Melo, “O esporte na política colonial portuguesa: as iniciativas de Sarmento Rodrigues na Guiné (1945-1949)”, in Revista Brasileira de  História, vol.34, no. 68, São Paulo, July/Dec. 2014, pp. 179,180 e 189.

 

» Rui Jorge Martins, “Rui Chafes, René Girard, Ramalho Ortigão e José Luís Peixoto na Brotéria“, Secretariado Nacional da Pastoral da Cultural (portal da internet).

Disponível em:

http://www.snpcultura.org/rui_chafes_rene_girard_ramalho_ortigao_jose_luis_peixoto_na_broteria.html - Acesso em 09.05.2016.

 

» Sérgio Neto, Do Minho ao Mandovi – Um estudo sobre o pensamento colonial de Norton de Matos, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2016, p. 317.

 

» Álvaro Henriques do Vale, Do Mapa Cor de Rosa à Europa do Estado Novo, Lisboa, Chiado Editora, 2015, nota 145.

 

» Isabel Maria Freitas Valente (Coord.), Europa, Mobilidades, crises, dinâmicas culturais, Pensar com Maria Manuela Tavares Ribeiro, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2017, p. 404.

 

» Marta Carolina Giménez Pereira (org.), Temas atuais de propriedade intelectual, Brasil, Editora Deviant. 2019, p. 52.

 

» Eugénia Abrantes, Vieira, místico da ação global, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2022, p. 189.

Nuno Sotto Mayor Ferrão

NÚMERO 30 DA NOVA ÁGUIA (2º SEMESTRE DE 2022) – REVISTA DE CULTURA DO SÉCULO XXI

NA 30.jpgRevista A Águia.htm

 

  1. Os 15 anos da revista Nova Águia

A revista Nova Águia perfaz 15 anos de existência, com 30 números semestrais enriquecidos com artigos, ensaios e poemas de autores consagrados, de novas revelações literárias e de uma panóplia variada de investigadores. Renato Epifânio, fundador e seu diretor principal desde 2010, coajuvado por outros diretores e agora por vários vice-diretores, entre os quais tenho a honra de fazer parte, orientam os conjuntos temáticos dos diversos números. Este número 30 reúne mais de 60 colaboradores, onde se contam autores como Adriano Moreira, Álvaro Costa de Matos, Ana Leal de Faria, António Braz Teixeira, Ernesto Castro Leal, Francisco Ribeiro Telles, José Carlos Pereira, Nuno Sotto Mayor Ferrão, Renato Epifânio, Samuel Dimas, entre muitos outros.

 

  1. A fonte de inspiração da revista

A revista A Águia foi uma importante revista cultural, literária e científica, do início do século XX (1910-1932), em Portugal, que congregou muitas figuras de destaque das humanidades, das artes e das ciências com distintas mundividências que veicularam visões plurais, num universo de valores ligados ao republicanismo, ao socialismo e ao anarquismo. Sobressaíram na História Cultural Portuguesa, no conjunto dos seus inúmeros colaboradores, intelectuais como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Hernâni Cidade, Afonso Lopes Vieira, Fernando Pessoa, António Sérgio, entre muitos outros. A revista, nos seus 22 anos de vida, abordou temas literários, artísticos, filosóficos e de crítica cívica, que tanto inspirou os fundadores e colaboradores da Nova Águia.

 

Em diversos números da revista A Águia, foram publicados textos inéditos de Alexandre Herculano, de Antero de Quental e de Camilo Castelo-Branco. O ímpeto cultural da revista A Águia e do movimento da Renascença Portuguesa surgiu da ambição de expansão social da cultura humanista junto da população portuguesa, que se traduziu em edições, na criação de universidades populares, na prossecução de cursos e de colóquios, na constituição de bibliotecas, entre outras ações, permitindo, concomitantemente, reflexões sobre alguns dos grandes problemas do país (por exempo, o ensino, a agricultura e as instituições).

 

A Direção da revista A Águia, no espírito saudosista de Teixeira de Pascoais, dará azo à afirmação profética e pessoana, que estará na origem da dissidência de António Sérgio e de Raul Proença, que a criticaram de passadista e de idealista, ao contrário do sergianismo que se afirmou pelo realismo futurista na revista Seara Nova.

 

A Águia alicerçou-se numa matriz nacionalista e neorromântica, no combate sem tréguas contra a tese da decadência nacional, que pairava na mentalidade da sociedade portuguesa, desde o fim do século XIX. Com efeito, aos mentores da revista, em pleno contexto de instauração do novo regime Republicano, moveu-os o espírito de promoção da autoestima nacional, mobilizando-os contra a tese de declínio da nação portuguesa, deixada pairar pelo poeta Antero de Quental desde as Conferências do Casino de 1871 e contra a mentalidade positivista de Auguste Comte, que contaminava a intelectualidade europeia. Esta revista A Águia era o órgão da associação cívico-cultural intitulada Renascença Portuguesa, que procurou estimular a cultura no país, quando grassava o flagelo do analfabetismo, com mais de 70% da população portuguesa a padecer deste mal, pelo que atualmente a Nova Águia pugna novamente contra uma cultura tecnocrática, que tem desvalorizado a cultura humanista no ensino, na sociedade e no mercado de trabalho, impedindo uma visão crítica e holística da complexa realidade atual.

 

  1. Os conteúdos culturais da revista

O número 30 da revista Nova Águia contém vários dossiês ricos em contributos intelectuais. Fazem parte do corpo da revista nove secções compostas por textos do VII Congresso da Cidadania Lusófona; por textos relativos a Gilberto Freyre e à lusofonia; por textos do Centenário do nascimento do historiador Jorge Borges de Macedo; por artigos referentes a “Outros Vultos”, entre os quais destaco como figuras abordadas Adriano Moreira, Gastão Cruz, Guerra Junqueiro, Paula Rego e José-Augusto França. Em “Outros Voos” temos textos sobre a educação intercultural, sobre o significado de ser português, sobre as invasões francesas e a localidade de Paços de Arcos, sobre o Direito como força normativa, sobre reflexões introspectivas de Samuel Dimas; por alguns textos em “Extravoo”; por uma secção nova sobre “Periódicos Eternos”, como foi o caso emblemático do jornal oitocentista Correio Brasiliense. No “Biblioáguio” apresentam-se recensões críticas de diversos livros e no “Poemáguia” constam poemas de autores como Renato Epifânio, António José Borges, Luísa Costa Macedo e Delmar Maia Gonçalves, entre outros.

 

  1. Objetivos da mundividência cultural da revista

Em suma, o objetivo supremo da Nova Águia é alimentar o ego nacional de uma forma realista, baseado numa rica tradição humanista, escorados os seus colaboradores na inspiração criadora da “revista mãe”, que lhe deu ânimo para que pudesse voar, mas plenamente convictos da importância para o nosso futuro comum do projeto e do sentimento de identidade lusófona, no seio de uma Humanidade a necessitar urgentemente de se transfigurar eticamente.

Nuno Sotto Mayor Ferrão

BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

NA 30.jpg

a) Bibliografia do autor:

* Nuno Sotto Mayor Ferrão, "No Centenário do Nascimento de José-Augusto França (1922-2022) - Esboço biográfico, produção cultural e obra historiográfica", in Nova Águia, nº 30, 2º semestre de 2022, pp. 137-144.

 

* Idem, "Uma reflexão sobre a pandemia: passado, presente e futuro", in AAVV, Pensar de novo, pensar o novo: tempos de pandemia, Org. Renato Epifânio, Campinas, Pontes Editores, Coleção Atlânticos, 2021.

 

* Idem, “Nos 80 anos da morte de Raul Proença (1941-2021) – a sua intervenção na revista A Águia", in Nova Águia, nº 28, 2º semestre de 2021, pp. 143-147.

 

*Idem, "O percurso vivencial e a obra historiográfica de Joaquim Veríssimo Serrão", in Mátria XXI - Número Especial Evocativo em memória do Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão - Herança Cultural e Património Científico, Santarém, Edição Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão e Academia Portuguesa da História, maio de 2021, pp. 141-166.

 

Idem, “O percurso vivencial e a obra historiográfica de Joaquim Veríssimo Serrão”, in Nova Águia, nº27, 1º semestre de 2021, pp. 180-188.

 

*Idem, "Uma reflexão sobre a pandemia: passado, presente e futuro", in Nova Águia, nº 26, 2º semestre de 2020, pp. 141-148.

 

*Idem, “José Hermano Saraiva: historiador e divulgador da cultura portuguesa - evocação no centenário do seu nascimento”, in Brotéria, vol. 189, nº 4 – outubro de 2019, pp.420-439.

 

*Idem, “José Hermano Saraiva: historiador e divulgador da cultura portuguesa”, in Nova Águia, nº 24, 2º semestre de 2019, pp. 151-159.

 

*Idem, “Breve evocação do Padre Manuel Antunes – No Centenário do seu nascimento (1918-2018)”, in Nova Águia, nº 22, 2º semestre de 2018, pp. 216-218.

 

*Idem, "A Nova Águia e cultura lusófona, das suas raízes identitárias a um futuro coletivo de esperança", in Nova Águia, nº 20, 2º semestre de 2017, pp. 235-240.

 

*Idem, "O Padre António Viera, um precursor do espírito e da convivência lusófona no Século XVII” in Nova Águia, nº 19, 1º semestre de 2017, pp. 103-111.

 

*Idem, “O Padre António Viera, um precursor do espírito da convivência lusófona no Século XVII”, in Brotéria, vol. 183, nº 5/6 – novembro/dezembro de 2016, pp 367-383.

 

* Idem, "A arte no pensamento de Vergílio Ferreira" in Nova Águia, nº 18, 2º semestre de 2016, pp. 61-66.

 

* Idem, "Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico - Nos 120 anos da obra 'O Culto da Arte em Portugal' (1896-2016)" in Nova Águia, nº 17, 1º semestre de 2016, pp. 115-120.

 

*Idem, “Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico – Nos 120 anos da obra ‘O Culto da Arte em Portugal’ (1896-2016)”, in Brotéria, vol. 182, fevereiro de 2016, pp. 133-144.

 

*Idem”, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na Revista Orpheu – Evocação no seu centenário”, in Brotéria, vol. 181, julho de 2015, pp. 41-50.

 

*Idem, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na revista Orpheu”,  in Nova Águia, nº 15, 1º semestre de 2015, pp. 18-24.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa – no centenário da Grande Guerra”, in Brotéria, vol. 180, nº 1 – janeiro de 2015, pp 33-44.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa e na revista A Águia”, in Nova Águia, nº 14, 2º semestre de 2014, pp. 231-238.

 

*Idem, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014, pp 33-44.

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163.

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159.

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia, nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979), Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

 

b) Citações bibliográficas do autor:

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168.

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» Cultura - Revista de História e Teoria das Ideias, vol. 25, 2008, Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, pp. 33 e 44.

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, inProfforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

» Victor Andrade de Melo, “O esporte na política colonial portuguesa: as iniciativas de Sarmento Rodrigues na Guiné (1945-1949)”, in Revista Brasileira de  História, vol.34, no. 68, São Paulo, July/Dec. 2014, pp. 179,180 e 189.

 

» Rui Jorge Martins, “Rui Chafes, René Girard, Ramalho Ortigão e José Luís Peixoto na Brotéria“, Secretariado Nacional da Pastoral da Cultural (portal da internet).

Disponível em:

http://www.snpcultura.org/rui_chafes_rene_girard_ramalho_ortigao_jose_luis_peixoto_na_broteria.html - Acesso em 09.05.2016.

 

» Sérgio Neto, Do Minho ao Mandovi – Um estudo sobre o pensamento colonial de Norton de Matos, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2016, p. 317.

 

» Álvaro Henriques do Vale, Do Mapa Cor de Rosa à Europa do Estado Novo, Lisboa, Chiado Editora, 2015, nota 145.

 

» Isabel Maria Freitas Valente (Coord.), Europa, Mobilidades, crises, dinâmicas culturais, Pensar com Maria Manuela Tavares Ribeiro, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2017, p. 404.

 

» Marta Carolina Giménez Pereira (org.), Temas atuais de propriedade intelectual, Brasil, Edotora Deviant. 2019, p. 52.

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

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Mátria XXI Número Especial.PNG

 

*Nuno Sotto Mayor Ferrão, "O percurso vivencial e a obra historiográfica de Joaquim Veríssimo Serrão", in Mátria XXI - Número Especial Evocativo em memória do Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão - Herança Cultural e Património Científico, Santarém, Edição Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão e Academia Portuguesa da História, maio de 2021, pp. 141-166.

 

Idem, “O percurso vivencial e a obra historiográfica de Joaquim Veríssimo Serrão”, in Nova Águia, nº27, 1º semestre de 2021, pp. 180-188.

 

*Idem, "Uma reflexão sobre a pandemia: passado, presente e futuro", in Nova Águia, nº 26, 2º semestre de 2020, pp. 141-148.

 

*Idem, “José Hermano Saraiva: historiador e divulgador da cultura portuguesa - evocação no centenário do seu nascimento”, in Brotéria, vol. 189, nº 4 – outubro de 2019, pp.420-439.

 

*Idem, “José Hermano Saraiva: historiador e divulgador da cultura portuguesa”, in Nova Águia, nº 24, 2º semestre de 2019, pp. 151-159.

 

*Idem, “Breve evocação do Padre Manuel Antunes – No Centenário do seu nascimento (1918-2018)”, in Nova Águia, nº 22, 2º semestre de 2018, pp. 216-218 (no prelo).

 

*Idem, "A Nova Águia e cultura lusófona, das suas raízes identitárias a um futuro coletivo de esperança", in Nova Águia, nº 20, 2º semestre de 2017, pp. 235-240.

 

*Idem, "O Padre António Viera, um precursor do espírito e da convivência lusófona no Século XVII” in Nova Águia, nº 19, 1º semestre de 2017, pp. 103-111.

 

*Idem, “O Padre António Viera, um precursor do espírito da convivência lusófona no Século XVII”, in Brotéria, vol. 183, nº 5/6 – novembro/dezembro de 2016, pp 367-383.

 

* Idem, "A arte no pensamento de Vergílio Ferreira" in Nova Águia, nº 18, 2º semestre de 2016, pp. 61-66.

 

* Idem, "Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico - Nos 120 anos da obra 'O Culto da Arte em Portugal' (1896-2016)" in Nova Águia, nº 17, 1º semestre de 2016, pp. 115-120.

 

*Idem, “Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico – Nos 120 anos da obra ‘O Culto da Arte em Portugal’ (1896-2016)”, in Brotéria, vol. 182, fevereiro de 2016, pp. 133-144.

 

*Idem”, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na Revista Orpheu – Evocação no seu centenário”, in Brotéria, vol. 181, julho de 2015, pp. 41-50.

 

*Idem, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na revista Orpheu”,  in Nova Águia, nº 15, 1º semestre de 2015, pp. 18-24.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa – no centenário da Grande Guerra”, in Brotéria, vol. 180, nº 1 – janeiro de 2015, pp 33-44.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa e na revista A Águia”, in Nova Águia, nº 14, 2º semestre de 2014, pp. 231-238.

 

*Idem, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014, pp 33-44.

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163.

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159.

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia, nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979), Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

 

 

Citações bibliográficas do autor:

 

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168.

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» Cultura - Revista de História e Teoria das Ideias, vol. 25, 2008, Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, pp. 33 e 44.

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, inProfforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

» Victor Andrade de Melo, “O esporte na política colonial portuguesa: as iniciativas de Sarmento Rodrigues na Guiné (1945-1949)”, in Revista Brasileira de  História, vol.34, no. 68, São Paulo, July/Dec. 2014, pp. 179,180 e 189.

 

» Rui Jorge Martins, “Rui Chafes, René Girard, Ramalho Ortigão e José Luís Peixoto na Brotéria“, Secretariado Nacional da Pastoral da Cultural (portal da internet).

 

Disponível em:

 

http://www.snpcultura.org/rui_chafes_rene_girard_ramalho_ortigao_jose_luis_peixoto_na_broteria.html - Acesso em 09.05.2016.

 

» Sérgio Neto, Do Minho ao Mandovi – Um estudo sobre o pensamento colonial de Norton de Matos, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2016, p. 317.

 

» Álvaro Henriques do Vale, Do Mapa Cor de Rosa à Europa do Estado Novo, Lisboa, Chiado Editora, 2015, nota 145.

 

» Isabel Maria Freitas Valente (Coord.), Europa, Mobilidades, crises, dinâmicas culturais, Pensar com Maria Manuela Tavares Ribeiro, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2017, p. 404.

 

» Marta Carolina Giménez Pereira (org.), Temas atuais de propriedade intelectual, Brasil, Edotora Deviant. 2019, p. 52.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

A revista cultural “Nova Águia”, número 26 – 2º semestre de 2020

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A revista cultural Nova Águia, no seu número 26 (2º semestre de 2020), abrange textos de ensaio e de poesia de assinalável qualidade.

 

Abordando como temas centrais: os 120 anos da escritora Fernanda de Castro, através de diversos textos e de testemunhos de múltiplos autores; o nosso tempo de pandemia visto através da reflexão de diversos colaboradores; a evocação do jurista Mário Bigotte Chorão no ano da sua morte e de diversos autores de Albano Martins a Pinharanda Gomes; alguns ensaios diversos de filosofia, de literatura, de educação e de cidadania; de notas inéditas de António Telmo; de recensões críticas de livros de cultura e um conjunto de poemas.

 

Entre as dezenas de colaboradores, deste número, destaco Adriano Moreira, António Braz Teixeira, Fernando Dacosta, José Eduardo Franco, Maria Leonor Xavier, Miguel Real, Renato Epifânio, Rita Ferro e Samuel Dimas, sem desmerecimentos dos outros autores, entre os quais tenha a honra de me contar.

 

A revista contém, ainda, algumas fotografias, fazendo memória de alguns eventos marcantes. Dos textos, muitos de grande profundidade doutrinária e filosófica, que serão para guardar nas bibliotecas da nossa identidade cultural, públicas e privadas, quero destacar os artigos “Sem bússola” de Adriano Moreira de uma meditação, sempre pertinente e inspirada em referências culturais, sobre a conjuntura atual, “A cultura, o mal e a esperança” de Miguel Real, “Perplexidades pandémicas” de Renato Epifânio, “Pinharanda Gomes” de Elísio Gala, “Breve reflexão sobre a tragédia” de António Braz Teixeira, “A leitura infinita: a leitura em voz alta, o que acrescenta aos textos?”, “Nove deambulações pró-lusófonas” de Renato Epifânio e nos poemas quero salientar “Arrábida” de Jesus Carlos e o excelente poema de Samuel Dimas, bem acomodado às circunstâncias sanitárias vivenciadas e de um fino recorte literário, intitulado “Pandemia: sacríficio; viver, evidência; invisível”. Parafraseando Vitorino Nemésio, quase seria tentado a salientar que muitos dos vultos literários evocados, neste e noutros números, quase os vemos viver.

 

A apresentação pública da revista Nova Águia, número 26, realizou-se no dia 22 de outubro de 2020 no salão nobre do Palácio da Independência, em Lisboa, com a presença na mesa de conferencista dos autores João Reis Gomes, de Renato Epifânio, de Francisco Ribeiro Soares e de Rodrigo Sobral Cunha, em pleno contexto pandémico.

 

A revista Nova Águia nasceu em 2008, pelo que conta doze anos de uma vida dinâmica, tendo aparecido no seio da crise profunda que abalou a Europa e Portugal no fim da primeira década do século XXI, tendo uma identidade lusófona ligada à corrente da filosofia portuguesa e à figura tutelar de Agostinho da Silva, pelo que tem uma difusão junto de leitores do espaço geográfico da lusofonia.

 

Na revista colaboram habitualmente dezenas de ensaístas em todos os números. Esta revista tem uma periodicidade semestral, contando habitualmente com cerca de 30 a 40 artigos, em média, e com diversos poemas.

 

Atualmente, fruto da conjuntura pandémica, tal como a maioria da atividades editoriais e económicas, esta nossa revista tem passado algumas dificuldades para sobreviver, mas sem ela a memória da nossa identidade cultural ficaria mais pobre, daí que a ajuda dos Amigos da Nova Águia esteja a ser fundamental.

 

A sua fonte de inspiração é a revista A Águia, uma importante revista cultural do início do século XX (1910-1932), em Portugal, que congregou muitas figuras de destaque das Humanidades, das Artes e das Ciências com distintas mundividências que veicularam visões plurais.

 

Sobressaíram na História Cultural Portuguesa, no conjunto dos inúmeros colaboradores desta revista inspiradora, intelectuais de grande envergadura como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Leonardo Coimbra, Raul Proença, Hernâni Cidade, Afonso Lopes Vieira, Fernando Pessoa, António Sérgio, etc, que se notabilizaram pelas suas ideias ou pelas obras literárias, mas a que associaram uma dimensão de intervenção cívica invulgar, fundando, por isso, o movimento cultural da Renascença Portuguesa.

 

Por outras palavras, a revista nos seus 22 anos de vida comportou temas literários, artísticos, filosóficos e de crítica cívica, que tanto iluminam o espírito dos fundadores e dos colaboradores da Nova Águia.

Nuno Sotto Mayor Ferrão

BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

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*Nuno Sotto Mayor Ferrão, “José Hermano Saraiva: historiador e divulgador da cultura portuguesa - evocação no centenário do seu nascimento”, in Brotéria, vol. 189, nº 4 – outubro de 2019, (no prelo).

 

*Idem, “José Hermano Saraiva: historiador e divulgador da cultura portuguesa”, in Nova Águia, nº 24, 2º semestre de 2019, pp. 151-159.

 

*Idem, “Breve evocação do Padre Manuel Antunes – No Centenário do seu nascimento (1918-2018)”, in Nova Águia, nº 22, 2º semestre de 2018, pp. 216-218 (no prelo).

 

*Idem, "A Nova Águia e cultura lusófona, das suas raízes identitárias a um futuro coletivo de esperança", in Nova Águia, nº 20, 2º semestre de 2017, pp. 235-240.

 

*Idem, "O Padre António Viera, um precursor do espírito e da convivência lusófona no Século XVII” in Nova Águia, nº 19, 1º semestre de 2017, pp. 103-111.

 

*Idem, “O Padre António Viera, um precursor do espírito da convivência lusófona no Século XVII”, in Brotéria, vol. 183, nº 5/6 – novembro/dezembro de 2016, pp 367-383.

 

* Idem, "A arte no pensamento de Vergílio Ferreira" in Nova Águia, nº 18, 2º semestre de 2016, pp. 61-66.

 

* Idem, "Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico - Nos 120 anos da obra 'O Culto da Arte em Portugal' (1896-2016)" in Nova Águia, nº 17, 1º semestre de 2016, pp. 115-120.

 

*Idem, “Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico – Nos 120 anos da obra ‘O Culto da Arte em Portugal’ (1896-2016)”, in Brotéria, vol. 182, fevereiro de 2016, pp. 133-144.

 

*Idem”, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na Revista Orpheu – Evocação no seu centenário”, in Brotéria, vol. 181, julho de 2015, pp. 41-50.  

 

*Idem, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na revista Orpheu”,  in Nova Águia, nº 15, 1º semestre de 2015, pp. 18-24.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa – no centenário da Grande Guerra”, in Brotéria, vol. 180, nº 1 – janeiro de 2015, pp 33-44.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa e na revista A Águia”, in Nova Águia, nº 14, 2º semestre de 2014, pp. 231-238. 

 

*Idem, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014, pp 33-44.

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163.

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159.

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia, nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979), Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

Citações bibliográficas do autor:

 

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168.

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» Cultura - Revista de História e Teoria das Ideias, vol. 25, 2008, Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, pp. 33 e 44. 

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, inProfforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

» Victor Andrade de Melo, “O esporte na política colonial portuguesa: as iniciativas de Sarmento Rodrigues na Guiné (1945-1949)”, in Revista Brasileira de  História, vol.34, no. 68, São Paulo, July/Dec. 2014, pp. 179,180 e 189.

 

» Rui Jorge Martins, “Rui Chafes, René Girard, Ramalho Ortigão e José Luís Peixoto na Brotéria“, Secretariado Nacional da Pastoral da Cultural (portal da internet).

Disponível em:

http://www.snpcultura.org/rui_chafes_rene_girard_ramalho_ortigao_jose_luis_peixoto_na_broteria.html

Acesso em 09.05.2016.

 

» Sérgio Neto, Do Minho ao Mandovi – Um estudo sobre o pensamento colonial de Norton de Matos, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2016, p. 317.

 

» Álvaro Henriques do Vale, Do Mapa Cor de Rosa à Europa do Estado Novo, Lisboa, Chiado Editora, 2015, nota 145.

 

» Isabel Maria Freitas Valente (Coord.), Europa, Mobilidades, crises, dinâmicas culturais, Pensar com Maria Manuela Tavares Ribeiro, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2017, p. 404.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

A ‘NOVA ÁGUIA’, NÚMERO 22, COMO REVISTA DE CULTURA LUSÓFONA

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A revista Nova Águia de publicação semestral e dedicada à cultura portuguesa e lusófona é composta por artigos de ensaio e por poemas, de autores com diferentes proveniências como Portugal, Cabo Verde, Brasil, Galiza, Itália, entre outros. Neste novo número, o 22, referente ao 2º semestre de 2018, colaboram 61 autores. A revista é apresentada, geralmente, a meio de cada semestre em março/abril e em outubro.

 

Neste último número, destacam-se 3 grandes temas: as comunicações ao V Congresso da Cidadania Lusófona; artigos sobre a humanista Dalila Pereira da Costa no Centenário do seu nascimento; e comunicações referentes ao V Centenário do nascimento do humanista Francisco de Holanda.

 

Da sua composição também fazem parte textos sobre várias outras figuras de relevo da cultura portuguesa como o pedagogo Manuel Ferreira Deusdado, o padre Manuel Antunes, o poeta Adolfo Casais Monteiro, o escritor António Quadros, o pensador Agostinho da Silva, entre outros. São, ainda, publicados dois textos inéditos de Agostinho da Silva e de António Telmo.     

 

Na Nova Águia colaboram dezenas de ensaístas, entre os quais saliento como grandes autores de referência e sem qualquer menosprezo pelos demais, Adriano Moreira, António Braz Teixeira, José Eduardo Franco,  Miguel Real, Pinharanda Gomes, Samuel Dimas e Renato Epifânio, que constituem as figuras tutelares da revista, pelos seus brilhantes percursos vivenciais ou académicos, na definição de uma filosofia portuguesa. No final do volume, apresenta-se um conjunto de recensões críticas e de poemas de grande interesse.

 

Esta revista, sendo ligada ao Movimento Internacional Lusófono, é uma homenagem a uma revista de cultura que surgiu na 1ª República, da necessidade de reerguer o valor da pátria portuguesa, intitulada A Águia, na qual colaboraram figuras eminentes ligadas ao movimento cultural e cívico intitulado Renascença Portuguesa, como Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão, António Sérgio, Teixeira de Pascoaes, Raul Proença, Fernando Pessoa, entre outros escritores e pensadores.

 

Nesta presente revista existe uma recensão de livros da coleção Nova Águia da Editora Zéfiro, pois tal como a Renascença Portuguesa, que na segunda década do século XX criou uma série de publicações, também a Nova Águia dá nome a uma coleção desta editora com mais de 50 livros de autores individuais.

 

A estratégia editorial da Nova Águia consubstancia-se na difusão da cultura lusófona, espraiando-se por vários espaços ligados à língua e à cultura portuguesa e inspirando-se na sua predecessora já supramencionada. Esta procurou burilar durante mais de vinte anos (1910-1932) uma cultura patriótica em torno da identidade portuguesa, tão abalada com a crise da monarquia lusa desde a última década do século XIX, em tempos em que o analfabetismo grassava na população portuguesa.

 

Salienta-se que esta revista se carateriza pela evidente escassez de publicidade comercial, sendo a existente apenas ligada às atividades editoriais, ao contrário da maioria das outras revistas culturais portuguesas e do espaço lusófono. A tiragem da revista é, geralmente, de 1000 exemplares por número. 

 

Em suma, a revista Nova Águia, numa sólida solução de compromisso, reflete sobre a identidade portuguesa na sua cultura, na sua língua e no seu pensamento, sem se esquivar ao contexto atual da globalização com a promoção de uma cultura lusófona, mediante os autores tratados, a proveniência diversa dos colaboradores da revista e os diferentes espaços da lusofonia, onde esta é apresentada.

 

Na senda de um humanismo espiritual, a Nova Águia trilha o seu caminho desde 2008, o que para um projeto cultural independente no seio deste deserto tecnocrático em que vivemos é já de assinalar vivamente. À qualidade dos seus conteúdos junta-se o enriquecimento com referências bibliográficas e, agora, com imagens e fotografias ilustrativas de alguns dos artigos publicados.  

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

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BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

 

 

*Nuno Sotto Mayor Ferrão, “Breve evocação do Padre Manuel Antunes – No Centenário do seu nascimento (1918-2018)”, in Nova Águia, nº 22, 2º semestre de 2018, pp. 216-218 (no prelo).

 

*Idem, "A Nova Águia e cultura lusófona, das suas raízes identitárias a um futuro coletivo de esperança", in Nova Águia, nº 20, 2º semestre de 2017, pp. 235-240.

 

*Idem, "O Padre António Viera, um precursor do espírito e da convivência lusófona no Século XVII” in Nova Águia, nº 19, 1º semestre de 2017, pp. 103-111.

 

*Idem, “O Padre António Viera, um precursor do espírito da convivência lusófona no Século XVII”, in Brotéria, vol. 183, nº 5/6 – novembro/dezembro de 2016, pp 367-383.

 

* Idem, "A arte no pensamento de Vergílio Ferreira" in Nova Águia, nº 18, 2º semestre de 2016, pp. 61-66.

 

* Idem, "Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico - Nos 120 anos da obra 'O Culto da Arte em Portugal' (1896-2016)" in Nova Águia, nº 17, 1º semestre de 2016, pp. 115-120.

 

*Idem, “Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico – Nos 120 anos da obra ‘O Culto da Arte em Portugal’ (1896-2016)”, in Brotéria, vol. 182, fevereiro de 2016, pp. 133-144.

 

*Idem”, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na Revista Orpheu – Evocação no seu centenário”, in Brotéria, vol. 181, julho de 2015, pp. 41-50.  

 

*Idem, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na revista Orpheu”,  in Nova Águia, nº 15, 1º semestre de 2015, pp. 18-24.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa – no centenário da Grande Guerra”, in Brotéria, vol. 180, nº 1 – janeiro de 2015, pp 33-44.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa e na revista A Águia”, in Nova Águia, nº 14, 2º semestre de 2014, pp. 231-238. 

 

*Idem, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014, pp 33-44.

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163.

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159.

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia, nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979), Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

Citações bibliográficas do autor:

 

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168.

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» Cultura - Revista de História e Teoria das Ideias, vol. 25, 2008, Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, pp. 33 e 44. 

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, inProfforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

» Victor Andrade de Melo, “O esporte na política colonial portuguesa: as iniciativas de Sarmento Rodrigues na Guiné (1945-1949)”, in Revista Brasileira de  História, vol.34, no. 68, São Paulo, July/Dec. 2014, pp. 179,180 e 189.

 

» Rui Jorge Martins, “Rui Chafes, René Girard, Ramalho Ortigão e José Luís Peixoto na Brotéria“, Secretariado Nacional da Pastoral da Cultural (portal da internet).

Disponível em:

http://www.snpcultura.org/rui_chafes_rene_girard_ramalho_ortigao_jose_luis_peixoto_na_broteria.html

Acesso em 09.05.2016.

 

» Sérgio Neto, Do Minho ao Mandovi – Um estudo sobre o pensamento colonial de Norton de Matos, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2016, p. 317.

 

» Álvaro Henriques do Vale, Do Mapa Cor de Rosa à Europa do Estado Novo, Lisboa, Chiado Editora, 2015, nota 145.

 

» Isabel Maria Freitas Valente (Coord.), Europa, Mobilidades, crises, dinâmicas culturais, Pensar com Maria Manuela Tavares Ribeiro, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2017, p. 404.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

Nova Águia 19.jpgBrotéria 2016 dez.jpg

*Nuno Sotto Mayor Ferrão, "O Padre António Viera, um precursor do espírito e da convivência lusófona no Século XVII” in Nova Águia, nº 19, 1º semestre de 2017, pp. 103-111.

 

*Idem, “O Padre António Viera, um precursor do espírito da convivência lusófona no Século XVII”, in Brotéria, vol. 183, nº 5/6 – novembro/dezembro de 2016, pp 367-383.

 

* Idem, "A arte no pensamento de Vergílio Ferreira" in Nova Águia, nº 18, 2º semestre de 2016, pp. 61-66.

 

* Idem, "Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico - Nos 120 anos da obra 'O Culto da Arte em Portugal' (1896-2016)" in Nova Águia, nº 17, 1º semestre de 2016, pp. 115-120.

 

*Idem, “Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico – Nos 120 anos da obra ‘O Culto da Arte em Portugal’ (1896-2016)”, in Brotéria, vol. 182, fevereiro de 2016, pp. 133-144.

 

*Idem”, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na Revista Orpheu – Evocação no seu centenário”, in Brotéria, vol. 181, julho de 2015, pp. 41-50.  

 

*Idem, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na revista Orpheu”,  in Nova Águia, nº 15, 1º semestre de 2015, pp. 18-24.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa – no centenário da Grande Guerra”, in Brotéria, vol. 180, nº 1 – janeiro de 2015, pp 33-44.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa e na revista A Águia”, in Nova Águia, nº 14, 2º semestre de 2014, pp. 231-238. 

 

*Idem, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria, vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014, pp 33-44.

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163.

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159.

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia, nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979), Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

Citações bibliográficas do autor:

 

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168.

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» Cultura - Revista de História e Teoria das Ideias, vol. 25, 2008, Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, pp. 33 e 44. 

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, inProfforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

» Victor Andrade de Melo, “O esporte na política colonial portuguesa: as iniciativas de Sarmento Rodrigues na Guiné (1945-1949)”, in Revista Brasileira de  História, vol.34, no. 68, São Paulo, July/Dec. 2014, pp. 179,180 e 189.

 

» Rui Jorge Martins, “Rui Chafes, René Girard, Ramalho Ortigão e José Luís Peixoto na Brotéria“, Secretariado Nacional da Pastoral da Cultural (portal da internet).

Disponível em:

http://www.snpcultura.org/rui_chafes_rene_girard_ramalho_ortigao_jose_luis_peixoto_na_broteria.html

Acesso em 09.05.2016.

 

» Sérgio Neto, Do Minho ao Mandovi – Um estudo sobre o pensamento colonial de Norton de Matos, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2016, p. 317.

 

» Álvaro Henriques do Vale, Do Mapa Cor de Rosa à Europa do Estado Novo, Lisboa, Chiado Editora, 2015, nota 145.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

Resultado de imagem para nova aguia 19

 

* Nuno Sotto Mayor Ferrão, "A arte no pensamento de Vergílio Ferreira" in Nova Águia, nº 18, 2º semestre de 2016, pp. 61-66.

 

* Idem, "Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico - Nos 120 anos da obra 'O Culto da Arte em Portugal' (1896-2016)" in Nova Águia, nº 17, 1º semestre de 2016, pp. 115-120.

 

*Idem, “Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico – Nos 120 anos da obra ‘O Culto da Arte em Portugal’ (1896-2016)”, in Brotéria, vol. 182, fevereiro de 2016, pp. 133-144.

 

*Idem”, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na Revista Orpheu – Evocação no seu centenário”, in Brotéria, vol. 181, julho de 2015, pp. 41-50.  

 

*Idem, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na revista Orpheu”,  in Nova Águia, nº 15, 1º semestre de 2015, pp. 18-24.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa – no centenário da Grande Guerra”, in Brotéria, vol. 180, nº 1 – janeiro de 2015, pp 33-44.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa e na revista A Águia”, in Nova Águia, nº 14, 2º semestre de 2014, pp. 231-238. 

 

*Idem, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria, vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014, pp 33-44.

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163.

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159.

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", inNova Águia, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia, nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979), Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

Citações bibliográficas do autor:

 

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168.

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» Cultura - Revista de História e Teoria das Ideias, vol. 25, 2008, Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, pp. 33 e 44. 

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, inProfforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

» Victor Andrade de Melo, “O esporte na política colonial portuguesa: as iniciativas de Sarmento Rodrigues na Guiné (1945-1949)”, in Revista Brasileira de  História, vol.34, no. 68, São Paulo, July/Dec. 2014, pp. 179,180 e 189.

 

» Rui Jorge Martins, “Rui Chafes, René Girard, Ramalho Ortigão e José Luís Peixoto na Brotéria“, Secretariado Nacional da Pastoral da Cultural (portal da internet).

Disponível em:

http://www.snpcultura.org/rui_chafes_rene_girard_ramalho_ortigao_jose_luis_peixoto_na_broteria.html

Acesso em 09.05.2016.

 

» Sérgio Neto, Do Minho ao Mandovi – Um estudo sobre o pensamento colonial de Norton de Matos, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2016, p. 317.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

 Bibliografia de Nuno Sotto Mayor Ferrão:

Nova Águia 017 - CAPA.jpgBroteria fevereiro 2016.jpg

* Nuno Sotto Mayor Ferrão "Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico - Nos 120 anos da obra 'O Culto da Arte em Portugal' (1896-2016)" in Nova Águia, nº 17, 1º semestre de 2016, pp. 115-120.

 

*Idem, “Ramalho Ortigão e a salvaguarda do património histórico-artístico – Nos 120 anos da obra ‘O Culto da Arte em Portugal’ (1896-2016)”, in Brotéria, vol. 182, fevereiro de 2016, pp. 133-144.

 

*Idem”, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na Revista Orpheu – Evocação no seu centenário”, in Brotéria, vol. 181, julho de 2015, pp. 41-50.  

 

*Idem, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na revista Orpheu”,  in Nova Águia, nº 15, 1º semestre de 2015, pp. 18-24.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa – no centenário da Grande Guerra”, in Brotéria, vol. 180, nº 1 – janeiro de 2015, pp 33-44.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa e na revista A Águia”, in Nova Águia, nº 14, 2º semestre de 2014, pp. 231-238. 

 

*Idem, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria, vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014, pp 33-44.

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163.

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159.

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia, nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979), Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

Citações bibliográficas do autor:

 

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168.

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» Cultura - Revista de História e Teoria das Ideias, vol. 25, 2008, Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, pp. 33 e 44. 

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, in Profforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

» Victor Andrade de Melo, “O esporte na política colonial portuguesa: as iniciativas de Sarmento Rodrigues na Guiné (1945-1949)”, in Revista Brasileira de  História, vol.34, no. 68, São Paulo, July/Dec. 2014, pp. 179,180 e 189.

 

» Rui Jorge Martins, “Rui Chafes, René Girard, Ramalho Ortigão e José Luís Peixoto na Brotéria“, Secretariado Nacional da Pastoral da Cultural (portal da internet).

Disponível em:

http://www.snpcultura.org/rui_chafes_rene_girard_ramalho_ortigao_jose_luis_peixoto_na_broteria.html

Acesso em 09.05.2016.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 

 

ANTÓNIO SÉRGIO (1883-1969) – PENSADOR DO PARADIGMA DEMOCRÁTICO NA POLÍTICA, NA ECONOMIA E NO ENSINO

 

António Sérgio de Sousa Júnior (1883-1969) foi um insigne pensador e político português, que foi considerado pelo historiador Joel Serrão como o maior ensaísta português de todos os tempos. O seu ensaísmo aborda temas diversificados que se estendem da filosofia à economia, mediante um padrão humanista com um racionalismo  de tendência materialista.

 

Arrancou com a sua prolífera atividade ensaísta no movimento cultural Renascença Portuguesa, escrevendo e polemizando na revista A Águia ao lado de figuras como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Leonardo Coimbra ou Fernando Pessoa.

 

Este pensador recebeu uma formação intensamente militar no Colégio Militar e na Escola Naval, além de ter passado também pela Escola Politécnica, uma vez que no seu seio familiar pontuavam muitos militares[1]. Iniciou a atividade profissional como oficial da Marinha, mas cedo abandonou a carreira militar por ter jurado fidelidade ao rei D. Manuel II.

 

Durante os primórdios do regime republicano, concorre como assistente de filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa mas como não foi escolhido, ingressou no Instituto Jean-Jacques Rosseau, em Genebra, entre 1914 e 1916, onde estudou com a sua mulher, Luísa Epifâneo da Silva, as tendências pedagógicas da Escola Nova, impulsionadas por Éduard Claparéde, que lhe permitiu influenciar a reforma do ensino do ministro João Camoesas. 

 

Desde o início do regime republicano colabora em diversas revistas (A Águia, Pela Grei, Seara Nova e Lusitânia), com o intuito de fazer ressurgir a Nação da letargia instalada, que a contaminava já no fim do regime da monarquia liberal. Aliás, as suas funções na direção da revista Seara Nova conduziram-no a abraçar o Ministério da Instrução Pública, o que fará com grande convicção. Depois desta experiência política, e com o singrar da ditadura militar, é levado ao exílio em França de 1926 a 1933.

 

Em 1945, quando termina a 2ª Guerra Mundial, abre-se a expectativa de modificação do regime Salazarista, em virtude da derrota dos autoritarismos de extrema-direita consubstanciada na rendição das potências do Eixo, e então António Sérgio integra o Movimento de Unidade Democrática, juntamente com uma plêiade de eminentes figuras públicas como Alves Redol, Norton de Matos, Bento de Jesus Caraça, Fernando Lopes Graça, Ferreira de Castro, Miguel Torga, Vitorino Magalhães Godinho, Francisco Salgado Zenha, entre muitos outros.

 

Como afoito oposicionista, apoiou as candidaturas presidenciais de Norton de Matos e de Humberto Delgado e, logo nessas ocasiões, foi encarcerado, como em outras vezes anteriores, pelo ímpeto das suas convicções democráticas.

 

António Sérgio, no decorrer do seu valoroso labor intelectual, manteve uma veia polemista, esgrimindo argumentos com múltiplas figuras públicas. O seu escorreito pensamento, que se manifestou nos livros que escreveu e na sua acção, centrou-se na reforma das mentalidades, na compreensão do sentido da História de Portugal e na ideia de uma escola autónoma centrada numa educação cívica.

 

Nesta medida, foi o introdutor na historiografia portuguesa da perspetiva económica e social, na abordagem de acontecimentos como a Revolução de 1383-85 ou da conquista de Ceuta de 1415, o que nos manifesta o seu paradigma racionalista de pendor materialista. A proibição pela censura salazarista de publicar uma História de Portugal, incómoda para os registos narrativos oficiais, truncou a cultura portuguesa do seu potencial criativo em termos historiográficos.

 

Na sua larga obra ensaística preocupou-se com o aprofundamento de uma democracia efetiva, que devia ter por base uma opinião pública esclarecida e uma elite diversificada. Na verdade, no exílio, nos anos da ditadura militar, continuou a publicar os Ensaios e a advogar o rápido regresso de Portugal à democracia.

 

O seu aceso espírito crítico levou-o a levantar inúmeras polémicas com autores filiados noutras correntes espirituais distantes da sua mundividência (bergsonianos, neorromânticos, integralistas, católicos ou marxistas), considerando-se um livre pensador, mas estando, em abono da verdade, condicionado pelo seu paradigma ideológico.

 

Com efeito, era um adepto fervoroso dos regimes democráticos, que tinham de se reformar, como lhe ensinou a experiência da 1ª república[2] e, talvez, o malogro das democracias liberais europeias pós-Grande Guerra. Estes regimes tinham de passar pela reforma das escolas de modo a permitir, que ao longo de gerações, a evolução das mentalidades coletivas e a formação de elites patriotas, manifestassem atitudes cívicas desprendidas de intereses partidários. Deste modo, considerava que as democracias só podiam amadurecer se contrariassem os dogmas mentais ou preconceitos, daí a sua absoluta predileção pelo método polemista, e procedessem de maneira experimental.

 

O seu hercúleo trabalho em prol da cultura manifestou-se na direção das revistas Pela Grei e Seara Nova e como diretor da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. De facto, o seu papel pedagógico foi, tal como Faria de Vasconcelos, um difusor dos métodos pedagógicos da Escola Nova, designadamente o método de Maria Montessori, centrados nas aprendizagens dos alunos.

 

O seu magistério intelectual permeou e influenciou, através de uma convivência frequente, uma geração mais nova de figuras, que o tratavam como mestre, como Agostinho da Silva, Barahona Fernandes, Raul Lino, Rui Grácio ou Mário Soares.

 

A sua formação pedagógica na Suiça irá fazê-lo criticar a escola tradicional e os métodos diretivos do ensino português, que com a escola salazarista se arrastaram por longas décadas, propondo uma escola de aprendizagens centrada no educando que visasse autonomizar os indivíduos, com vista à produtividade económica, singular e coletiva.

 

Das suas ideias peregrinas destacam-se o ensino como catapulta para a regeneração nacional, em ambiente de acentuada decadência desde os anos 90 do século XIX, e para a criação de uma elite humanista empenhada numa democracia socialmente progressista. Neste registo reflexivo, insere-se o seu combate por um cooperativismo que fomentasse uma economia social, tendo sido um dos grandes inspiradores das cooperativas de habitação, entre outras[3]. Existindo, assim, ainda hoje em dia a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social como entidade pública criada em sua homenagem.

 

Em conclusão, António Sérgio concebia que a autenticidade da educação e da cultura só era possível em regimes democráticos, valorizando plenamente as liberdades de pensamento e de ação dos indivíduos.  Desta forma, a sua linha política situa-se num socialismo proudhoniano, influenciado pelas ideias de Antero de Quental, que combateu o corporativismo salazarista e os excessos do socialismo soviético, advogando um cooperativismo saudável para uma economia de base social. Na sua profícua capacidade de síntese, encontrou, no modelo eclético de junção da democracia liberal com o socialismo cooperativista, a alternativa para os desvios desmedidos dos autoritarismos, salazarista e do socialismo soviético.

 

[1] António Campos Matos, Diálogo com António Sérgio, Lisboa, Editorial Presença, 217 p.

[2] Sérgio Campos Matos, “António Sérgio (1883-1969)”, in Dicionário Enciclopédico da História de Portugal, vol. 2, Lisboa, Publicações Alfa, 1990, pp. 222-223.

[3] "(...) O cooperativismo é um movimento de ascensão moral, de reforma social, que se serve, como instrumento, das necessidades económicas dos homens. (...)", in António Sérgio, “Sobre o socialismo de Oliveira Martins", Ensaios, tomo VIII, p. 235.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 

 

BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS DO AUTOR

http://lounge.obviousmag.org/ruinas/2013/06/07/orpheu%20membros.jpg

 

Bibliografia de Nuno Sotto Mayor Ferrão:

 

*Nuno Sotto Mayor Ferrão”, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na Revista Orpheu – Evocação no seu centenário”, in Brotéria, vol. 181, julho de 2015, pp. 41-50  

 

*Idem, “O cosmopolitismo modernista e lusófono na revista Orpheu”,  in Nova Águia, nº 15, 1º semestre de 2015, pp. 18-24.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa – no centenário da Grande Guerra”, in Brotéria, vol. 180, nº 1 – janeiro de 2015, pp 33-44.

 

*Idem, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa e na revista A Águia”, in Nova Águia, nº 14, 2º semestre de 2014, pp. 231-238. 

 

*Idem, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria, vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014, pp 33-44.

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163.

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159.

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI , nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979)", Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

Citações bibliográficas do autor:

 

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168.

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» Cultura - Revista de História e Teoria das Ideias, vol. 25, 2008, Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, pp. 33 e 44. 

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, in Profforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

» Victor Andrade de Melo, “O esporte na política colonial portuguesa: as iniciativas de Sarmento Rodrigues na Guiné (1945-1949)”, in Revista Brasileira de  História, vol.34, no.68, São Paulo, July/Dec. 2014, pp. 179,180 e 189.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS DO AUTOR

Brotéria 2014 - 07.jpgNA14.png

Bibliografia de Nuno Sotto Mayor Ferrão:

 

*Nuno Sotto Mayor Ferrão, “A I Guerra Mundial na imprensa portuguesa e na revista A Águia”, in Nova Águia, nº 14, 2º semestre de 2014, pp. 231-238.

 

*Idem, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria, vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014, pp 33-44.

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163.

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159.

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI , nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979)", Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

Citações bibliográficas do autor

 

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168.

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» Cultura - Revista de História e Teoria das Ideias, vol. 25, 2008, Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, pp. 33 e 44. 

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, in Profforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

BIBLIOGRAFIA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO (ATUALIZAÇÃO) E CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS DO AUTOR

*Nuno Sotto Mayor Ferrão, “A atualidade internacional da Doutrina Social da Igreja no contexto da globalização”, in Brotéria, vol. 178, nº 7/8 – julho/agosto de 2014 (no prelo).

 

*Idem, “Balanço diacrónico (1974-2014) da Revolução de 25 de Abril”, in Nova Águia, nº 13, 1º semestre de 2014, pp. 57-63.

 

*Idem, “Nos 80 anos do historiador José Mattoso: a sua viva lição de sabedoria”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 162-163 (no prelo).

 

*Idem, “António José Saraiva como cidadão e historiador: nos 20 anos da sua morte”, in Nova Águia, nº 12, 2º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 153-159 (no prelo).

 

*Idem, “A poesia portuguesa: o mar e a lusofonia”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 23-24.

 

*Idem, “As linhas de força do pensamento historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 11, 1º semestre de 2013, Sintra, Zéfiro Editora, 2013, pp. 130-135.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI , nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979)", Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

Citações bibliográficas do autor

 

» Clio: revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, “Resumo das Teses de Mestrado em Letras (História)”, Lisboa, 1996, p. 168

 

» Joaquim Veríssimo Serrão, “Do berço humilde em Freixo à imortalidade da História”, Almirante Sarmento Rodrigues, 1899-1979: testemunhos e inéditos no centenário do seu nascimento, Academia de Marinha e Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, 1999, p. 163.

 

» Cadernos de Estudos Africanos – Memórias Coloniais, Lisboa, Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 2006, p. 150.

 

» António E. Duarte Silva, “Sarmento Rodrigues, a Guiné e o lusotropicalismo”, in Cultura: Revista de História e da Teoria das Ideias Lisboa, Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, vol. 25, 2008, p. 44. (António E. Duarte Silva, « Sarmento Rodrigues, a Guiné e o luso-tropicalismo », Cultura [Online], Vol. 25 | 2008, consultado a 29 julho 2014. URL :http://cultura.revues.org/586.

 

 

» Ana Reis e João Garrinhas, “2 anos sob tutela autárquica”, in Profforma (Revista do Centro de Formação de Professores do Nordeste Alentejano), nº 2, março de 2011, pp. 1-7.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 

A ÁGUIA (REVISTA 1910-1932) COMO FONTE DE INSPIRAÇÃO DA NOVA ÁGUIA (REVISTA 2008-2013) – Nº 11, 1º SEMESTRE DE 2013

 

 

 A revista A Águia foi uma importante revista cultural do início do século XX (1910-1932), em Portugal, que congregou muitas figuras de destaque das Humanidades, das Artes e das Ciências com distintas mundividências que veicularam visões plurais. Sobressaíram na História Cultural Portuguesa, no conjunto dos seus inúmeros colaboradores, intelectuais como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Hernâni Cidade, Afonso Lopes Vieira, Fernando Pessoa, António Sérgio, etc. A revista nos seus 22 anos de vida comportou temas literários, artísticos, filosóficos e de crítica cívica, que tanto inspirou os fundadores da Nova Águia.

 

A Águia alicerçou-se numa matriz nacionalista e neorromântica, no combate sem tréguas contra a tese da decadência nacional[1] que pairava na mentalidade da sociedade portuguesa desde o fim do século XIX. Com efeito, aos mentores da revista, em pleno contexto de instauração do novo regime Republicano, moveu-os o espírito de promoção da autoestima nacional que os mobilizou contra a tese de declínio da nação portuguesa deixada pairar pelo poeta Antero de Quental desde as Conferências do Casino de 1871 e contra a mentalidade positivista de Auguste Comte que contaminava a intelectualidade europeia[2].

 

A revista Nova Águia, tendo por base esta magistral fonte espiritual de inspiração, pretende ser uma homenagem às várias gerações de personalidades que souberam dar corpo à revista A Águia. Os pontos de partida dos diversos números têm sido núcleos temáticos e no número 11 um dos seus elementos aglutinadores é “O Mar e a Lusofonia” partindo da emblemática frase do escritor Virgílio Ferreira “Da minha língua vê-se o mar”.


Esta revista privilegia artigos ensaísticos literários, filosóficos, históricos e científicos de uma pluralidade de colaboradores, de onde se destacam pessoas como Adriano Moreira, Miguel Real, Pinharanda Gomes, Manuel Gandra, António Cândido Franco, António Braz Teixeira, José Eduardo Franco, João Bigotte Chorão, etc.

 

Os diversos números da revista, de que este é já o número 11, repartem-se por várias secções, designadamente pela temática central, por evocações de obras ou de vidas de homens de espírito, ensaios variados, críticas literárias e poemas, muitos deles, de jovens autores de grande valia estética.


Cumpre-se, assim, com a revista Nova Águia um projeto ideológico Humanista, que pretende revalorizar as tradições culturais portuguesas, para revigorar o espírito do país numa conjuntura de desânimo coletivo, com um sentido eclético que se desenha nas novas pontes que se pretendem construir para um futuro coletivo mais auspicioso que contemple o sentimento Lusófono que pulsa na nossa Alma. Deste modo, surgiu como um imperativo Ético combater o dogmatismo da cultura tecnocrática que tem aniquilado a liberdade de opinião, de expressão e de ação que constituem elementos fundamentais de um ambiente democrático.

 

Já foram temas centrais dos diversos números da Nova Águia desde 2008[3]: António Veira e o futuro da Lusofonia; O legado de Agostinho da Silva, 15 anos após a sua morte; Pascoaes, Portugal e a Europa: 20 anos após a queda do Muro de Berlim; Os 100 anos da A Águia e a situação cultural de hoje; A República, 100 anos depois; Fernando Pessoa: “Minha pátria é a Língua Portuguesa” (nos 15 anos da CPLP); O Pensamento da Cultura de Língua Portuguesa: nos 30 anos da morte de Álvaro Ribeiro; Nos 100 anos da Renascença Portuguesa: como será Portugal daqui a 100 anos?; Leonardo Coimbra, Dalila Pereira da Costa, Manuel Laranjeira e João de Deus: Razão e Espiritualidade; e “Da minha língua vê-se o mar”: o Mar e a Lusofonia.

 

Em suma, o objetivo supremo da Nova Águia é alimentar o ego nacional de uma forma realista baseada numa rica tradição Humanista, escorados os colaboradores na inspiração criadora da revista mãe que lhe deu ânimo para que pudesse voar, mas plenamente convictos da importância para o nosso futuro comum do projeto e do sentimento de identidade Lusófona no seio de uma Humanidade a necessitar urgentemente de se transfigurar Eticamente.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 


[1] Hoje, em plena segunda década do século XXI, esta tese da decadência nacional está tão em voga devido a critérios de pura econometria financeira como estava no início da 1ª República, embora por razões contextuais distintas.  

[2] Vide Nuno Sotto Mayor Ferrão, “Leonardo Coimbra, a Revista A Águia e o panorama cultural contemporâneo”, in Nova Águia, Sintra, Edições Zéfiro, 1º semestre de 2010, pp. 34-36.

[3] Uma vez que a Nova Águia é uma revista cultural com uma periodicidade semestral.

LEITURAS DE VERÃO (I) – VALTER HUGO MÃE - UMA RECENSÃO LITERÁRIA


valter hugo mãe, a máquina de fazer espanhóis[1] – é um romance moderno que nos fala da problemática do envelhecimento das pessoas, na sociedade portuguesa contemporânea, através do seu estilo literário sui generis marcado pela ausência de maiúsculas e de identificação formal do discurso direto. É já um best seller, com múltiplas edições nacionais e estrangeiras, que enquadra o tema do envelhecimento à luz dos atuais hábitos e constrangimentos dos cidadãos portugueses.

 

No livro o protagonista faz uma viagem nas suas memórias de vida, sendo a sua Consciência despertada pela passividade com que lidou com o regime Salazarista. No enredo narrativo, o autor procede a uma análise da mentalidade dos portugueses em que se denota a passividade cidadã[2], herdada da ditadura, e o traço iberista resultante do complexo de inferioridade de ser português[3]. O autor manifestou, sobretudo, uma descrença ateia na imortalidade da Alma, em oposição aos pressupostos Kantianos.

 

Na sua aceção intelectual, ateísta, a crença em Deus decorre das necesidades espirituais do Homem que o levam a acreditar na Vida Eterna e na importância da regulação Moral da Existência. Não obstante, esta perceção ideológica deriva da mentalidade anticlerical do próprio autor e da sua perceção vivencial da vulnerabilidade humana. O protagonista, no fim do romance, com o evoluir do envelhecimento vai perdendo a Memória, que compensa inteligentemente pelo uso da imaginação criativa.


Com efeito, este livro é uma homenagem ao pai do escritor que não chegou à terceira idade e constitui uma reflexão literária sobre este tema tão fundamental dos nossos dias. Do epílogo, do romance, sobressai o racionalismo emocional de valter hugo mãe, pois a morte do protagonista revela-nos uma descrença religiosa e a sua crença nas potencialidades humanas da Consciência que poderão alçar a Humanidade para um novo patamar de Solidariedade, levando-a à criação do Homem Novo.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 

 

[1] Valter hugo mãe, a máquina de fazer espanhóis, Lisboa, Editora Objetiva, 2011.

[2] Na senda do filósofo de José Gil, Portugal Hoje: o medo de existir.

[3] Contudo, este traço iberista não faz sentido como nos ensinaram os grandes mestres e humanistas ligados à Renascença Portuguesa. 

“JAIME CORTESÃO E A ARRÁBIDA” NO II CICLO DE ESTUDOS DE HOMENAGEM A ANTÓNIO TELMO

 

 

Na sessão “Jaime Cortesão e a Arrábida”, do II Ciclo de Estudos de Homenagem a António Telmo, que se realizará a 30 de junho de 2012 na Biblioteca Municipal de Sesimbra com o apoio desta edilidade, do Círculo Cultural António Telmo, da revista Nova Águia, do Movimento Internacional Lusófono e da revista Cadernos de Filosofia Extravagante terei o prazer e a honra de apresentar uma comunicação. Este evento já conta com algumas sessões transcorridas, mas promete apresentar até ao mês de novembro outras tantas sessões que se focalizam no papel que a Renascença Portuguesa teve na Cultura Portuguesa.

 

Uma das figuras mais emblemáticas da Renascença Portuguesa foi, sem sombra de dúvida, Jaime Cortesão, como seu fundador, mentor e diretor de uma das suas publicações periódicas: o boletim “A vida portuguesa” de que aqui apresentamos o cabeçalho. Ele irá ser evocado nas diversas dimensões que assumiu na vida pública portuguesa como poeta, dramaturgo, professor, político e historiador.

 

A mim, cumpre-me a tarefa de desvelar as suas facetas de político e de historiador que merecem destaque pelos seus méritos éticos e científicos que o tornaram numa figura incontornável da História de Portugal e da Cultura Lusófona. Na sua vida pública assumiu sem medos as suas convicções democráticas e humanistas, enfrentando regimes prepotentes, com que procurou transformar o seu país e o Brasil, onde viveu cerca de 17 anos exilado por aversão ao regime do Estado Novo.

 

As suas ideias políticas e historiográficas e os seus exemplos cívicos, de patriotismo e de abnegação a favor dos seus ideais, serão o tema da minha comunicação e constituíram, de facto, motivo de inspiração de figuras muito relevantes de uma geração posterior. Em particular, teve especial importância o convívio que manteve com o Almirante Gago Coutinho, no plano das suas aprendizagens historiográficas, bem como a proximidade que teve com Agostinho da Silva. Sobre este tema iremos ouvir com muito interesse e curiosidade a comunicação que Renato Epifânio nos irá fazer. Será também muito estimulante ouvir a comunicação de Pedro Martins que nos falará do ensino da História Pátria de Jaime Cortesão que tanto influenciou o seu ulterior percurso intelectual. Para além de outros ilustres oradores de que destaco o Professor António Cândido Franco.

 

De sublinhar a invulgar coerência do percurso intelectual e político de Jaime Cortesão que o fez agir de acordo com as suas férreas convicções, não obstante os sofrimentos, os padecimentos e os revezes que teve de passar como médico militar voluntário na Primeira Guerra Mundial e como exilado face a regimes autoritários que ousou enfrentar. Remeto-vos para o programa desta sessão.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão 

 

 

    

PATRIOTISMO E GLOBALIZAÇÃO – UMA PERSPETIVA DE ANÁLISE

 

A Era da Globalização tem moderado a importância dos sentimentos patrióticos. Se é certo que os excessivos entusiasmos nacionalistas estiveram na origem direta das duas Guerras Mundiais (1914 e 1939), também não é menos verdade que a Globalização, por efeito da uniformização cultural, tem gerado sociedades despojadas de genuínas identidades coletivas. A demonstração da veracidade desta afirmação reside na dificuldade que a União Europeia encontrou ao tentar estabelecer uma Constituição, mais tarde designada de Tratado Constitucional, para não ferir a sensibilidade dos céticos da estratégia Federalista.

 

Foi a perceção da pertença a um mesmo espaço geográfico que deu forma aos sentimentos patrióticos que se foram moldando em identidades coletivas construídas com base nas línguas e nas culturas nacionais. Na conjuntura do Romantismo Oitocentista, as nações do mundo valorizaram este sentimento e a busca das raízes históricas que justificavam o orgulho patriótico. Em Portugal teve particular relevância, nesta investigação, o historiador Alexandre Herculano. Foi na degenerescência desta dinâmica histórica que os patriotismos se transmutaram em aguerridos nacionalismos que potenciaram as conflitualidades bélicas e as ditaduras de matriz nacionalista (Itália,  Espanha, Alemanha, Portugal, etc.) na primeira metade do século XX.

 

Na realidade, os nacionalismos condicionaram as políticas dos países, através de visões de Estados autoritários, desenvolvendo acrescidos poderes nacionais. Assim, de sentimentos genuínos de defesa e de enaltecimento dos valores das pátrias passou-se, abusivamente, a sentimentos xenófobos, que deturparam os saudáveis sentimentos patrióticos. Em Portugal, por exemplo, estes sentimentos floresceram com uma elevada consciência cívica e cultural no movimento da “Renascença Portuguesa”, no contexto da 1ª República. Historiadores como Damião Peres e, mais recentemente, José Mattoso procuraram perceber o gérmen que tornou possível a formação da pátria portuguesa no século XII.

 

Desde o fim do regime da Monarquia Constitucional que se celebra o espírito patriótico em Portugal. O dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, que se celebra todos os anos a 10 de junho, é um momento para se celebrar, com orgulho, o facto de se ser português. Apesar de, na atualidade, os países latinos serem amesquinhados, em particular pelo paradigma de crescimento material, por serem pouco produtivos e competitivos, não nos podemos esquecer que o trilho seguido pelas sociedades contemporâneas tem sido a crescente falta de harmonia entre o crescimento económico e o desenvolvimento integral dos povos e dos indivíduos, como o denunciava e com muita pertinência o Concílio do Vaticano II na sua Constituição “Gaudium et spes” (Alegrias e esperanças).

Há figuras que, pela sua projeção internacional, se tornaram símbolos da pátria portuguesa e da pátria lusófona. São exemplos significativos: Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, Eusébio da Silva Ferreira, Cristiano Ronaldo, José Mourinho, António Damásio, Amália Rodrigues e Mário Soares. Com efeito, são personalidades que, em função do prestígio nas suas áreas de atuação, se tornaram reconhecidos no mundo global.

 

No contexto da crise da Globalização, do início do século XXI, os jogos da Seleção Portuguesa têm sido um fator que vêm despertando o sentimento patriótico, além de permitirem ultrapassar a mentalidade pessimista dos portugueses que sempre se patenteou numa fraca autoestima nacional fazendo-nos exagerar os atributos dos estrangeiros. A mística lançada por Luís Filipe Scolari, selecionador português no Europeu de Futebol de 2004, galvanizou os portugueses para o enaltecimento do amor à pátria com bandeiras nacionais penduradas por todo o país, do interior ao litoral, do sul ao norte. O momento em que se canta o hino nacional nos jogos de futebol da Seleção ou quando o ouvimos em provas Olímpicas são das poucas manifestações atuais do sentimento patriótico.

 

Na Era da Globalização, e com base em fundamentos intelectuais e sentimentais lançados por Jaime Cortesão e Agostinho da Silva, nasceu o conceito de pátria lusófona. que teremos oportunidade de desenvolver no colóquio “Jaime Cortesão e a Arrábida”, inserido no II Ciclo de Estudos de Homenagem a António Telmo, que se realizará a 30 de junho de 2012 (sábado) na Biblioteca Municipal de Sesimbra.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 


BIBLIOGRAFIA ATUALIZADA DE NUNO SOTTO MAYOR FERRÃO

 

 

 

*Nuno Sotto Mayor Ferrão, O pensamento colonial de Sarmento Rodrigues enquanto Ministro do Ultramar (1950-1955), Dissertação de Mestrado em História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1997, 233 p.

 

*Idem, Aspectos da vida e obra do Almirante Sarmento Rodrigues (1899-1979)", Mirandela, Edição Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, 1999, 293 p.

 

*Idem, "Leonardo Coimbra, a revista 'A Águia' e o panorama cultural contemporâneo", in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº 5 - 1º semestre de 2010, Sintra, Editora Zéfiro, pp. 34-36.

 

*Idem, "Alexandre Herculano, aspectos da vida e obra e sua ascendência ideológica sobre o Republicanismo", in Sintra, Zéfiro Editora, Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI , nº 6 - 2º semestre de 2010, pp. 130-135.

 

*Idem, "Fernando Pessoa: o sentimento lusófono na sua obra", in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº7, 1º semestre de 2011, Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 34-38.

 

*Idem, “A dinâmica histórica do conceito de Lusofonia (1653-2011)” in Nova Águia - Revista de Cultura para o Século XXI, nº 8, 2º semestre de 2011Sintra, Zéfiro Editora, 2011, pp. 204-208.

 

*Idem, “Relativismo Ético na História Contemporânea (1914-2010)”, in Brotéria, nº1, volume 174, Janeiro de 2012, pp. 47-51.

 

*Idem, “A Renascença Portuguesa e o percurso político e historiográfico de Jaime Cortesão”, in Nova Águia, nº 9, 1º semestre de 2012, Sintra, Zéfiro Editora, 2012, pp. 138-144.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

LANÇAMENTO DA “NOVA ÁGUIA” Nº 9 (REVISTA DE CULTURA) NESTE MÊS DE FEVEREIRO

 

 

Jaime Cortesão

Este novo número da Nova Águia (9 - correspondente ao primeiro semestre de 2012) trata de evocar o Centenário da Renascença Portuguesa, importante movimento cultural e cívico, que congregou muitos dos mais importantes intelectuais portugueses do início do século XX. No entanto, hoje, como no início do século passado, Portugal passa por uma profunda crise e esse movimento foi uma resposta generosa aos desafios que, na altura, se colocaram. Quiseram os prezados directores desta revista, em que muito me orgulho de colaborar, tentar antever como será Portugal em 2112, no sentido de se abrirem horizontes de Esperança que permitam ultrapassar os bloqueios que fizeram as angústias patrióticas de 1912 tão próximas das actuais.

 

Este número, como vem sendo timbre da Nova Águia, respeita a tendência espiritual que desafia com inquietação o vazio tecnocrático que tem vindo a moldar a mentalidade das presentes sociedades europeias, mas alicerça-se na bela e pujante herança das referências intelectuais que autores portugueses, lusófonos e galegos nos legaram. Daí a multiplicidade de autores que aqui justamente são tratados com perspectivas muito amplas e diversificadas.

 

Neste final de Fevereiro a revista vai ser lançada na Faculdade de Letras da Universidade do Porto no dia 22 às 18 horas e 30 minutos e na Sociedade de Geografia de Lisboa no dia 24 às 17 horas. Este segundo lançamento está integrado no debate sobre a “Importância da Lusofonia”organizado conjuntamente pela Plataforma Ativa da Sociedade Civil e pelo Movimento Internacional Lusófono e na cerimónia de entrega do Prémio Personalidade Lusófona 2011 a atribuir ao Professor Doutor Adriano Moreira por iniciativa do MIL.

 

Teremos grande prazer de ler o texto, neste novo número da revista, deste pensador português que meditou sobre a Universidade, após o seu longo e brilhante percurso académico e depois de ter sido durante muitos anos Presidente da Comissão Nacional para a Avaliação do Ensino Superior. Aguardamos, assim, com muita curiosidade este texto que foi proferido na Universidade do Mindelo, Cabo Verde, no momento em que foi justamente agraciado com este especial e sentido Doutoramento Honoris Causa. Convém, a propósito, não esquecer o papel muito relevante que o Professor Doutor Adriano Moreira teve no lançamento do Ensino Superior nos territórios ultramarinos portugueses na década de 1960.

 

O meu artigo neste número da Nova Águia versa uma das figuras centrais da Renascença Portuguesa, Jaime Zuzuarte Cortesão, na sua umbilical ligação a este movimento e no seu crescimento cívico e intelectual como actor político que marcou a História de Portugal do século XX, pelas suas fundas convicções ideológicas que o fez assumir uma coerência muito rara, e como historiador que nos deixou uma obra notavelmente inovadora e rica pelas suas perspectivas epistemológicas fracturantes e pelo seu inesgotável labor de investigação nos arquivos históricos de vários países.

 

Este meu texto dará azo a uma comunicação que farei no II Ciclo de Estudos de Homenagem a António Telmo num espaço privilegiado da Biblioteca Municipal de Sesimbra, organizado pelo Círculo Cultural António Telmo. Tenho a honra de partilhar a mesa com ilustres oradores que nos falarão de várias figuras de artistas e escritores ligados à Renascença Portuguesa num Ciclo vasto de comunicações que se espraiam de Março a Novembro deste ano. No dia em que irei apresentar a minha comunicação, a 30 de Junho, haverá oportunidade de ouvirmos falar de várias outras facetas importantes de Jaime Cortesão. Procurarei, claro está, transcender as minhas próprias ideias destiladas no texto da Nova Águia nº 9, embora naturalmente me alavanque nelas para vos apresentar a minha perspectiva deste inspirador Humanista da nossa Contemporaneidade.

 

Além dos textos ensaísticos sobre o futuro da Pátria e o passado evocado nas figuras de insignes escritores e filósofos ligados à Renascença Portuguesa ou ao espírito Lusófono (Sampaio Bruno, Guerra Junqueiro, Jaime Cortesão, Ernesto Guerra da Cal, Sílvio Romero, Ortega y Gasset, João de Deus, entre muitos outros) temos oportunidade de voar nas asas dos poemas que nos são apresentados. Não despiciendas são as recensões críticas que nos escalpelizam livros recentemente publicados, de que saliento a leitura de António Carlos Carvalho sobre o livro de Pedro Martins “O Segredo de Grão Vasco” e a leitura de Sérgio Quaresma sobre o livro da jornalista Bárbara Wong “A minha sala é uma trincheira”. Temos, pois, bons motivos para nos interessarmos por este promissor novo número da Nova Águia.   

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 


LANÇAMENTO DA REVISTA “NOVA ÁGUIA”, Nº 8 (2º SEMESTRE DE 2011), INTITULADA “O PENSAMENTO DA CULTURA DE LÍNGUA PORTUGUESA”

 

No sábado, 15 de Outubro de 2011, às 16 horas na Sociedade de Língua Portuguesa, no âmbito do 1º aniversário do Movimento Internacional Lusófono, irá ser lançado o número 8 da revista “Nova Águia”. Neste oitavo número desta revista procede-se a uma homenagem a vários autores de língua portuguesa (Álvaro Ribeiro, José Marinho, Álvaro Cunqueiro, Joaquim Nabuco, Domingos Gonçalves Magalhães, etc), com o contributo de dezenas de textos de diversos autores, mas partindo de esteios patrimoniais clássicos apontam-se, também, para a pátria caminhos cívicos e culturais, de uma modernidade que se compagina com um Humanismo universalista, neste tempo de uma Globalização caracterizada por uma atonia Ética e por uma substantiva perda dos referenciais identitários, históricos e culturais.

 

Além da temática central, em torno da figura de Álvaro Ribeiro, evocam-se de relevante interesse neste ano de 2011: o bicentenário de Domingos Gonçalves de Magalhães e ainda, no seguimento do nº 7 da revista, os 15 anos da CPLP e a evocação de Fernando Pessoa.

 

Álvaro de Carvalho de Sousa Ribeiro (1905-1981) foi um eminente pensador português, discípulo de Leonardo Coimbra, que teve, por sua vez, como alguns dos seus discípulos António Quadros e Afonso Botelho. Pertenceu no tempo da 1ª República à associação da Renascença Portuguesa e procurou sistematizar um patriotismo cultural que fosse uma resposta cabal à nefasta tendência da mentalidade decadentista que tinha perpassado as elites portuguesas do fim do século XIX e princípio do século XX. Como elemento essencial deste patriotismo cultural percepcionou uma forte conexão existente no país entre a poesia e a filosofia. Neste sentido, uma das suas obras ensaísticas mais conhecidas “O problema da filosofia portuguesa”, publicada em 1943, foi uma crítica explícita ao nacionalismo das Comemorações Centenárias de 1940 da fundação e da restauração da nacionalidade (1140 e 1640).

 

Nesta revista, no âmbito da evocação dos 15 anos da CPLP, escrevo sobre a evolução histórica do conceito de Lusofonia do século XVII à actualidade. A próxima revista, número 9, relativa ao 1º semestre de 2012, será dedicada à “Renascença Portuguesa” e à indagação das possibilidades existenciais de Portugal, como nação, daqui a cem anos. Aliás, a alargada difusão desta revista no espaço lusófono tem sido possível, em parte, graças ao dinamismo do Movimento Internacional Lusófono. Convidamos todos os cidadãos interessados, na presente temática do Pensamento da Cultura de Língua Portuguesa e nas questões ligadas à Cultura Contemporânea, a assistirem ao aniversário do Movimento Internacional Lusófono e à apresentação deste novo número da “Nova Águia”.  

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 

 

 

CULTURA E LIBERDADE, BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A CULTURA PORTUGUESA NA ACTUALIDADE FACE AOS NOVOS DESAFIOS E CONSTRANGIMENTOS DA CIDADANIA GLOBAL

 

O regime do Estado Novo, tal como os regimes autoritários seus contemporâneos, limitou os direitos e as liberdades individuais amesquinhando as virtualidades criativas dos fenómenos culturais. Houve, assim, um empobrecimento das actividades culturais que eram alvo da censura prévia: na imprensa, no teatro, no cinema, na rádio e na televisão. Neste contexto repressivo, o Secretariado de Propaganda Nacional/ Secretariado Nacional de Informação, inicialmente dirigido por António Ferro até 1949, procurou criar padrões culturais adaptados à ideologia Salazarista na designada “Política do Espírito”.

 

Como exemplo da tentativa de refrear os ímpetos de insinuações simbólicas na Literatura podemos evocar o livro do escritor Aquilino Ribeiro “Príncipes de Portugal suas grandezas e misérias”[1] publicado em 1952 e impedido pela Direcção dos Serviços de Censura de ser reeditado no ano seguinte.

 

Com a Revolução do 25 de Abril de 1974, que comemoramos este ano o trigésimo sexto aniversário, instaurou-se um regime de liberdade política e cultural que permitiu que as criações culturais se espraiassem pelo país. Apareceram as obras de marcada índole interventiva ( nas canções, na poesia e na “arte mural” ) que ajudaram à desestruturação das mentalidades da sociedade portuguesa. A cultura portuguesa foi, pois, bafejada por uma lufada de ar fresco que lhe permitiu renovar-se.

 

A revista “Nova Águia”[2], surgida em 2008, sendo inspirada na revista “A Águia” pretende recriar o vigor cultural e espiritual dos criativos agentes intelectuais do início do século XX. No “Manifesto” da “Nova Águia” evidencia-se a crise cultural em que o país vive, pretendendo-se com o concurso de várias sinergias sociais e institucionais incutir um novo vigor cultural a Portugal.

 

A “Nova Águia” colhe, pois, a inspiração da ínclita geração dos intelectuais portugueses do início do século XX que verteram a sua criatividade, inteligência e sensibilidade na revista “A Águia”, mas deseja responder aos prementes desafios de padronização cultural implicados pelo processo da Globalização. Deste modo, esta revista, semi-revivalista, acredita nas potencialidades do legado do património cultural português que nos define como uma identidade nacional, cujo valor é relevante para enfrentar estes imensos desafios. Daí o paradigma cultural da “Nova Águia” assentar na concepção de um universalismo lusófono, defendido por Jaime Cortesão, que permita a Portugal ajudar a edificar uma alterglobalização[3].

 

Assim, tal como a “Águia”, se constituiu como órgão de informação da “Renascença Portuguesa”, a “Nova Águia” é o veículo informativo/formativo de comunicação do Movimento Internacional Lusófono que pretende pela acção cívica e cultural dentro do espaço geográfico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa consolidar um sentimento de pertença e de entreajuda entre os povos irmãos em afinidades afectivas e experiências históricas.     

 

O tema do número cinco da revista “Nova Águia” resulta do entrelaçamento entre a comemoração do nascimento da revista “A Águia” de 1 de Dezembro de 1910, dado que esta foi um projecto que teve frutos espirituais muito importantes[4], e da ponderação dos diversos colaboradores relativamente ao diagnóstico da situação cultural portuguesa dos nossos dias. Se nos diversos textos de qualidade e rigor, que nos são apresentados, aparecem diversas perspectivas, todas nos traduzem um labor de pesquisa, de reflexão e de inspiração em torno da articulação destas duas problemáticas. Em particular, destaco, pelo vigor conceptual, os textos dos Professores Adriano Moreira, Paulo Borges e Pinharanda Gomes.

 

Como vos disse a cultura portuguesa no quadro da Globalização em curso está cada vez mais estereotipada e manietada pelos constrangimentos desta conjuntura internacional. Na verdade, a cultura surge como um bem crescentemente subalternizado, em detrimento de uma Civilização intelectual e eticamente responsável, pois a educação crescentemente tem sido submersa pela exacerbada valorização dos paradigmas tecnicistas tão ao gosto dos políticos tecnocráticos de serviço. A constatação desta realidade socioeducativa do nosso mundo, que vive numa sociedade da informação, desperta-nos para o paradoxo subsistente no facto de uma grande parte da população, apesar de alfabetizada, permanecer num estado de iliteracia que dificulta a intervenção cívica.

 

Não espanta que os tecnocratas “esfreguem as mãos” de contentamento ao manietarem as capacidades de intervenção cívica das populações com este tipo de paradigma educativo e com a crescente complexidade da teia legislativa. Edmund Burke[5], teorizador do conservadorismo no século XVIII, ficaria radiante com esta estratégia dos modernos tecnocratas que tem conduzido à prevalência das “democracias musculadas” de que os politólogos nos têm falado.   

 

A cultura segundo a acepção dos sociólogos[6] tem uma dimensão mais lata por abranger valores, princípios, normas e costumes e, por isso, quanto mais claustrofóbica for uma cultura menos possibilidades criativas lhe são oferecidas. Reside, portanto, aqui o verdadeiro dilema das sociedades contemporâneas que se querem excessivamente competitivas e organizadas, que ao reduzirem os tempos de lazer, levam ao fechamento cultural, ao empobrecimento qualitativo da vida dos cidadãos e à pouca estimulação das capacidades criativas em benefício da domesticação tecnocrática das democracias e dos cidadãos.

 

Nuno Sotto Mayor Ferrão

 



[1] Aquilino Ribeiro, Príncipes de Portugal suas grandezas e misérias, Lisboa, Portugália Editora, 2008.

[2] Cf. Manifesto da revista disponível em: www.novaaguia.blogspot.com

[3] Vide para uma percepção actualista o livro no prelo de Renato Epifânio, A via lusófona – um novo horizonte para Portugal, Sintra, Edições Zéfiro, 2010 é fundamental ou, para uma sistémica percepção cultural, o livro de Paulo Borges, Uma visão armilar do mundo, Lisboa, Edição Verbo, 2010.

[4] Nuno Sotto Mayor Ferrão, “Leonardo Coimbra, a revista “A Águia” e o panorama cultural contemporâneo”, in Nova Águia, nº 5, Sintra, Editora Zéfiro, 2010, pp. 34-36.

[5] António de Sousa Lara, “Edmund Burke (1729-1797), in Da História das ideias políticas à teoria das ideologias, Rio de Mouro, Editor Pedro Ferreira, 1995, pp. 192-196.

[6] Antonhy Giddens, Sociologia, Lisboa, Edição Fundação Calouste Gulbenkian, 2009, pp. 46-47.

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